Quem sou eu

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Eusébio, Ceará, Brazil
Nasci no ano de 1940 e sou um velho espírita que vive no Brasil.

sábado, 13 de dezembro de 2014

BOAS FESTAS PARA TODOS NÓS.

A VIDA FÍSICA é comparável a ser convidado para uma grande festa. Você é um convidado especial e para ela se prepara com toda a dignidade e se mune das melhores expectativas, no que concerne a alegrias e realizações possíveis.  No entanto, eis que a festa começa e todos te recebem com muita alegria, reconhecendo-lhe merecedor daquela festa incrível.

O que vai acontecer daí para frente dependerá das suas iniciativas e realizações. Você pode, dançar, cantar, conhecer pessoas e enriquecer-se com novas amizades e novos planos/realizações.

No entanto, pode ocorrer que, na empolgação do ambiente festivo, os brindes excessivos e alguns estimulantes possam te conduzir a uma euforia inadequada que façam da festa uma fonte de situações esdrúxulas e indesejadas. Culminando em tornar a festa um momento triste e, às vezes, de consequências desastrosas...

Como toda festa, esta, também, uma hora acaba. Eis que a vida física se finda.

Você ainda tem tempo de ver os seus preparativos, as suas esperanças e o desejo primeiro de tornar aquela festa um momento único e de grande significado para você. Pode ver o resultado e definir sobre os resultados obtidos...

Dessa análise, virão o estado de alegria e/ou tristeza...

Mas, eis que você está convidado para outra festa e, para que não se empane o brilho da ocasião, você é levado a esquecer toda a festa anterior.  Você está pronto para nova festa, nova vida física.

Novamente, você poderá ter a festa que quiser produzir por seus atos e interesses - no pleno exercício do LIVRE ARBÍTRIO.

Boas festas, para todos nós!


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segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

As viagens


Um dia a viagem acaba!
O globo azul foi somente uma parada.


Cessada a busca, se acalma a mente,

A bagagem pesada está deposta ao chão,



Seguirá conosco o que couber no coração.


O consolo: Velhos conhecidos nos darão a mão.

O Espírito que segue é, apenas, uma semente.

Que refaz suas forças e que sente

Que a Jornada é maior que a caminhada.


É preciso voar!


E, também, recomeçar.



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quinta-feira, 11 de setembro de 2014

FÉ E PRÁTICA


Nós, os Espíritas, vivemos uma realidade de contato com a esfera espiritual. Invocamos a Jesus o auxílio espiritual e o recebemos sempre. Isso nos permite testemunhar fatos maravilhosos como as curas físicas e emocionais, além das circunstâncias, mais habituais, em que são afastados e encaminhados os espíritos que estejam molestando pessoas e seus locais de viver e atuar.  

Não tomamos esses fatos como milagres e nem admitimos – no meio espírita - ocorrência de milagres. Nos fatos que  estão além da nossa compreensão normal, vemos, apenas, o amor de Deus atuando, através dos Guias Espirituais, utilizando "Leis Universais" que ainda desconhecemos no plano terrestre. 

Em nosso meio, evitamos comentários e publicidade sobre os fatos maravilhosos que presenciamos, primeiro porque os “enviados de Deus” que os realizam, estão aqui em missão de trabalho e não desejam qualquer reconhecimento que não o de se verem merecedores da confiança Divina, para essas tarefas de amor. Também, preza-se a ética para com os que recorrem ao auxílio Divino para o seu plano pessoal.

Sabe o militante espírita que a atuação humana, nessas ocorrências, é mínima e limita-se a compor o ambiente para que elas ocorram.

Por se tratar de fato relativo à minha pessoa, menciono: Um dia, estando numa reunião de cura, pedi aos Guias, mentalmente, que visitassem o meu pai, já bem idoso e enfermo. A reunião ocorria às 21:00 hs, num local muito distante da casa dos meus pais.  No dia seguinte, minha irmã apressou-se em relatar uma ocorrência da noite anterior: ”Ontem, por volta das 9:30 da noite, papai saiu do quarto dele procurando pelo médico que o atendera. Eu disse a ele que não viera nenhum médico e que a casa já estava até trancada. Então ele insistiu em que um homem de branco o examinara e que, depois, saíra atravessando a parede.”

Sabedor de que a minha prece fora atendida, apenas agradeci a Deus e aos Guias, sem dizer a ela que fora uma visita espiritual, já que sendo ela evangélica, certamente, atribuiria aquela atuação do Poder de Deus aos poderes de “entes” malignos.

Nas reuniões espíritas os resultados são práticos e quase visíveis. A interação com o Mundo Espiritual é de tal significância que os resultados podem ser vistos e sentidos, no aqui e no agora.  Ocorre uma verdadeira interação de teoria e prática. Ali, a fé se transmuta de um pensamento para uma verdade prática.

A fé espírita é diferente. Além de raciocinada e compreendida, ela se manifesta em atos e fatos que a justificam.

Nas reuniões espíritas a energia de Jesus se faz presente e realiza maravilhas. É a comprovação do que ensinou o Mestre:


“Onde estiverem dois ou três reunidos, em meu nome, Eu estarei no meio deles.”


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sábado, 6 de setembro de 2014

Sacrifícios

Desde sempre a humanidade entendeu - por temor ou ignorância - que Deus requer sacrifícios dos seus filhos ou que, para agradar a Deus é preciso que se viva uma vida de sacrifícios. Chegou-se até admitir que as alegrias ou prazeres seriam contrários à vontade de Deus.

As celas de um convento, auto flagelos e as restrições alimentares não aproximam o homem de Deus.  Ao contrário, a alegria e a espontaneidade é que sinalizam o caminho para Deus. Jesus assim o explicitou tomando como exemplo as crianças: "Delas é o Reino dos Céus". 

Não fez isso, apenas, invocando as aspectos de pureza que são simbolizados pela criança, mas, também, pela alegria e espontaneidade que caracterizam a vida de uma criança. Via de regra, a criança é alegre, espontânea e muito avessa a qualquer ideia de sacrifício, de qualquer natureza.

Deus é amor, vida, alegria e realização! Todas essas qualidades podem ser identificadas numa criança. Ao contrário, dor, tristeza, preocupações, sacrifícios e culpas não são qualidades atribuíveis a Deus e nem, normalmente, à realidade de uma criança. Logo, elas espelham melhor o que agrada a Deus.

