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Eusébio, Ceará, Brazil
Nasci no ano de 1940 e sou um velho espírita que vive no Brasil.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

RELIGIÃO MÍNIMA

Quase a maioria das pessoas vive bastante afastada do conceito de pessoas religiosas. Quer por descrer das religiões, quer por não se sentir bem com os rigores dos dogmas e orientações. Os rigores religiosos mais fastam do que incentivam os fiéis para o cultivo da própria religião.

Se uma pessoa está num meio religioso mas se sente incapaz de arcar com todas as responsabilidades atribuídas aos fiéis, muitas vezes, ela acaba se afastando daquele convívio, mesmo levando alguma culpa psicológica por essa decisão.

Eu, sendo espírita, afirmo que todas as religiões são boas pelo fato de que incentivam a prática do bem e, ainda, despertam a religiosidade que cada ser traz, inata, no seu íntimo. Olhando pela generalidade, todas as religiões foram criadas (estão sendo criadas) pelos homens, sob a ótica de "religar" o homem com a sua espiritualidade e torná-lo alguém melhor para a sociedade.

Abstraída a questão de escolher uma religião, quero escrever hoje sobre uma religião mínima. Suponhamos que alguém não se sinta bem em nenhuma das religiões existentes. Ao lado do item de não praticar nenhuma religião, o que seria adequado para esse alguém proceder, de forma que obtenha uma boa forma de viver e alcance quase os mesmos resultados de viver sob uma religião?

Vou expor a seguir uma opinião pessoal que está longe de ser uma orientação para a vida de quem quer que seja. Acima de tudo está o livre arbítrio de cada um.

Penso que uma religião mínima, afastada dos parâmetros das religiões existentes, no que respeita a templos e cultos, poderia conter os seguintes propósitos pessoais:

  • Tomada de consciência de que cada ser é um espírito espírito dotado de vida eterna e que vem ao plano físico para evoluir;
  • Conscientizar-se de que a vida não é uma sucessão de acasos;
  • Satisfazer a sua mente com o fato de que a melhor religião é a prática do bem e do amor, aí incluídos o perdão e a solidariedade humana;
  • Saber que vivemos num Universo inteligente onde todas as coisas e vidas estão em constante evolução;
  • Admitir que há um princípio inteligente que rege o Universo;
  • Saber que o nosso pensamento conversa com esse universo em que estamos imersos e cria realidades;
  • Saber que nascer, viver e morrer são partes de um mesmo conjunto e não muito diferentes entre si. Quem nasce aqui, morreu em outro lugar e, igualmente, quem morre aqui estará renascendo no mesmo lugar de onde veio;
  • Saber que temos a eternidade para nela realizarmos todos os nossos propósitos.

Pronto! Sem gurus, padres, pastores ou líderes e, principalmente, sem pagar valores materiais, os princípios acima já serão uma religião mínima para promover a evolução pessoal e para uma vida sem culpa.


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sábado, 18 de fevereiro de 2017

RECLAMAÇÕES

O ser humano está sempre propenso a reclamar de tudo e até a culpar outros pelas suas condições sociais. De alguma forma, sempre se lamenta com alguma depreciação sobre si mesmo, julgando-se inferior às outras pessoas ou, outras vezes, ao contrário, julgando merecer mais do que tem:

- Julga estar na família errada;
- Pensa ser a pessoa errada numa família;
- Aceita ou impões a pecha de "ovelha negra" da família;
- Aprecia o que outros produzem e vê "sem graça" o que faz;
- Acomoda-se em ter sido o melhor em alguma coisa;
- Não se acha merecedor de presentes ou elogios;
- Nunca acha lindas as próprias roupas ou sapatos;
- Dá grande destaque aos seus problemas e dificuldades;
- Nunca se julga merecedor da graça e do amor de Deus.

Muitos desses defeitos de análise e percepção decorrem de uma formação religiosa equivocada que nos ensina que nascemos em pecado, porque fomos (Adão e Eva) expulsos da presença de Deus, no Paraíso.

Fomos educados com total desconhecimento do sublime destino de todos os espíritos (ser-pessoa). Fomos criados imperfeitos - bons, mas sem conhecimentos - para alcançar a perfeição por nosso próprio desenvolvimento. Todo erro representa tentativa. Não há punição, há a obrigatoriedade de corrigir para aprender.

