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Eusébio, Ceará, Brazil
Nasci no ano de 1940 e sou um velho espírita que vive no Brasil.

segunda-feira, 25 de maio de 2020

Como é fazer 80 anos.

Em plena vigência de isolamento social "quarentena", decretada em face da Pandemia do Coronavírus COVID-19, arrumo tempo para pensar no que seria completar 80 anos de idade, que poderá ocorrer em 18 de agosto de 2020. Esse fato será marcante porque não são todas as pessoas que conseguem chegar a essa marca de longevidade. Fico pensando que, talvez, nem dez por cento dos seres humanos, conseguem atingir e ultrapassar esse marco de vida.

Quando a gente é jovem, é comum fixarmos um período de tempo, como conjectura de quanto possa durar a nossa vida. Claro que quando a idade chega, nova marca se torna possível, bem mais distante. Não se trata de ideia fixa, mas de uma medição mínima do que seria uma expectativa mínima de vida.

Eu que, como criança, cheguei a receber uma "extrema unção" devido à gravidade do meu quadro de saúde, coloquei minha primeira marcação para 18 anos e, depois, 25 anos.  Nessa época mais infantil, eu considerava que vivendo esse tempo teria tido uma vida completa. Eu nasci em 1940, época da segunda guerra mundial. Estamos falando dos anos 50 e um pós-guerra, época difícil com relação a alimentos, tratamentos e remédios, o que permitia ocorrer muitas mortes prematuras ou de idades de até 40 anos.

Superado os dois primeiros marcos e após haver constituído família, ousei alongar um pouco mais o meu provável período de vida, mesmo porque a pressão de criar os filhos assim o exigia. Então elevei o marco de minha vida para 60 anos, o que era realmente uma medida bem próxima da realidade daquele tempo pela expectativa da média de vida da população brasileira.

Vieram os 60 anos, aposentadoria, quatro filhos já adultos e os primeiros cinco netos de uma penca que hoje tenho. Ficou mais difícil fixar uma nova meta provável de vida pois, a partir daí, eu já me considerava vivendo um período de bonificação em anos vividos. Assim, 70 anos já me figuravam como um tempo bastante acertado nessa minha matemática de viver.

Os netos chegaram a 9 e a vida transcorria suave e estabilizada. Fixar metas agora estava mais difícil, já que a vida vivida de 70 anos já era em si uma conquista e a morte ficando cada vez mais visível em face de amigos e parentes que se iam extinguindo entre os setenta e oitenta anos.  

Impunha-se muita gratidão a Deus pela minha vida e pela vida da minha esposa, principalmente pelo premio de criar uma família linda e haver conquistado a estabilidade econômica normal e possível.  Muitas conquistas, alguns períodos de "vacas magras" e muitos de bonança.

Passei a considerar uma meta espetacular que seria chegar aos 80 anos de idade, igualando a vida dos meus pais. E assim será que, neste ano de 2020, em agosto, estarei completando essa nova marca, agora com 11 netos e uma bisneta, de 4 anos. Caso complete os 80, vai ficar mais complicado presumir uma nova marca de tempo de vida porque, agora, soaria como limite final mesmo. 

Faltou falar de um pormenor que considero muito importante nessa minha conquista de tempo de vida, Foi muito importante o cultivo da SAÚDE pela adoção de hábitos salutares e a ausência vícios arraigados e danosos à constituição física. Nem sempre conta tanta regularidade, posso afirmar que mantive um ritmo de vida bastante adequado à normalidade  da vida, com alimentação saudável e noites bem dormidas.

Dessa forma, prefiro deixar em aberto um novo tempo-expectativa de estar vivo. Como normal, está nas mãos de Deus essa exatidão da vida.  

Muita gratidão por todas as conquistas: vida, saúde, família, amigos, boas condições econômicas e tanta alegria de viver.

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