Quem sou eu

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Eusébio, Ceará, Brazil
Nasci no ano de 1940 e sou um velho espírita que vive no Brasil.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Reforma Íntima





Este texto é uma postagem de Cidinha Bueno no Facebook, compartilhando foto de Juarez Alves Lima Júnior. Lindo e importante para todos os que desejam o crescimento espiritual e a reforma íntima do ser:




UMA REFLEXÃO... REMOVENDO AS PEDRAS DO CAMINHO

Não basta crer, não adianta apenas orar ou ter fé, é preciso agir, é preciso plantar, lançar-se ao trabalho capaz de nos levar aos objetivos desejados.

São sábias as palavras de Irmão José:

"Não nos esqueçamos de que toda oração que o homem dirige a Deus é constituída de duas partes: a primeira é a do mérito, a segunda é a da bênção. Toda resposta divina depende do esforço humano! Se o homem não cumpre com a sua parte, a Lei Divina se sente impedida de cumprir com a sua."

Aplicando essa lei em nossa vida prática, inevitavelmente chegaremos a algumas conclusões importantes:

Aquele que deseja receber da vida o melhor, precisa primeiramente dar à vida o melhor de si mesmo.

Quem aprecia ouvir palavras de otimismo precisa antes falar de otimismo para os outros.

Aquele que deseja receber vibrações positivas das pessoas carece de pensar melhor sobre a vida alheia.

Quem necessite de auxílio precisa desenferrujar os braços auxiliando o próximo.

Quem almeja ser amado tem antes o dever de amar.

Quem sente necessidade de perdão precisa ser o primeiro a perdoar.

Quem intenciona o progresso deve primeiramente progredir em trabalho e conhecimento.



A Lei Divina opera pelo câmbio do " dar e receber ". 

Mas a maioria de nós ainda espera receber sem dar. 

Sacar sem depositar. 

Colher sem plantar. 

Muitos querem conhecimento sem estudo. 

Saúde sem cuidado. 

Mudança sem atitude. 

Amor sem dedicação. 

Progresso sem esforço. 

Proteção espiritual sem auto espiritualização. 

Não é uma contradição de nossa parte?


Mensagem extraída da Obra:
“CURA E LIBERTAÇÃO”
Autor: José Carlos De Lucca."







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segunda-feira, 14 de maio de 2012

Minha Mãe (Casemiro de Abreu)




Minha mãe!

Da pátria formosa, distante e saudoso,
Chorando e gemendo meus cantos de dor,
Eu guardo no peito a imagem querida
Do mais verdadeiro, do mais santo amor!
Minha mãe!

Nas horas caladas das noites de estio,
Sentado sozinho, co’a face na mão,
Eu choro e soluço por quem me chamava:
Ó filho querido do meu coração!
Minha mãe!

No berço pendente dos ramos floridos,
Em que eu pequenino feliz dormitava,
Quem é que esse berço com todo o cuidado,
Cantando cantigas, alegre embalava? 
Minha mãe! 


De noite, alta noite, quando eu já dormia, 

Sonhando esses sonhos dos anjos dos céus,
Quem é que meus lábios dormentes roçava, 
Qual anjo da guarda, qual sopro de Deus? 
Minha mãe! 

Feliz o bom filho que pode contente, 

Na casa paterna, de noite e de dia, 
Sentir as carícias do anjo de amores, 
Da estrela brilhante que a vida nos guia. 
Uma mãe! 

Por isso eu agora, na terra do exílio, 
Sentado, sozinho, co’a face na mão, 
Suspiro e soluço por quem me chamava: 
Ó filho querido do meu coração! 
Minha mãe!. 

Casemiro de Abreu



sábado, 12 de maio de 2012

Citações de "Nosso Lar"


O Senhor concede sabedoria ao que gasta tempo em aprender 
e dá mais vida e mais alegria aos que sabem renunciar.

Cada um acerta suas próprias contas.
Os bons e os maus dispendem igual tempo de vida. 
Os primeiros constroem felicidade, 
os segundos acumulam penas por expiar.

O pensamento é a base das relações espirituais dos seres entre si.