Os ensinamentos de Jesus podem ser resumidos em AMOR E PERDÃO. E essas são qualidades presentes na vida de uma criança.

Na própria Bíblia está dito, mais de uma vez, "Misericórdia quero e não sacrifícios!", em palavras atribuídas ao pensar de Deus.

O Espiritismo é rico em esclarecimento de que o homem cria o seu próprio sofrimento, no caminho do seu próprio aprendizado, através do resgate necessários dos equívocos do seu livre arbítrio, por atos de suas vidas pregressas, no curso da eternidade.

Portanto, estão equivocadas as pessoas que atribuem tristezas, doenças e castigos à vontade de Deus ou que sua ocorrência possa agradar a Deus.

Qualquer sacrifício só é válido na extensão do bem que pode representar para seu autor ou para a humanidade. Portanto, qualquer sacrifício só será útil se conduzir ao aprendizado e à elevação espiritual de quem o pratica ou daqueles que o cercam.

Me ocorre pensar em São Francisco de Assis cujo sacrifício de pobreza e dedicação religiosa é de todos conhecido. Nesse caso, o que me parece de grande valia mencionar é que o sacrifício de São Francisco, além de representar a renúncia aos bens materiais, ou seja, de propiciar o domínio sobre a tentação material, também, resultou em que S. Francisco dedicou a sua vida aos pobres e desvalidos, principalmente, aos enfermos.  Esse sim foi um sacrifício válido.

Mortificar o corpo, em si,  nenhuma valia tem. Representa, antes, um atentado contra o valioso corpo humano, cedido ao Espírito para expressar-se sobre a Terra.

Também, o retirar-se para local isolado e inóspito, está mais para um abandono da vida humana dada ao espírito pela bondade divina, para o seu progresso e progresso da humanidade.

Quem abre mão do seu interesse para cuidar de doentes ou de crianças desamparadas terá feito uma obra mil vezes mais importante do que o que mortifica o corpo ou gasta a vida em locais inadequados.

Entendo que devemos valorizar a vida e os nossos atos e nos esquecermos de qualquer ideia de sofrimento, tristeza e sacrifícios, além daqueles que as próprias circunstâncias da vida impuserem. Estes são advindo por débitos nossos.

Bom dia!


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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

REPARTINDO O BOLO

Justiça Social é, também, o resgate do orgulho de ser brasileiro.

Hoje o povo canta o seu Hino e fala em valores nacionais. O cidadão tem orgulho de ser brasileiro.

Nunca existiu um Brasil como este dos últimos 12 anos. Pagamos as dívidas que outros governos relegaram ao título de IMPAGÁVEIS. Calote era palavra diária. Presidentes andando com o "pires na mão" e Ministros da Fazenda peregrinando em Nova York, de banco em banco, e só obtendo crédito para 30 ou 90 dias. Hoje somos credores de toda a confiança internacional.

Estão saindo do forno os primeiros médicos, engenheiros, advogados, dentistas e Educadores, concluindo cursos em faculdades e universidades nas quais nem sonhavam em pisar. O PROUNI os resgatou de uma perspectiva de nenhuma oportunidade para uma realidade de sonho materializado, para um futuro de alegrias e realizações. 

Hoje se pergunta ao filho do pobre que faculdade ele quer fazer, falamos de uma realidade possível. Antigamente, essa pergunta pergunta era apenas uma conversa amistosa, sem alcance prático.

Bendito o Governo que traduz em realidade os sonhos de uma nação.

Eu fui pobre de andar descalço e roupas remendadas. Minhas roupas eram costuradas em casa com o "paninho" mais ralinho que houvesse de mais barato. 

Ontem vi o filme Getúlio e me lembrei de que escrevi para ele, de próprio punho, com 11 anos, pedindo escola grátis (bolsa) para continuar os estudos. Ele respondeu e me concedeu uma matrícula em Colégio da Tijuca. Entretanto, ao completar 14 anos fui obrigado a arrumar emprego para ajudar no sustento da família... 

Eu vi a cara da pobreza do povo brasileiro. Morei em "comunidade" que, no meu tempo, se chamava "favela".

Eu vi o bom e o ruim desse País. Consegui comprar minha primeira televisão já com 3 filhos, em 1970, Naquele ano comprei também, através do consórcio o meu primeiro carro.

Quando vejo o Brasil de hoje em que todos têm televisão, carro, moto, celular e computador, penso na enorme diferença de anos atrás. Escolas com uniformes e merendas para todos é algo inimaginável para tempos atrás.

Nos dias atuais, posso ver o pobre, quase rico de bens e oportunidades. Parece uma miragem. O tempo das vacas magras, em que mal se podia comprar roupas e comida, passou.

Hoje quando penso nesse BRASIL GRANDE que tem crédito em todos os Bancos do Mundo, parece que nem era verdade quando havia um Brasil sem saldo para fechar as contas do mês, em Nova York... Importações eram suspensas ou, quando essenciais, ficavam condicionadas a financiamentos externos de 180 ou 360 dias, além de prévio depósito obrigatório, à vista, no BC do valor total da compra externa. Um verdadeiro confisco. Era assim, algumas empresas brasileiras tinham mais crédito do que o próprio Governo.


Longe se vai a DEMAGOGIA de economistas que cortavam salários sob a alegação de que PRIMEIRO SE PRECISAVA FORMAR O BOLO para depois reparti-lo.  Ignoravam que distribuição de renda traz consumo e consumo induz ao crescimento das indústrias e serviços.

Tivemos 500 anos de concentração de RENDAS. Nesse tempo, o tal bolo cresceu apenas para os ricos e privilegiados.

Demorou muito, mais os pobres hoje conseguiram participar do Orçamento da União.

Esse País mudou muito e MUDOU PARA MELHOR.

Hoje o Brasil distribui RENDA - repartiu o bolo - e o País vai muito bem, obrigado!



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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

A VIAGEM MAGNÍFICA

Do nada, nada se cria. Do todo, criam-se partes. 

Das partes criam-se novas partes e destas, novas partes se originam, numa divisão e multiplicação de partes e partículas que se elevam ao infinito. 

