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Eusébio, Ceará, Brazil
Nasci no ano de 1940 e sou um velho espírita que vive no Brasil.

sábado, 28 de março de 2015

A Criação do Mundo e do Homem - LENDAS DOS ÍNDIOS DA GUATEMALA

Li o livro POPOL-VUH, emprestado pela Professora de Espanhol Maris, da UECE, que relata lendas da cultura indígena da Guatemala.  Essas lendas teriam traduzidas por um padre Espanhol, impedindo que se perdessem pela tradição oral e pela dizimação dos índios.

A parte da Criação do Homem foi a parte do livro que mais gostei. Relata como tendo ocorrido em três tempos. As duas primeiras tentativas não ficaram adequadas e somente a terceira, que reflete a atual existência humana é a que deu certo. Nas duas primeiras criações os homens existiram mas, por diversos motivos, não se sustentaram.  Tudo muito interessante.

O texto abaixo que encontrei na Internet - é de um trabalho escolar sobre Literatura Hispano-americana - de estudantes do Colégio GIBBS, Ele traça um paralelo entre aquelas lendas guatemaltecas e o relato bíblico.  Pena que a parte da criação do homem está omitida. Muito interessante:



"COMPARAÇÃO ENTRE A BÍBLIA E O POPOL VUH
  • A CRIAÇÃO: Na Bíblia como no Popol Vuh se descreve a criação do homem e todo o que o rodeia, do nada. Deus (Bíblia) e os deuses do Popol Vuh separaram as águas da terra, criaram os animais, a vegetação e por último ao homem.
Bíblia, capítulo 1:2: “E a terra estava ordenada e vazia e as trevas estavam sobre a az do abismo e o espírito movia-se sobre a az das águas”
Popol Vuh, capítulo 1: somente tinha imobilidade e silêncio na escuridão da noite. Só o criador, o formador e Tepeú, os progenitores estavam na água rodeadas de clareza.
Bíblia, capítulo 1:11: “ E disse Deus: produza a terra erva verde, erva e semente: Árvore que dê fruto, que dê fruto segundo seu gênero, sua semente, esteja sobre a terra e assim foi”.
Popol Vuh, capítulo 1: “Então dispuseram a criação e crescimento das árvores e osbejucos e o nascimento da vida e a criação do homem”.
  • SANTÍSSIMA TRINIDAD: bem como na Bíblia encontramos ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. No Popol Vuh encontramos ao coração do céu formado por: Calculhá-Furacão,Chipe-Calculha e Roxa-Calculhá.
  • ÊXODO E O PASSO DO MAR: vemos como, quando os primeiro homens e suas tribos saíram de Tulán à “terra prometida”pelos deuses -bem como na Bíblia- passaram pelas águas e estas se abriram pára que passasse; não está bem claro, no entanto passar pelo mar foi como se não tivesse mar, passaram até o outro lado passaram sobre pedras. Por esta razão foram chamadas pedras de fileiras, @arena arrancada, nomes que elas lhes deram quando passaram entre o mar se tendo dividido as águas quando passaram.
  • A EXISTÊNCIA DO INFERNO: bem como na Bíblia existe o inferno, no Popol Vuhencontramos a Xibalbá, o local onde moram os inimigos do homem, quem tentam o mau dos seres humanos.
Bíblia, capítulo 3: 14: “ E Deus disse à serpente: porquanto isto insiste maldita será entre todas as bestas e entre todos os animais do campo; sobre teu peito andará e pó comerá todos os dias de tua vida”.
Popol Vuh, capítulo 2: “ Ainda há quem que te adorem faremos outros seres que sejam obedientes. Vocês aceitem nosso destino: vossas carnes serão trituradas, assim será”.
  • DILUVIOquando Deus disse que a humanidade ia por maus caminhos mandou um diluvio do céu, choveu por 40 dias e 40 noites e toda a maldade desapareceu da terra. Assim mesmo os deuses quichés mandaram umdiluvio já que os bonecos de pau não respondiam como eles queriam.
Bíblia, capítulo 6:17: “ E eu, tenho aqui que eu traga um diluvio de água sobre a terra para destruir toda carne em que tenha espírito de vida abaixo do céu”.
Popol Vuh, capítulo 4: “ E foi então quando ocorreu o diluvio por causa dos bonecos de pau”.
MITOS E LENDAS DO POPOL VUH
Os grandes mitos e lendas referem-se sempre às gêneses cosmogónicos mediante os quais se explica a existência e se encontra uma ordem e um sentido na instabilidade do devir. A cosmogonía é sempre atual, ao igual que o tempo, e se regenera continuamente; na eternidade do presente, o passado e o futuro são abolidos. A cidade celeste e os antepassados são aqui e agora, e o homem um laço permanente entre duas realidades, ou mundos. Pela reiteração ritual do mito ancestral e por médio dos símbolos que o revelam pode ser efetuado o bilhete do conhecido ao desconhecido. Esse é o propósito de todo ensino e a razão dos segredos do ofício. O cacique ou rei precolombino é um xamã na medida que une céu e terra, e por esse motivo é o chefe, não por sua vontade ou a do grupo. A sociedade inteira é partícipe destes símbolos, mitos, ritos e ensinos cosmogónicas, as que a cada qual absorverá a sua maneira e grau. No entanto a profissão de xamã está aberta a todos e muitos recebem o espírito e praticam seu 'sacerdócio' de diferentes maneiras. A ninguém se lhe ocorreria enganar em coisas desta natureza das que não se duvida em uma sociedade arcaica, o que por outra parte seria imediatamente advertido pela própria dinâmica do médio social. 
Os mitos decorrem em um tempo outro, em um 'não-tempo' e 'uma realidade aparte', que os símbolos representam e os ritos re-atualizam permanentemente. As origens fazem-se contemporâneos e a situação primordial é encarnada, pelo que a vida se re-gera. Sem dúvida há níveis de entendimento e participação (ou leituras hierarquizadas da realidade, ou graus de consciência do cosmos e o ser) daquilo que os mitos expressam. Mas esses níveis não se excluem senão se complementam. Assim uma coisa ou fato simbólico ou mítico pode ser igualmente histórico e se localizar geograficamente. É mais, segundo o que dissemos, um fato celeste se corresponde com outro terrestre, e esta reciprocidade é uma das caraterísticas próprias do universo e o homem, pelo que as diferentes leituras da realidade, ou o conhecimento dos diferentes planos em que esta se manifesta, não se recusam os uns aos outros, senão mais bem se conjugam no concerto cósmico, suscetível de ser vivenciado de modo multidimensional. Um dos exemplos mais belos dos mitos pre-colombianos que chegaram até nós se encontra no Popol Vuh, livro sagrado dos mayas-quichés, o que contém um conjunto de lendas cosmogônicas transmitidas por tradição oral representadas, recitadas e dançadas pela comunidade (cerimônias que ainda hoje se realizam fragmentariamente), as que parecem ser comuns a todos os povos mesoamericanos, com relacionamentos estudados igualmente na América do Sul, o que não é por verdadeiro de se estranhar (o mesmo que seu similitude com outros livros sagrados análogos de outros continentes), quando se pensa que descrevem uma gênese e uma cosmogonia arquetípica, e que se correspondem perfeitamente com os ritos dos processos iniciais (que promovem um homem novo e verdadeiro; a criação de um ser) o qual atualiza permanentemente a história mítica regenerando assim ao ser arquetípico, já seja este individual ou universal. 
Colégio GIBBS
Literatura Hispano-americana
5o. Ensino médio
15 / 02 / 2007"
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Apenas, para clareza, com relação ao fato de que este Blog é de pensamento Espírita, informo que o Espiritismo aceita a estória da Criação do mundo e de Adão e Eva, apenas como uma lenda da cristandade.