Nossas criações mentais são, muitas vezes, 
destrutivas e prejudiciais a nós mesmos.

Os pensamentos têm vida própria.
Cuidado com a sua criação mental, 
ela pode te envolver em Luz ou em trevas.

Um pensamento criminoso produzirá gerações mentais de igual natureza. Um pensamento elevado obedece à mesma lei.

O pensamento é força viva e criadora.
Nele transformam-se os homens em anjos, a caminho do céu,
ou se fazem gênios do mal a caminho do “inferno”.

Deus criou seres e céus, 
mas nós costumamos transformar-nos em seres diabólicos,
criando nossos infernos individuais.

Após elevar-se às alturas, a água volta purificada,
criando vigorosas condições de vida.  
Retida junto a detritos na terra,
se tornará em ambiente adequado à vida de micróbios destruidores.

A flor cortada volta à Terra, mas o perfume vive no céu.



(Fonte: Livro Nosso Lar - André Luís/Francisco Cândido Xavier)



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sexta-feira, 11 de maio de 2012

Sonhos

Essa noite sonhei com pássaros.

O sonho me deixou intrigado e, por isso, o conto aqui.

Eu estava num local e ia dormir. Quando me dirigia para o quarto, percebi que havia muitos pássaros aninhados para a noite, em diversos nichos que não os prendia. Elevei a mão para um deles já admitindo que ia assustá-lo em seu início de sono. Surpreso vi que ele esticou uma das suas asas para tocar a minha mão. Aí eu elevei ambas as mãos para todos os pássaros e, mais surpreso ainda, notei que eles se deitavam, como criancinhas adormecidas. Quando pensei em chamar alguém para ver, acabou.


Minha amiga Sonia Trevisan, a quem relatei o sonho, disse-me que sonhar com pássaros e flores significa estar com o lado espiritual bem trabalhado e que a asinha do pássaro estendida significa que recebi apoio do lado de lá.

Não sou muito ligado na interpretação de sonhos mas gostei muito dessa assertiva da Soninha. Tanto mais que o sonho ocorreu logo antes do despertar, horário em que os sonhos, quase sempre são viagens a outras realidades, contendo em si uma mensagem ou uma lembrança necessária.

Essa é apenas uma opinião pessoal, não entendo nada sobre os sonhos mas, para o meu consumo, aceito que há sonhos de diversos tipos e finalidades.

Considero normal sonhar com realidades espirituais porque ocorre, frequentemente, comigo. Entretanto, sei que cada pessoa sonha com a realidade espiritual a que está ligado por laços de afinidade. O bem atrai o bem, etc. etc.

Fico muito feliz quando percebo que o meu guia espiritual - Anjo da Guarda - veio estar comigo e me conduziu por lugares de trabalho ou de passeio ou, simplesmente, me levou para aprender a volitar pelo espaço.



Experimente, ao deitar, fazer uma prece e colocar-se à disposição do seu Anjo da Guarda para essas experiências fora da realidade física. Você vai gostar. E ele te protegerá dos perigos externos.


Bons Sonhos!


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quarta-feira, 9 de maio de 2012

Mineiro de Minas Gerais!



Eu não escolhi ser mineiro,
Nasci lá!
Entre as serras e picos, escarpados,
De ouro, de pedras e de sonhos
Onde a água nasce e corre mansa
Entre os seixos e os namorados
Sem pressa da vida
Sem ter de chegar
A nenhum lugar. Ao mar.



Digo que não escolhi lá nascer
Mas teria escolhido, sei lá!
Ser Mineiro é um jeito de ser.
Um jeito de amar
De querer,
De se dar.


"Oh! Minas Gerais!
Quem te conhece, não esquece, jamais!"

Ser Mineiro é ter um gosto de terra na alma

É ter ferrugem de chão
Nas mãos e no coração!
É andar ao lado, quieto
Querendo dar a mão.


E as mocinhas, de jeito faceiro,
Gosto de fruta madura
E de doce caseiro.


Eu sou Cidadão do Mundo!
Mas, no fundo,
Meu coração é só Mineiro.