Tudo que existe ainda é parte do TODO e não pode ter outras características que não as do TODO de que se originaram.

As ínfimas partículas serão matéria, serão pensamento, serão saber, serão LUZ, porque são partes do TODO e esse TODO É ENERGIA, que se apresenta de múltiplas formas em matéria, em pensamento, em saber, em LUZ.

Em tudo que há e que se expressa ou que é sentido em matéria, pensamento, saber ou LUZ, expressa-se uma única presença, a presença-realidade do TODO que se dividiu e se multiplicou para existir como partes, partículas de saber, de sentimento. Partículas de LUZ.

Então foi assim - podemos presumir, sentir ou intuir:  Tudo se concentrou e tudo se desconcentrou numa explosão em que a energia se moldou como LUZ, fogo, velocidade, matéria, pensamentos, trazendo em cada parte ou partícula criada, o saber intuído de que existia e que evoluirá, numa viagem incrível, do TODO para a ínfima partícula e dela para o TODO.

Podemos nos imaginar partículas de LUZ, de pensamento, de matéria e de saber, conscientes ou não da nossa individualidade,  as quais viajam pelos Universos, em realidades e espaços-tempo que, por vezes, as imantam e parecem prender, mas que, apenas agregam saber ao existir, partes que são de de uma única viagem.

Existimos, além de tudo e de todos, como SERES ÚNICOS, como faíscas - um pensamento que de um TODO emanou.

Essa individualidade, que já não se dividirá, leva em si qualidades e saber adormecidos, os quais despertarão, em sua eternidade, para a plena realização do ser e do existir.

É, por isso, que não podemos desistir da vida. Porque somos vidas que emanam da VIDA, constante e palpitante, que compõe o TODO. Não podemos dar marcha a ré na nossa existência, porque continuamos na velocidade indescritível da CRIAÇÃO.

Somos viajantes imemoriais que cruzam mundos e universos.

Aos poucos, despertamos de um sono de vida e criação. Aos poucos tomamos consciência de todo o saber e de toda a experiência que nos desperta para essa realidade de existir.

Somos o que somos. Parte do TODO.

À medida que despertamos para o que somos, deixamos mundos e realidades primitivas para existirmos em novas realidades, mais próximas do entendimento, mais conscientes do TODO inteligente de que somos parte.

Somos individualidades. Somos vida em movimento.

O bem ou o mal que produzirmos, nessa tomada de consciência do ser, serão bagagens dessa viagem. Todas as ações que empreendermos serão experiências e formas de aprendizado. Os eventuais desequilíbrios que causarmos nesse movimento de aprender e evoluir, podem ser vistos, apenas, como desvios errados e temporários do caminho a percorrer. 

Será preciso voltar e corrigir a rota. Será preciso desfazer os danos que houverem sido sido causados.
 
Seremos mais felizes quanto maior for o entendimento que alcançarmos de quem somos, de onde viemos e para onde vamos e, principalmente, com a noção de que não vagamos eternamente no vazio, mas sim, que seguimos um curso definido e necessário, cujo teor é o despertamento e a aquisição do conhecimento de nossa própria realidade, a qual é parte da realidade maior, ou seja do TODO UNIVERSAL.


Que viagem magnífica!


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quarta-feira, 11 de junho de 2014

BRASIL - ORIGENS

Tenho evitado postar matérias no Blog porque elas aparecem com alterações no texto, que dificultam a compreensão ou até dão ideia diversa do pretendido.
Este texto é um pequeno teste para ver se o problema foi sanado:


A Nação é um grupo de pessoas que possuem valores conjunturais em comum que os incita a permanecerem juntos. Portanto são valores culturais que formam o alicerce primeiro do grupamento que passar a se expressar como nação. A esses valores básicos da cultura se agrega a necessidade de estabelecer um território para viver e para que essa nação se expresse como entre as Comunidades.

O Estado ou País surge quando a Nação se organiza politicamente e se coloca com um só ser, um "todo soberano" que expressa suas vontades e requisita a preservação dos seus direitos fundamentais de existir perante as demais nações já organizadas em Estados.

Nesse Passo, será criada a Lei Básica do País, os símbolos nacionais que o representarão no concerto das idéias, assim como, será estabelecida a propriedade do Território que, efetivamente, ocupa, defende e mantém.

O Estado é então uma pessoa de Direito Público, cujo finalidade é abrigar a nação (ou as nações) que se juntaram para cria-lo.

Curiosamente, o Brasil - nosso País - não obedeceu à cronologia acima para a criação do País.  Ele foi decretado pelo elemento invasor, à revelia das comunidades que aqui viviam e que detinham o território.  

As novas terras descobertas foram, inicialmente, como uma Colônia do país invasor, sendo elevado, posteriormente, a Vice-Reino por  interesses de açãoes administrativa e, posteriormente, elevado à condição de "Reino-Unido" para ter "status" em acomodar a Corte européia que aqui veio asilar-se, por razões de política externa deles. 

Com o retorno da Corte ao seu País e, sentindo-se ela incapaz de defender sua Colônia, já então, Reino Unido, foi vista a conveniência de que um herdeiro da Coroa, dominadora, fosse intitulado Imperador do Brasil.

Em todo esse tempo, uma nova comunidade foi criada, surgida dos europeus que para cá se transladaram e pela miscigenação das raças (europeia, índios nativos e negros trazidos da África como escravos). A comunidade dos Brasileiros. A nova raça adaptou suas culturas entre si criando um elemento cultural novo.

As comunidades que aqui habitaram foram gradual e sistematicamente dizimadas no interesse dos invasores inicialmente e dessa nova comunidade, posteriormente.

Politicamente, o Território e os governos iniciais foram estabelecidos pelo grupo invasor e dominador. A partilha das terras conquistadas entre os nobres do País europeu deu origem aos Estados que hoje formam o Brasil.

O verdadeiro país soberano chamado Brasil efetivou-se, plenamente, apenas, com a Proclamação da República em 1891 e a promulgação da sua primeira Constituição.