A religião nos impôs um DEUS QUE PUNE E CASTIGA, eternamente, em face de uma vida mínima e de erros bizarros. Daí resulta que manifestamos total falta de entendimento da Justiça Divina. 

A vida é eterna e não conhece limitação - o tempo só existe no plano físico. A nossa eternidade, mediante muitas vidas físicas, será o próprio meio da aquisição do conhecimento que chegará até nós buscado, encontrado ou intuído, alargando as nossas percepções e acalmando o nosso existir, mediante as nossas próprias mudanças advindas de novas posturas psicológicas, diante dos atos e fatos das nossas vivências.

Somos especiais. Somos únicos. Nossas virtudes e defeitos apenas demonstram nosso atual grau de aprendizado e evolução. independentemente da nossa postura ou vontade, estamos sempre em evolução, aprendendo com erros e acertos. 

Deus nos ama mais do que nós mesmos nos amamos. Somos todos filhos amados.

Temos que eliminar nossa síndrome de "filho pródigo" rebelde que tem medo de voltar para casa, em razão de erros e falhas. 

Deus nos espera amorosamente!

"Conhecereis a Verdade e a verdade vos libertará". Jesus.


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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Sofrimento e Carma

Muitas pessoas entendem que o espírito está na Terra para sofrer. Ainda que isso não seja verdade, muitas vezes esse é o resultado aparente de viver no plano físico.

Aqui nos retêm as lições que devemos aprender e, entre elas, se impõe o resgate de nossas ações passadas, mediante a vigência da Lei do Retorno das Ações, também chamada de carma.

O carma é a bagagem que o espírito carrega, com o propósito de resgatar o mal e ou usufruir o bem, em suas muitas vidas, físicas ou no plano etéreo.

É algo como a consciência ou uma identidade que é própria do espírito, já que resulta da vivência do livre arbítrio de cada um.

Todo espírito está dotado de vida eterna e tem meta por meta evoluir espiritualmente para ascender às realidades de felicidade e plena realização.

A evolução resultará do conhecimento e conscientização da dupla realidade do ser que se apresenta ora na forma humana e ora na forma espiritual (sem o corpo físico). Dentro desse conhecimento, é essencial adquirir virtudes e vivenciar o bem. 

A Terra é a grande escola do espírito.

Nossos atos praticados com livre arbítrio, geram consequências para o bem ou para o sofrimento, pois o carma pode predominar pelo lado bom ou pelo lado mau. Em ambos os casos, ele se materializará em novas vidas no plano físico.

No Plano Espiritual, essa condição carmática também refletirá no ambiente espiritual onde vá estacionar o espírito após o desencarne na Terra. Lá, o espírito medita e compreende a razão do seu estado. Quase sempre, formula planos para retomar a sua evolução em nova etapa de vida terrestre - nova vida. Quando não possui discernimento, o seu guia espiritual se encarrega de monitorar o seu retorno.

Sofrer na vida terrestre não é uma finalidade é a melhor condição para resgatar débitos contraídos. Resulta de uma carma acumulado em que predomina lições a serem aprendidas pelo resgate de males causados.

Não há lógica em sofrer e nem se pode pensar que alguém nasceu para sofrer. O carma não é estático, ele é dinâmico e deve ser conhecido, admitido e aceito. Essa aceitação já é indício e condição da evolução do entendimento do espírito. No mais é buscar a cura pelos meios disponíveis, físicos ou espirituais.

Teremos sempre um encontro com o nosso carma, mas não temos a obrigação de abraça-lo e com ele permanecer. Temos que cumpri-lo, passar por ele, como quem segue um caminho que precisa ser percorrido.










As dificuldades estão à nossa frente para superá-las. Em todo sofrimento haverá aprendizado útil para o ser.


O grão de trigo em toda a sua beleza e exuberância precisará ser esmagado e moído para se tornar em nobre alimento, ou seja, sofreu para se tornar algo melhor. O mesmo ocorre com o diamante que é cortado, facetado e polido para se tornar em joia preciosa.


O sofrimento tem a função de nos tornar melhores, mais compreensivos com as dificuldades alheias e mais solidários com o próximo.


Se aceitarmos o carma estaremos efetuando resgate e obtendo aprendizado, se não o aceitarmos, além de sofrer, continuaremos em débito do com o aprendizado nele contido e teremos que repetir toda a lição.


Com a ajuda divina, passaremos pelos nossos carmas e deles nos livraremos, agradecendo a Deus que as nossas faltas foram resgatadas e perdoadas.