Euleir Eller
Mineiro-maio-2012



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CÓDIGO MORAL DO CAVALHEIRO DA CRUZ DO CAMINHO

Do Blog Exílio do Jaguar:
http://exiliodojaguar.blogspot.com.br/2010/03/codigo-moral-do-cavaleiro-da-cruz-do.html

"

CÓDIGO MORAL DO CAVALEIRO DA CRUZ DO CAMINHO




Ama o bem. Ignora o mal

Sê bondade, justiça e compaixão.

Sê paciente, calmo e comedido.

Não te entregues jamais à cólera ou ao orgulho.

Sê puro, sensível e doce.

Sê confiante, satisfeito e aberto aos outros.

Sê moderado em todas as coisas.

Evita os excessos.

Sê humilde, amável, modesto, generoso e respeitoso para com os outros.

Sê verdadeiro em palavras e em atos.

Diz a verdade.

Não mintas nem difames jamais.

Sê prestativo e benévolo em relação a tudo que existe.

Ama e protege a vida.

Propaga a paz e a harmonia.

Não manifestes agressividade em nenhum plano.


by Kazagrande"


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sábado, 5 de maio de 2012

Minha História - 7 a 12 anos

Nos idos de 1950 quase não havia linhas de ônibus, exceção, talvez, para o eixo Rio-São Paulo. O trem "Maria Fumaça" era a nossa condução, lá nas Minas Gerais. Qualquer viagem de 200 km tomava um dia. Essa já era a minha segunda viagem do trem e o nosso destino: Juiz de Fora.

Chegamos à noite e até imagino o desconforto de minha mãe para lidar com três crianças dormindo. Chegamos ao Educandário, escola-internato, local para onde eram mandados órfãos sem assistëncia familiar. A Instituição era mantida pela Fundação Eunice Weaver com a colaboração da sociedade de Juiz de Fora. Destaco as pessoas de Da. Odete Ciampi e de seu pai, Sr. Ciampi, que me levaram à pia batismal da Igreja Católica que ali atuava. Deus os abençoe, onde estiverem, e, também, a todos que, ainda hoje, levantam as suas mãos para proteger e acarinhar os menos favorecidos.

Fui acordado e levado por pessoas estranhas para um banho. Diante dos apelos para estar com minha mãe, informavam que ela logo voltaria e ficaria ao meu lado. Meninos e meninas dormiam em dormitõrios separados, assim, nem o conforto da mão amiga das minhas irmãs, que deviam estar passando pelas mesmas decepções.

Sobre a minha mãe voltar pela manhã, era mentira., só voltaria a ver a minha mãezinha cerca de dois anos depois e, ainda, por apenas uns poucos minutos. O meu pai só voltei a vê-lo cinco anos mais tarde, ao deixar o colégio interno, quando já nem me lembrava da sua fisionomia.

Quando acordei naquele lugar estranho, cercado poe pessoas desconhecidas, quase todos indiferentes à minha presença ali, eu pensei que ia morrer de tanta tristeza e de tanto chorar.

Durante os primeiros dias, quando ainda podia estar com minhas irmãs, durante o dia, saíamos para os lugares mais distantes para estarmos a sós e chorarmos o quanto nos desse vontade. Ninguém se importava.

Se a terra se abrisse e eu caísse dentro não teria sido maior a minha tristeza! Imagino o que sofreu Eulina, irmã mais velha, na época com 10 anos, tendo que tentar acalmar os irmãos menores, sendo ela, também uma criança, que nem sabia que estava sendo deixada, quase abandonada, em lugar tão distante de casa. Havíamos viajado um dia inteiro de trem e chegamos à noite ao destino - o Educandário Carlos Chagas, em Juiz de Fora.

Não houve momentos de despedida, apenas uma entrega formal de crianças adormecidas. Nem posso imaginar a dor de uma mãe que entrega todos os filhos, sem direito de visitá-los normalmente.

A primeira semana ali foi de puro choro e sofrimento. Até hoje, ao relembrar, me dói o coração. Parecia que o mundo tinha se acabado para nós. Para piorar, agora ia ser separado das minhas irmãs, também durante o dia.

Como dizem não há bem que sempre dure e nem mal que nunca se acabe.