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quarta-feira, 9 de abril de 2014

PROBLEMA NO BLOG

ESTOU EVITANDO POSTAR NOVAS MATÉRIAS NO BLOG:

MOTIVO:

OS TEXTOS QUE ESCREVO APARECEM TRUNCADOS DEPOIS DE PUBLICADOS.  PARECE QUE FOI VERTIDO PARA OUTRO IDIOMA E, DEPOIS, TRADUZIDO PARA O PORTUGUÊS, VIA TRADUÇÃO-COMPUTADOR, QUASE SEMPRE COM SENTIDO ALTERADO, TORNANDO IMPOSSÍVEL A LEITURA E O ENTENDIMENTO INICIAL.

AINDA NÃO SEI COMO RESOLVER O PROBLEMA.

OBRIGADO AOS QUE ME ACOMPANHARAM ATÉ AQUI. 

ABRAÇOS.





terça-feira, 1 de abril de 2014

OS QUE PROCURAM

OS QUE PROCURAM por uma religião: Não a encontrarão Espiritismo.

- O Espiritismo é um Conjunto de Conhecimentos - Verdades Espirituais - que abrange a vida do homem, Espírito encarnado na Terra e, também, a vida do Espírito, após a morte do corpo terrestre.

OS QUE PROCURAM salvação, sem esforço próprio: Não encontrarão apoio no Espiritismo.

- O "Céu" do Espiritismo só será alcançado pela evolução espiritual, aí considerados a reforma íntima, a aquisição das virtudes, a prática do bem e o resgate dos erros e falhas ocorridos em todas as "vidas".

OS QUE PROCURAM Perdão sem a devida reparação dos danos causados, estarão equivocados se o buscarem Espiritismo.

- O Espiritismo entende Como Perdão de Pecados, o Fato atinente à maldade neles contida. A Reparação da culpa será sempre necessária para atender à Justiça Divina, decorrente do livre arbítrio de cada Espírito - Lei do Retorno das Ações.

OS QUE PROCURAM vida sem responsabilidade espiritual: Não encontrarão tal facilidade no Espiritismo.

- Além da reforma íntima, o Espiritismo requer vida responsável e solidariedade humana, pela prática da Caridade, fatores necessários para a evolução espiritual do Ser.





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segunda-feira, 10 de março de 2014

RETORNANDO AO LAR

RETORNANDO AO LAR

Eu tenho saudades de alguma coisa que não identifico: de pessoa ou de lugar. 

Seria saudade uma saudade de haver sido, de ter tido ou de haver usufruído de algoque me dava muita satisfação e do que, novamente, eu gostaria de ser, ter ou usufruir.

Eu olho para os céus e vejo estrelas, sóis com seus planetas e satélites - na imensidão do Universo sem fim - e, do nada, me vem um sentimento de pertencer, de fazer parte, de estar ligado com algo. Um sentido de propósito e finalidade em tudo, onde se insere a minha vida.

E aumenta a nostalgia - a saudade.

Quando leio que viemos das estrelas e prosseguimos entre elas, numa jornada para a perfeição e a felicidade, ainda mais se enternece a minha alma.

Busca que busca, saudade que vem e não esclarece, eis que me ocorre o ensinamento do Apóstolo: “Se hoje vemos por metade, um dia veremos pelo todo”.

Veremos o sentido e a finalidade de tudo que vemos, sentimos, vivemos, imaginamos, sabemos ou desejamos saber.

Nessa hora, em que o pensamento voa, me consola e me alegra, a consistência da fé: Não estou perdido por aqui, vivendo uma vida aleatória. Sei de onde venho e para onde vou. Sei o caminho e os meios para lá chegar.

NA CERTEZA DE RETORNAR AO LAR CELESTE!

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Deixo aqui O LINK para uma canção que é, para mim, uma prece preciosa:
Poderosa Força –Willi de Barros, adaptação de Elizabete Lacerda

“Poderosa força que ilumina o meu ser.
Guia os meus passos, me ensina a viver.
Cruzando os horizontes, vencendo os meus defeitos,
Com a luz do saber, pela virtude de amar.
Com tua força tamanha, oh! Cristo, me ajuda a derrubar,
As barreiras da vida que eu venha a encontrar.
Eu venho pedir a ti, oh! Pai, amigo,
Que a vida estás a sustentar:
Dá-me tua certeza de um dia eu poder chegar.
A ver-te nos olhos que choram,
Nos pobres e aflitos,
Em todas as coisas criadas por ti.
Eleva a minh’alma, me faz tão perfeito
Me leva a saber que estás dentro de mim.
Oh, Pai Nosso, que estais nós céus,
Santificado seja o teu nome,
Em favor de todos nós.”

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quarta-feira, 5 de março de 2014

O ESPIRITISMO (Princípios Básicos)

http://www.febnet.org.br/blog/geral/o-espiritismo/seus-ensinos-fundamentais/

* Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas. é eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom.
* O Universo é criação de Deus. Abrange todos os seres racionais e irracionais, animados e inanimados, materiais e imateriais.
* Além do mundo corporal, habitação dos Espíritos encarnados, que são os homens, existe o mundo espiritual, habitação dos Espíritos desencarnados.
* No Universo há outros mundos habitados, com seres de diferentes graus de evolução: iguais, mais evoluídos e menos evoluídos que os homens.
* Todas as leis da Natureza são leis divinas, pois que Deus é o seu autor. Abrangem tanto as leis físicas como as leis morais.
* O homem é um Espírito encarnado em um corpo material. O perispírito é o corpo semimaterial que une o Espírito ao corpo material.
* Os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Constituem o mundo dos Espíritos, que preexiste e sobrevive a tudo.
* Os Espíritos são criados simples e ignorantes. Evoluem, intelectual e moralmente, passando de uma ordem inferior para outra mais elevada, até a perfeição, onde gozam de inalterável felicidade.
* Os Espíritos preservam sua individualidade, antes, durante e depois de cada encarnação.
* Os Espíritos reencarnam tantas vezes quantas forem necessárias ao seu próprio aprimoramento.
* Os Espíritos evoluem sempre. Em suas múltiplas existências corpóreas podem estacionar, mas nunca regridem. A rapidez do seu progresso intelectual e moral depende dos esforços que façam para chegar à perfeição.
* Os Espíritos pertencem a diferentes ordens, conforme o grau de perfeição que tenham alcançado: Espíritos Puros, que atingiram a perfeição máxima; Bons Espíritos, nos quais o desejo do bem é o que predomina; Espíritos Imperfeitos, caracterizados pela ignorância, pelo desejo do mal e pelas paixões inferiores.
* As relações dos Espíritos com os homens são constantes e sempre existiram. Os bons Espíritos nos atraem para o bem, sustentam-nos nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os imperfeitos nos induzem ao erro.
* Jesus é o guia e modelo para toda a Humanidade. E a Doutrina que ensinou e exemplificou é a expressão mais pura da Lei de Deus.
* A moral do Cristo, contida no Evangelho, é o roteiro para a evolução segura de todos os homens, e a sua prática é a solução para todos os problemas humanos e o objetivo a ser atingido pela Humanidade.
* O homem tem o livre-arbítrio para agir, mas responde pelas conseqüências de suas ações.
* A vida futura reserva aos homens penas e gozos compatíveis com o procedimento de respeito ou não à Lei de Deus.
* A prece é um ato de adoração a Deus. Está na lei natural e é o resultado de um sentimento inato no homem, assim como é inata a idéia da existência do Criador.
* A prece torna melhor o homem. Aquele que ora com fervor e confiança se faz mais forte contra as tentações do mal e Deus lhe envia bons Espíritos para assisti-lo. é este um socorro que jamais se lhe recusa, quando pedido com sinceridade.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

