Transitava um senhor que a fidalguia
Nobre senhor lhe faz, era William, um nobre
Um desses nobres que abraça o rico, como abraça o pobre,
À margem do caminho, de repente,
Como um leão feroz, surgiu-lhe à frente
Um audaz salteador
Que de arma em punho aponta-lhe e murmura:
"A minha necessidade é quem o procura
Uma esmola senhor!"
Diante da voz imperativa e forte
Do audaz salteador e, diante da morte,
William tremeu e foi tão grande a sua covardia
Que a bolsa com dinheiro que trazia
Tudo, tudo, lhe deu.
O salteador a bolsa recebeu
Onde dezenas de cédulas contou
E, de todo o dinheiro, dez reais tirou.
Em seguida, a bolsa devolveu ao cavalheiro
E disse: Esse é o bastante
Para matar-me a fome excruciante e a de meus filhinhos,
E se houvesse uma alma na cidade
Que me matasse essa necessidade
Eu não vinha roubar pelos caminhos!
Houve uma pausa:
Onde moras, senhor?
Ele aponta e diz: Ali, naquela aldeia.
Tens família?
Seis filhos pequeninos, senhor, faça ideia...
William seguiu e, no outro dia, foi visitá-lo.
E quando saía, não por não se lembrar, grande que era
Deixou ficar, à porta da tapera, a bolsa com dinheiro...
(autor desconhecido)
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