A tristeza passou ou, pelo menos, foi recolhida para o fundo do coração. As aulas, as brincadeiras e a disciplina imposta logo criaram um novo roteiro para as nossas vidinhas.

De repente,  uma nova normalidade. Todos brincavam e ninguém se referia aos pais ou parentes. Até, porque, muitos chegaram ali bebês e pouco ou nada sabiam de suas origens.

Vida que segue.  O colégio era tipo colégio agrícola, com muita área rural, onde nós até aprendíamos a lidar com tarefas de agricultura e pecuária.

Lá pelo interior menino se espalha e só inventa artes. E nós tínhamos muito espaço naquele colégio, com morros para subir e descer e, até a possibilidade de se esconder debaixo de um pé de frutas, carregadinho. Apenas o perigo era o limite para as nossas travessuras. Limite nem sempre respeitado e com as consequências esperadas: pé torcido, braços ralados, cabeças “quebradas” e unhas arrancadas aos tropeções. No final, todos sobreviviam, depois de algumas paradas, forçadas, na enfermaria.

Minha primeira e única professora do curso primário, chamava-se Therezinha Marcos Perez. Faço questão de mencionar todo o seu nome como uma maneira de agradecer o seu carinho, recheado de beliscões ou reguadas, sempre que não sabíamos as respostas certas para as questões de matemática, geografia, historia e português. Esse procedimento era normal naqueles tempos:  Muito obrigado, Da. Therezinha, por todo o conteúdo colocado dentro da minha cabecinha, aliás, uma cabecinha que só desejava que a aula acabasse para jogar futebol com a molecada. Obrigado, também, pelo gosto pela leitura, hábito adquirido naquelas aulas de toda sexta-feira, as melhores para mim.

Aprontávamos o quanto podíamos e apanhávamos o quanto merecíamos. Talvez um pouco menos do que merecíamos, já que algumas “artes” nunca foram descobertas.

Eu fico pensando em quantas histórias haveria para contar vividas em apenas cinco anos de internato. Histórias tristes, histórias alegres e, entre elas, muita coisa interessante da vida de menino. Algumas, até já contei nesse blog, como: O Corredor Polonês e O dia em que Recebi a Extrema-Unção.

O batismo, a primeira comunhão e a crisma eram sacramentos obrigatórios para todas as crianças, dentro dos padrões da fé católica ali adotada. A confissão era a parte mais difícil. Ali, éramos todos católicos e sujeitos a rezar os terços e as novenas previstas pela igreja. O medo do inferno, além de grande, era sempre reavivado pelos adultos dirigentes, até como forma de conter o ímpeto da molecada.

Recebíamos o necessário para a sobrevivência. Só me lembro de que sofria de fome crônica, onde houvesse algo para comer, sujo ou limpo, eu comia.

Feita a contabilidade de prós e contras e, descontado os dias iniciais da nossa estada ali, posso afirmar que foram cinco anos felizes da minha vida. É preciso dizer que, nesse período, eu nem lembrava mais  de como era viver com parentes, em família.

Aos meus doze anos, a família acabou reunida novamente, agora no Rio de Janeiro, quando conheci, de novo, o meu pai.

Foi difícil retomar o regime austero de uma família crente evangélica, onde não se podia quase nada, quer por morar em uma favela horizontal, quer pelas proibições religiosas e, somando-se a isso, havia a dificuldade econômica, muito braba.

Só não entendia o porque do ditado mineiro que a minha mãe sempre repetia... Filho Criado, Trabalho Dobrado...

Se me animar, depois falo mais dessa saga de viver...



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sexta-feira, 4 de maio de 2012

Minha História - 0 a 7 anos.

Todos tivemos infância e, de uma forma ou de outra, todos brincamos e fizemos "artes" em nosso período infantil. Hoje vou falar da minha infância, vivida nos campos e vales, entre as serras majestosas de Minas Gerais.

Escrevo para mim mesmo, no interesse de reviver aqueles tempos em que a vida corria despreocupada, qual um rio que vai contornando os obstáculos e, calmamente, segue em frente, para o seu objetivo, o oceano.

Na pior das hipóteses, caso ninguém se ocupe em ler, vou escrevendo, fazendo o que gosto, gastando o tempo de velhice que a  a vida me concede.