PASSAPORTE PARA A NOVA TERRA

Sempre que viajamos para um local fora do nosso País, nossa primeira preocupação é a de estarmos com o nosso passaporte emitido e válido. Sem ele não poderíamos desembarcar no destino desejado.

Nós estamos em viagem para uma Nova Terra e vamos necessitar do passaporte válido e do visto de entrada nesse planeta renovado.

Já entramos na nova era, a era do despertamento do espírito. A terra já completou o estágio do "homem bruto", escravo dos instintos e habitante das cavernas, adepto das guerras de destruição de povos e nações.

Os milênios vividos fez surgir o "homem social", esse que compreende e respeita os direitos de todos os povos, independentemente, das raças, religiões e traços culturais e demarcações políticas. Enfim, está reconhecido o direito a cada pessoa de existir e de exercer a sua liberdade.  

Fizemos, como humanidade, um grande avanço.

O novo status da humanidade terrestre decorrerá da conscientização da sua realidade espiritual, virtude que sempre existiu, mas que nunca passou para o nível consciente dos indivíduos. Poderíamos denomina-lo, por comparação, como o "O Homem Espiritual".

Até as trevas impostas pelas religiões, como forma de dominação das mentes, estão sendo desbaratadas pela Luz Divina. 

As novas Revelações Espirituais chegaram para destruir os mistérios, os misticismos e os dogmatismos criados e impostos, pelos próprios homens. 

Essa mesma Luz de amor removeu as condenações eternas e os seres  eternamente devotados ao mal.

Isso é muito bom porque a Nova Terra não significa o surgimento de um novo planeta. Significa surgir uma nova raça humana que compreenderá o seu status de "ser espiritual", consciente de sua missão de evoluir pela prática do bem e pela aquisição dos conhecimentos e  das virtudes.

Renovada será a "raça humana" da Terra e essa transição já começou.

As crianças que agora nascem já trazem intuída na consciência, essa nova realidade. Através delas está iniciado o melhoramento do Planeta. 

Qualquer criança, hoje, tem mais noção da vida no Planeta que a maioria dos adultos que andam por aqui. Também, sobre a vida espiritual, a toda hora somos surpreendidos com afirmações infantis de muita sabedoria e alcance. São crianças que contestam e questionam pensamentos antigos.

Não sentiremos essa transição porque ela se dará por renovação e não por revolução. Todo renascimento se dá pelos critérios da evolução já alcançada pelo espírito e do estágio do mundo que o receberá.

A humanidade renasce em realidades compatíveis com essa evolução alcançada e, nessa realidade, seremos atraídos para planetas com estágio equivalente à realidade de nossa antiga "Terra", no caso de que não tenhamos atingido o estágio compatível com a nova realidade vibratória da Nova Terra. 

Isso não representa punição, visto que renasceremos nos locais compatíveis com o aprendizado e as provas que ainda precisamos realizar. 

Nessa questão de adequação, tudo visa à evolução do ser que caminha para Deus e para a felicidade plena.

Então..., o nosso passaporte e "visto" de entrada como futuros habitantes da Nova Terra, será, exatamente, a nossa evolução e sintonia com as realidades espirituais desse novo ambiente terrestre. 

Amor, perdão, caridade e toda a prática do bem são os meios e requisitos para a obtenção desses requisitos de nova cidadania Terrestre. 

Essas práticas independem das crenças e seitas religiosas vigentes por aqui. Religião é só uma forma de reunir pessoas com o mesmo interesse no que concerne ao entendimento espiritual. 

Nenhuma será requisito essencial para habitar a Nova Terra.

Reforma íntima, sim.


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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

REENCARNAÇÃO (Marcos Paterra-O Clarim)

Artigo publicado em "O Clarim - Maio 2013":

http://www.acasadoespiritismo.com.br/artigos/artigos2013/artigosnovos/espiritismo%20e%20reencarnacao.htm

ESPIRITISMO E REENCARNAÇÃO
"A crença na reencarnação tem origens nos primórdios da humanidade, nas culturas primitivas.

Marcos Paterra
marcos.paterra@gmail. com

A palavra "reencarnação" foi gradualmente aceita para transmitir a ideia da possibilidade de um espírito humano ou alma ter diversas vidas sobre a Terra. De acordo com o dicionário inglês Shorter Oxford, foi usada pela primeira vez em 1858, sendo definida como "ato de encarnar novamente".

Encarnar significa entrar na carne e reencarnar expressa o ato de entrar na carne outra vez. Após a morte, o ego humano separa-se do corpo físico e, após algum tempo, retoma a um corpo novo.
A crença na reencarnação, mesmo não tendo seu início no Espiritismo (apesar de ser um elemento diferenciador deste), tem origens nos primórdios da humanidade, nas culturas primitivas. De acordo com alguns estudiosos, a ideia se desenvolveu de duas crenças comuns que afirmam que:

- Os seres humanos têm alma, que pode ser separada de seu corpo, temporariamente no sono, e permanentemente na morte;

- As almas podem ser transferidas de um organismo para outro. A crença na sobrevivência da consciência após a morte é comum e tem-se mantido por toda a história da humanidade.

