ABRINDO PORTAS DESNECESSÁRIAS
O mundo físico e o mundo espiritual são realidades ou esferas espirituais que se interpenetram e que podem interagir em momentos propícios, conforme as energias presentes. Portas podem ser abertas consciente ou inadvertidamente, causando interferências mútuas que nem sempre são produtivas em termos da evolução espiritual.
Somos seres espirituais e viemos das dimensões espirituais para a experiência de mais uma vida humana. Para cada existência trazemos um propósito de aprender e evoluir, moldando o que seria esse aprendizado com as experiências necessárias aqui na terra.
A evolução aqui obtida, por sua vez, vai influir nas condições da nossa morada espiritual, após a vida física. Habitaremos regiões espirituais compatíveis com a essa evolução aqui obtida. Temos que frisar que a vida do espírito é vivida basicamente no mundo etéreo, no astral. As encarnações são episódios da vida do espírito.
Nossa vida na terra é como um curso de estudos. numa grade que inclui praticar o bem, a justiça, a caridade, o perdão e o relacionamento solidário com todos os seres viventes, contribuindo para a harmonia de todo o universo.
Daqui só levaremos o grau de elevação que conquistarmos com o nosso esforço e dedicação nos propósitos iniciais dessa jornada.
Vivendo a realidade humana, quase sempre esquecemos os propósitos espirituais e corremos atrás de riquezas, poderes e prazeres terrenos. Entretanto, o nosso espírito anseia por bens imateriais que seguirão conosco após o fim da jornada terrestre.
Corremos sempre o risto de termos um tempo de vida desperdiçado em vista do roteiro traçado para a experiência terrestre, ou seja, voltamos para a casa celeste como alguém que não cumpriu a sua missão na terra.
Quando Jesus nos preveniu para estarmos atentos "Orai e Vigiai", Jesus nos alertava sobre o aproveitamento das lições e práticas da vida terrestre, de forma a alcançarmos as metas do espírito que são os objetivos da elevação espiritual.
Somos seres espirituais encarnados num corpo terrestre. Nossos pensamentos, desejos e emoções, atingem as dimensões espirituais e, por essa razão, podem abrir portais para a comunicação entre as esferas espirituais. Pelas emissões do pensamento podemos estabelecer relações com o mundo espiritual. Sem nos darmos conta, abrimos portas e, nem sempre, limitamos o acesso de sugestões externas àquelas que nos encorajam nos nossos intentos iniciais da evolução do espírito.
Buscando influir em nossas mentes atuam entidades espirituais elevadas ou até de baixa evolução. Essas sugestões nos nos incitam a prosseguir na direção que agrada àqueles que estão em comunicação com as nossas mentes.
Abrimos portas que, às vezes, nem podemos fechar sem uma ajuda específica. As entidades espirituais estão sempre acessíveis mas, se forem voltadas para os maus resultados, elas farão de tudo para dominar as nossas mentes, de forma a comandar as nossas vidas.
Os espíritos elevados nos sugerem ações virtuosas, enquanto os espíritos inferiores buscam nos emaranhar nos vícios e ações deploráveis.
Embora abertos à sugestão das entidades espirituais, não estamos obrigados a seguir sugestões para o mal ou para o bem. Ninguém pode se esquivar da própria responsabilidade pois cada um dispõe do livre arbítrio se seguir o que convém ou que não convém para as nossas vidas e experiências.
Conforme o nosso esforço para a prática do bem, poderemos ter ao nosso lado espíritos elevados a nos orientar em todos os transes da vida.
Entretanto, se aceitarmos as más sugestões, teremos ao nosso lado espíritos trevosos que nos inclinarão para as paixões e vícios que agradam a esses espíritos sem luz.
Podemos ser livres e caminhar para a evolução espiritual, adquando o nosso livre arbítrio às melhores ações e decisões. Podemos igualmente, nos tornar escravos dos espíritos infelizes que nos desviarão das virtudes e que, após a morte, nos conduzirão às suas comunidades trevosas que habitam nas regiões espirituais.
Estamos no caminho e o tempo urge. Cada dia é um novo marco para novas decisões.
Como ensinou o grande Chico Xavier: "Não podemos modificar o início, mas podemos construir o final da nossa história".
Não se trata aqui de santidade ou não santidade no viver humano, trata-se de fazer o melhor, o mais correto e o mais proveitoso. Trata-se de ser melhor a cada dia vivido.
Ao nosso lado, sempre estará o Amado Mestre e os bons espíritos para nos amparar em todos os momentos e nos orientar nas decisões difíceis da vida. Compete-nos aceitar a ajuda e buscar a sintonia das esferas superior da espiritualidade.
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