Então posso dizer: "Sou minerín, uai! Com muito orgúio, Sô!"

Em pleno período da guerra, 1940, nasci em casa, numa "casa de taipa" - habitação rural construída com parede de barro batido, aplicado sobre uma espécie de gradeamento feito com lascas de madeira, varas ou taquara (bambu). Esse tipo de construção é também designado como:  ESTUQUE, TABIQUE ou PAU-A-PIQUE.

Claro que nasci pelas mãos de uma parteira. Todos nasciam assim naqueles rincões mineiros onde um prático de farmácia e algum tratador-benzedor eram as autoridades médicas disponíveis.


O meu choro de recém nascido pode ter sido de alegria, de espanto, de fome, de dor pelo oxigênio queimando os pulmões ou, somente, pela boa palmada aplicada no meu bumbum. Seja como for, foi só a primeira das muitas palmadas que ainda me aguardavam.



Naqueles tempos, moleque travesso não tinha “refresco”, era palmada por todo lado e quase todas muito bem merecidas. Amo a todos aqueles que me deram aquelas palmadas. Eu sei que eram palmadas temperadas com amor, com aquele “toma tento minino! Você tem que crescer um homem de bem!”

Na falta do leite materno que secou rápido, talvez pela parca nutrição materna, sobrevivi pela bondade de uma vizinha de roça que, a cada dia, levava para minha mãe o pouco leite da cabra que possuía.

A família poderia ter sido de sete pessoas, mas duas meninas, minhas irmãs, não resistiram às precárias circunstâncias e à falta de recursos de saúde.  Na minha infância, quando as pessoas falavam de seus filhos logo mencionavam que dois ou três “não haviam vingado”.


Eu vinguei. Vingaram também duas irmãs: a Edir, que vive na bela Cidade de Juiz de Fora e a Eulina, que já nos precedeu nas “moradas” celestes.


Naquele fim de mundo, rural, de princípios do século passado, cabia bem a expressão de Euclides da Cunha em Os Sertões: “O Sertanejo é, antes de tudo, um forte”. Permanecer vivo já era uma vitória sobre tantos fatores adversos.

Correndo atrás de bola e passarinhos, o tempo passou e eu nem sabia daquelas condições difíceis de vida que só os adultos enfrentavam.

Só percebia que havia muita alegria naquele viver simples e cotidiano. A alegria do trabalho, a alegria da colheita, a alegria da casa nova, de barro ou de tábuas, cheia de frestas, sem esquecer a maior das alegrias: A de crianças crescendo - filhos preciosos para a vivência do amor e para suprir a necessidade de novos braços para a lida das lavouras. Os adultos exibiam seus filhos dizendo: Esse vai ser bom de enxada, esse vai gostar de roçar, esse vai cuidar bem do gado. Quando muito se admitia que um ia ser um bom violeiro ou sanfoneiro.


Mas do que obrigação, era lazer ir à igreja aos domingos e nos dias santificados. Equivalia a uma festa: A melhor roupa, bem passada. O melhor sapato, ou melhor, o único par de sapatos, limpo e bem engraxado. Os homens não se envergonhavam do terno puído ou da roupa remendada mas as mulheres se esmeravam nas saias estampadas, godê, que em casa elas mesas produziam.


O futebol era a paixão dos homens. Se o adversário era de fora, o campo logo se ornava com as muitas cores trazidas pelas moças, em vestidos de festa, ansiosas para ver o desempenho dos atletas - maridos, noivos ou pretendentes - ou mesmo, para fazer vista aos jovens adversários, possíveis pretendentes.


Ninguém se importava com o fato de que o campo de jogo era frequentado, também, pelos animais que ali deixavam os seus dejetos. Era bom driblar o adversário e os montículos para evitar o constrangimento de sair carimbado.

O meu pai, o alemão, era um dos principais na hora de formar o time. Era bom de bola e, como ele, havia outros mais.


A vida seguia tranquila, até onde a pobreza e a saúde não chegavam a atrapalhar.