Quase todas as civilizações têm tido um sistema de crença relativo à vida após a morte. Dizia-se que um homem poderia reviver, mas não sabiam explicar como. Designavam como ressurreição o que o Espiritismo mais judiciosamente chama de reencarnação. A ressurreição presume a ideia de voltar à vida o corpo que já está morto, o que a ciência demonstra ser materialmente impossível: como reunir todos os elementos que o compõem quando já dispersos e absorvidos? A reencarnação é a volta da alma ou espírito à vida corpórea, mas em outro corpo que não tem nada de comum com o antigo.

Os povos da Ásia e da Grécia acreditavam na imortalidade da alma; Pitágoras, Sócrates, Platão, Orígenes, Virgílio, entre tantos outros, foram precursores da ideia da reencarnação, e sua crença se manteve até a consolidação do Cristianismo.

Gabriel Delanne, no livro A Reencarnação, diz haver entre os Vedas (1300 a.C.) um conjunto de textos sagrados, base fundamental da tradição religiosa do Bramanismo e do Hinduísmo e filosófica da índia, do qual se destaca esta passagem: "A alma não nasce nem morre nunca, ela não nasceu outrora nem deve renascer; sem nascimento, sem fim, eterna, antiga, não morre quando se mata o corpo. Como poderia aquele que a sabe impecável, eterna, sem nascimento e sem fim, matar ou fazer matar alguém? Assim como se deixam as vestes gastas para usar vestes novas, também a alma deixa o corpo usado para revestir novos corpos. Eu tive muitos nascimentos e também tu, Arjuna; eu as conheço todas, mas tu não as conheces... ".

O Cristianismo rejeitou a reencarnação porque sua visão abalava a autoridade da Igreja, segundo a qual a salvação não dependia do retorno do indivíduo em outro corpo, mas sim da relação do indivíduo com Deus, através do dom da graça. Daí tantos conflitos e tantas criaturas queimadas em fogueiras por acreditarem na comunicabilidade dos espíritos, na sobrevivência da alma e na reencarnação; foram considerados heréticos, bruxos etc.
Por este receio foi que, em 325 d.C, o imperador Constantino, o Grande, e sua mãe, Helena, suprimiram as referências à reencarnação contidas no Novo Testamento. O Segundo Concílio de Constantinopla (atual Istambul, na Turquia), reunido em 553 d.C, validou esse ato, declarando herético o conceito da reencarnação No entanto, a condenação da Doutrina teve uma ferrenha oposição pessoal do imperador Justiniano', que nunca esteve ligado aos protocolos do Concílio.

Conforme a Doutrina Espírita, Deus cria os espíritos na simplicidade e na ignorância, tendo tempo e espaço para progredirem. Para que possam desenvolver suas potencialidades, necessitam encarnar num corpo material. As encarnações são sucessivas e sempre muito numerosas, pois "o progresso é quase infinito."2

Os espíritos falam sobre o papel da reencarnação na pergunta 167 de O Livro dos Espíritos, na qual Allan Kardec formula a seguinte questão: "Qual é a finalidade da reencarnação?" E a resposta:
"Expiação, melhoramento progressivo da humanidade. Sem isso, onde estaria a justiça?"

Quando os espíritos respondem primeiramente que a reencarnação tem uma finalidade expiatória, não querem dizer que ela seja punitiva e condenatória. A palavra expiação tem várias acepções (castigo, penitência, cumprimento de pena, sofrer consequências de preces para aplacar a divindade etc.) que são comumente associadas à ideia de pecado e mortificação. Essa ideia, contudo, é estranha à concepção espírita. Considerando as várias acepções acima, a que mais se acomoda ao que os espíritos colocaram é a de "sofrer consequências de", em conformidade com o livre-arbítrio e a Lei de Ação e Reação.

"[...] a reencarnação no resgate é também recapitulação perfeita. Se não trabalhamos por nossa intensa e radical renovação para o bem, através do estudo edificante que nos educa o cérebro e do amor ao próximo que nos aperfeiçoa o sentimento, somos tentados hoje pelas nossas fraquezas, como éramos tentados ainda ontem, porquanto nada fizemos pelas suprimir, passando habitualmente a reincidir nas mesmas faltas. (...)"3

A influência do Catolicismo ainda é muito forte: nossa formação cultural se encontra imersa nas ideias jesuíticas. Isso ocasiona, a priori, uma postura ideológica de rejeição quase imediata a qualquer conhecimento novo ou à necessidade de alguma adaptação, aprisionando determinados conceitos espíritas ao preconceito já estabelecido ao longo das existências. E o que vem acontecendo no meio espírita, em que a influência preponderante do Catolicismo ainda é muito marcante.

Devido a essas deturpações doutrinárias, enfrentadas pelos espíritas desde que o Espiritismo começou a se difundir no Brasil, ele tem sido considerado, por eminentes pensadores de nossa época, uma religião conformista, que anestesia as consciências, alienando os indivíduos dos problemas amais; a visão de resignação, segundo eles, é instituída pela ideia da reencarnação.

Segundo a visão espírita, entretanto, a lei dos renascimentos sucessivos abre perspectivas nunca antes contempladas. A imortalidade, exercitada pelo espírito ao longo de suas existências num processo contínuo de evolução infinita, vem elucidar uma série de questões que passam pelos planos biológico, psicológico e social, até então inexplicáveis, tanto pelos espiritualistas como pelos estudiosos das leis que regem o mundo material.

Conforme Allan Kardec, "[...] a encarnação não é uma punição como pensam alguns, mas uma condição inerente à inferioridade do espírito e um meio de ele progredir "4.

"[...] a encarnação é necessária ao duplo progresso moral e intelectual do espírito; ao progresso intelectual pela atividade obrigatória do trabalho; ao progresso moral pela necessidade recíproca dos homens entre si. A vida social é a pedra de toque das boas e más qualidades "5.