Obs.: Desconheço o termo "osbejucos ou os bejucos".


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terça-feira, 24 de março de 2015

QUEBRA-CABEÇA

Eu sou a resultante do que aprendi e do progresso que realizei.

Não preciso ir longe para descobrir as origens da decadência, trago-as comigo. Da mesma forma, o bem que eu possa hoje representar.

Sou uma soma de fatores que construí e que leguei a mim mesmo. Sou o começo o meio e o fim de mim mesmo, uma equação que Deus me entregou para colocar os elementos e que chegará, sempre, ao resultado que já está delineado.  Não há incógnitas e nem outros resultados possíveis.

A vida seria como um quebra-cabeças em que cada ser humano elabora as peças da montagem, para compor um resultado que já está delineado.

A porção de vida e luz que se perdia na natureza e nos elementos, adquiriu a percepção da individualidade, mediante o elaborar da inteligência, das escolhas, dos sentimentos e das reações. Em algum momento a inteligência superou o instinto e a porção de luz compreendeu sua individualidade e, como ser, responsável, habitou o corpo humano como Espírito e empreendeu a nova etapa do entendimento, numa jornada para Deus.

Portanto, só há um destino final. O destino da alma é abrigar-se em DEUS. Ela percorre o caminho do entendimento e da purificação.

Nesse caminhar não há tempo perdido ou reprovações ou punições. Tudo é aprendizado e cada ação e sentimento trará à realidade uma reação, ou seja, a alma colhe o fruto do que plantar, mas sempre terá aprendido algo, terá avançado mais um trecho da sua caminhada.

É preciso não viver com CULPA. Se você faz uma experiência, não há culpa nem erro. Se o resultado não foi bom, terá gerado fruto de igual qualidade que será a colheita da própria ação. O máximo a considerar é que há meios e formas mais adequados para se efetivar a caminhada.

Deus não pune ninguém, antes, perdoa e aguarda.

A eternidade não se mede pelo tempo. Ela apenas é.

"Mil anos é como um dia".

Sem pressa, chegaremos todos à felicidade eterna que é o destino preparado para a Alma.


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