Aos sete anos ganhei meu primeiro sapato que nem sapato era. Ganhei uma chuteira - um estímulo ao grande craque de bola em que eu deveria me tornar - quis o destino que eu nem ficasse com a chuteira e nem, muito menos, me tornasse o sonhado craque dos sonhos do meu pai.

Foi, nessa época, que a doença separou nossa família. Sem condições de subsistência, eu e minhas duas irmãs fomos entregues ao Educandário Carlos Chagas, em Juiz de Fora, onde deveríamos permanecer, como previsto, até à maioridade. Também essa previsão não se confirmou. Permanecemos ali por, apenas, 5 anos. Depois disso a família se reuniu novamente, agora no Rio de Janeiro.

Depois eu conto como foi viver de 7 a 12 anos nesse colégio interno.






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quinta-feira, 3 de maio de 2012

PARABÉNS !


PARABÉNS PRA VOCÊ QUE JÁ É ESPÍRITA ! 

Tomou consciência de que é um "ser espiritual".

Arde em seu coração o desejo de crescer espiritualmente.

Tem sede de Deus e anseia pelo conhecimento.

Sabe que foi criado por Deus para um sublime destino de felicidade.

Sabe que o despertar da fé é indício consciente da evolução.

Sabe de onde veio e para onde vai, sem medo da morte.

Aceitou que a finalidade da vida é a o aprendizado.

Compreendeu que o  sofrimento é aprender pelo modo mais difícil.

Sabe que DEUS NÃO CASTIGA, mas que cada um collhe o que semeou.

Olha o próximo como irmão e colaborador do seu aprendizado.

Conhece os seus pontos fracos e não procura justifica-los e sim superá-los.

Hoje você é melhor do que foi ontem e, amanhã, será melhor do que é hoje.

Tem certeza de que Deus lhe designou um anjo da guarda.

Aprendeu a perdoar e a perdoar-se.

Sabe que todas as religiões são caminhos para Deus.

Agradece a Jesus pela FÉ RACIONAL já conquistada.

Levantou os olhos para além das estrelas... por ali passa o caminho da evolução.


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quarta-feira, 2 de maio de 2012

AS REGRAS PARA SER HUMANO


Mááh Keller - publicou na Rede social Fb, sob indicação de autor desconhecido:




As regras para ser Humano!

1 - Você receberá um corpo.

Você pode gostar dele ou odiá-lo, mas ele será seu enquanto durar seu tempo por aqui. 

2 - Você fará um aprendizado.

Você está inscrito por tempo integral numa escola informal chamada Vida. A cada dia nesta escola você terá a oportunidade de aprender lições. Você pode gostar das lições ou achá-las estúpidas ou irrelevantes.

3 - Não existem erros, apenas lições.

Crescer é um processo de tentativa e erro: experimentação. 
Os experimentos “fracassados” são parte do processo, tanto quanto o experimento que efetivamente “funciona”.

4 - Uma lição será repetida até que seja aprendida.

Uma lição lhe será apresentada de formas variadas, até que você a tenha aprendido. Quando tiver aprendido, você poderá passar à lição seguinte.

5 - O aprendizado nunca termina.

Não há parte da vida que não contenha suas lições. Enquanto você estiver vivo, haverá lições a serem aprendidas.

6 - “Lá” não é melhor do que “aqui”.

Quando o seu “lá” tiver se tornado um “aqui”, você simplesmente obterá outro “lá”, que novamente parecerá melhor do que “aqui”.

7 - Os outros são meramente seus espelhos.

Você não pode amar ou odiar algo em outra pessoa, a menos que isso reflita algo que ama ou odeia em si mesmo.

8 - O que você faz de sua vida é escolha sua.

Você possui todas as ferramentas e recursos de que precisa. O que fará com tudo dependa de você. A escolha é sua.

9 - Suas respostas estão dentro de você.

As respostas às questões da Vida estão dentro de você. Tudo o que você precisa fazer é ver, ouvir e confiar.

10 - Você se esquecerá de tudo isto.

11 - Você poderá se lembrar quando quiser.


 Autor Desconhecido."



NOTA - Recebi esse mesmo texto - via e-mail - e lá a autoria está indicada como: "Do livro If Life Is a Game These are the Rules - Cherrie Carter-Scott."





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