1.
Flávio Pedro Sabácio Justiniano (em latim: Flavius Petrus Sabbatius Justinianus; Taurésio, 11 de maio de 483 - Constantinopla, 13 ou 14 de novembro de 565), conhecido simples¬mente como Justiniano I ou Justiniano, o Grande, foi imperador bizantino desde 12 de agosto de 527 até a sua morte.
2. KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Questão 169.
3. Trecho retirado do livro Ação e Reação de Francisco Candido Xavier, pelo espíri¬to de André Luiz Ed. FEB. Rio de Janeiro 2008. Cap.14,p.250.
4. KARDEC, Allan. A Génese. Cap. XI -item 26.
5. . O Céu e o Inferno. Cap. Ill, item 8. Ed. FEB. Rio de Janeiro. 1999.

O Clarim, maio de 2013"




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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

As Leis de Moisés

Moisés foi o primeiro legislador do Povo Judeu e seu primeiro líder. Ele foi o libertador dos Judeus que estiveram no Egito, por 430 anos, em regime de submissão (escravidão) aos Faraós Egípcios.

Ele conduziu o seu povo pelo deserto, por 40 anos, na busca pela Terra Prometida. Saíram do Egito 400 mil judeus. Na antiguidade contavam-se apenas os homens, adultos, logo, ele liderava uma nação que se pode estimar entre 800 mil/1 milhão de pessoas, considerando-se as mulheres e as crianças.

Para dominar a índole desse povo - ainda meio bárbaro - ele, Moisés, precisou ser, além de um legislador muito severo, atuar como um representante de um Deus que mais punia que perdoava os infratores.

Foi Moisés que recebeu - de Deus - os dez mandamentos, o mais completo código moral e ético que chegou aos nossos dias, representando, também, a lei religiosa.

Com suas Leis, Moisés regulamentou todos os aspectos da vida daquele Povo, pormenorizadamente, tendo sempre como suporte do seu poder, como pano de fundo, a autoridade divina.

Ele determinou:

  • a prática do sacrifício de animais para a purificação dos pecados;
  • Estabeleceu o sábado como o dia do Senhor, no qual só se admitiram as práticas religiosas. Nada mais poderia ser feito, inclusive o plantar ou colher os bens, bem como, negócios de compra e venda de qualquer espécie;
  • Estabeleceu o ano sabático, a cada sete anos, ficando vedada toda a atividade de produção, mesmo as colheitas, devendo os frutos ficarem nas lavouras e lá apodrecerem;
  • Regulamentou as ligações familiares e as responsabilidades conjugais, como, por exemplo, que o irmão acolheria como esposa a mulher de seu irmão que houvesse falecido;
  • Determinou o que eram uniões ilícitas, no que concerne às atividades sexuais, que não poderiam ocorrer por questões de parentesco, afinidade e gênero e, também ordenou que a mulher solteira não mais vigem, seria considerada desonrada e repudiada pelos pais;
  • Estabeleceu que todo menino deveria ser circuncidado;
  • Estabeleceu penas gravíssimas como: O olho por olho (lei de talião), o apedrejamento da mulher infiel (somente a mulher), o apedrejamento do filho desobediente, o regimento de alimentos puros e impuros, os julgamentos por heresia, a morte e enterro do boi que machucasse alguém, etc. etc.

Estabeleceu, também, que não poderiam ser consultados os espíritos dos mortos:

“E entre vós ninguém haja que consulte os que têm o Espírito de Píton e se propõem adivinhar, interrogando os mortos para saber da verdade.” Deut. 13:9-12.

Será que essas leis ainda são, nos dias de hoje, fielmente, obedecidas?

- a do sábado, como dia consagrado a Deus, não é.

- a da guarda do ano sabático, não é.

- o do sacrifício de animais para purificar pecados, não é.

- a do irmão casar-se com a cunhada viúva, não é.

- a das uniões sexuais lícitas ou ilícitas, não é.

- a do apedrejamento da mulher adúltera, não é.

- a do apedrejamento do filho desobediente, não é.

- a da lei do olho por olho, dente por dente, não é

- a da desonra da mulher solteira não virgem, não é.

- a da circuncisão dos meninos, não é.

- a dos alimentos puros e dos puros, não é.

- a da morte e enterro do boi que ferisse alguém, não é.

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A pergunta que fica é: Por que os religiosos, entre tantas ordenações da Lei de Moisés, insistem em cumprir, apenas, a que proíbe o intercâmbio com os espíritos?


No livro O Céu e o Inferno. 51. ed. Rio: FEB, 2003, 1ª parte, cap. XI, itens 3 a 15, Allan Kardec advoga o seguinte entendimento:

“Se a lei de Moisés deve ser tão rigorosamente observada num ponto, força é que o seja igualmente em todos os outros. Por que seria ela boa no tocante a alguns tópicos e má em outros tópicos da Lei? É preciso ser consequente. Desde que se reconhece que a lei mosaica não está mais de acordo com a nossa época e costumes em dados casos, a mesma razão procede para a proibição de que tratamos. Demais, é preciso expender os motivos que justificavam essa proibição e que hoje se anularam completamente: O legislador hebreu queria que o seu povo abandonasse todos os costumes adquiridos no Egito, onde as evocações estavam em uso e facilitavam abusos, como se infere destas palavras de Isaías: “O Espírito do Egito se aniquilará a si mesmo e eu precipitarei seu conselho; eles consultarão seus ídolos, seus adivinhos e seus pítons”.

Os israelitas não deviam contratar alianças com as nações estrangeiras, e sabido era que naquelas nações que iam combater encontrariam as mesmas práticas. Moisés devia, pois, por política, inspirar aos hebreus aversão a todos os costumes que pudessem ter semelhanças e pontos de contacto com o inimigo. Para justificar essa aversão, preciso era que apresentasse tais práticas como reprovadas pelo próprio Deus, e daí estas palavras: “O Senhor abomina todas essas coisas e destruirá, à vossa chegada, as nações que cometem tais crimes”. 

Existem duas partes distintas na lei de Moisés – A proibição de Moisés era assaz justa, porque a evocação dos mortos não se originava nos sentimentos de respeito, afeição, ou piedade para com eles, sendo antes um recurso para adivinhações, tal como nos augúrios e presságios explorados pelo charlatanismo e pela superstição. Essas práticas, ao que parece, também eram objeto de negócios, e Moisés, por mais que fizesse, não conseguiu desentranhá-las dos costumes populares.

Essas práticas supersticiosas perpetuaram-se até a Idade Média, mas hoje a razão predomina ao mesmo tempo em que o Espiritismo veio mostrar o fim exclusivamente moral, consolador e religioso das relações de além-túmulo.

Há duas partes distintas na lei de Moisés: a Lei de Deus propriamente dita, promulgada sobre o Sinai, e a lei civil ou disciplinar, apropriada aos costumes e ao caráter do povo. Uma dessas leis é invariável, ao passo que a outra se modifica com tempo, e a ninguém ocorre que possamos ser governados pelos mesmos meios por que o eram os judeus no deserto.

Quem pensaria hoje, por exemplo, reviver este artigo da lei mosaica[2]: “Se um boi escornar um homem ou mulher, que disso morram, seja o boi apedrejado e ninguém coma da sua carne; mas o dono do boi será julgado inocente”.

Este artigo nos parece absurdo, não tinha, no entanto, outro objetivo senão o de punir o boi e inocentar o dono, equivalendo simplesmente à confiscação do animal, causa do acidente, para obrigar o proprietário a maior vigilância. A perda do boi era a punição que devia ser bem sensível para um povo de pastores, a ponto de dispensar outra qualquer; entretanto, essa perda a ninguém aproveitava por ser proibido comer a carne. 

Haveria Jesus modificado a lei mosaica? – Tudo tinha razão de ser na legislação de Moisés, vez que ela tudo prevê em seus mínimos detalhes, mas a forma, bem como o fundo, adaptava-se às circunstâncias ocasionais. Se Moisés voltasse em nossos dias para legislar sobre uma nação civilizada, decerto não lhe daria um código igual ao dos hebreus.

A esta objeção opõe a afirmativa de que todas as leis de Moisés foram ditadas em nome de Deus, assim como as do Sinai. Mas julgando-as todas de fonte divina, por que ao Decálogo limitam os mandamentos? Qual a razão de ser da diferença? Pois não é certo que se todas as leis emanam de Deus devem ser igualmente obrigatórias? E por que não conservam a circuncisão, à qual Jesus se submeteu e não aboliu? Ah! Esquecem que, para dar autoridade às suas leis, todos os legisladores antigos lhes atribuíram uma origem divina. Pois bem: Moisés, mais do que nenhum outro, tinha necessidade desse recurso, atento ao caráter de seu povo; e se, a despeito disso, ele teve dificuldades em se fazer obedecer, que não sucederia se as leis fossem promulgadas em seu próprio nome? Não veio Jesus modificar a lei mosaica, fazendo da Sua Lei o código dos cristãos? Não disse Ele: “Vós sabeis o que foi dito aos antigos, tal e tal coisa, e eu vos digo tal outra coisa?” Entretanto, Jesus não proscreveu, antes sancionou a Lei do Sinai, da qual toda a Sua Doutrina moral é um desdobramento.

Ora, Jesus nunca aludiu em parte alguma à proibição de evocar os mortos, quando este era um assunto bastante grave para ser omitido nas Suas prédicas, mormente tendo Ele tratado de outros assuntos secundários.

Terão os diversos cultos receio das manifestações? – Se Moisés proibiu evocar os mortos, é que estes podiam vir, pois do contrário inútil fora a proibição. Ora, se os mortos podiam vir naqueles tempos, também o podem hoje. Se os Espíritos se perturbassem ou se agastassem com os nossos chamados, certo o diriam e não retornariam; porém, nas evocações, livres como são, se se manifestam é porque lhes convém.

Todas as razões alegadas para condenar as relações com os Espíritos não resistem a um exame sério. Pelo ardor com que se combate nesse sentido é fácil deduzir o grande interesse ligado ao assunto. Daí a insistência. Em vendo esta cruzada de todos os cultos contra as manifestações, dir-se-ia que delas se atemorizam.

O verdadeiro motivo poderia bem ser o receio de que os Espíritos, muito mais esclarecidos, viessem instruir os homens sobre os pontos que se pretende obscurecer, dando-lhes conhecimento, ao mesmo tempo, da certeza de um ou outro mundo, a par das verdadeiras condições para nele serem felizes ou desgraçados. A razão deve ser a mesma por que se diz à criança: – “Não vá lá, que há lobisomem”. Ao homem dizem: “Não chameis os Espíritos: são o diabo”. Não importa, porém: – impedem os homens de os evocar, mas não poderão impedi-los de vir aos homens para levantar a lâmpada de sob o alqueire.

O culto que estiver com a verdade absoluta nada terá que temer a luz, pois a luz faz brilhar a verdade e o demônio (que, aliás, nem existe) nada pode contra ela.

Repelir as comunicações de além-túmulo é repudiar o meio mais poderoso de instruir-se, já pela iniciação nos conhecimentos da Vida Futura, já pelos exemplos que tais comunicações nos fornecem. 

Será benéfico aos Espíritos interdizer as comunicações? – A experiência nos ensina, além disso, o bem que podemos fazer, desviando do mal os Espíritos imperfeitos, ajudando os que sofrem a desprenderem-se da matéria e a se aperfeiçoarem. Interdizer as comunicações é, portanto, privar as Almas sofredoras da assistência que lhes podemos e devemos dispensar.

As seguintes palavras de um Espírito resumem admiravelmente as consequências da evocação, quando praticadas com fim caritativo:

“Todo Espírito sofredor e desolado vos contará a causa da sua queda. Os desvarios que o perderam. Esperanças, combates e terrores; remorsos, desesperos e dores, tudo vos dirá, mostrando Deus justamente irritado a punir o culpado com toda a severidade. Ao ouvi-lo, dois sentimentos vos acometerão: o da compaixão e o do temor! Compaixão por ele, temor por vós mesmos. E se o seguirdes nos queixumes, vereis, então, que Deus jamais o perde de vista, esperando o pecador arrependido e estendendo-lhe os braços compassivos logo que procure regenerar-se. Do culpado vereis, enfim, os progressos benéficos para os quais tereis a felicidade e a glória de contribuir, com a solicitude e o carinho do cirurgião acompanhando a cicatrização da ferida que pensa diariamente”.

                
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