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Eusébio, Ceará, Brazil
Nasci no ano de 1940 e sou um velho espírita que vive no Brasil.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

POR QUE OS ESPÍRITAS NÃO TEMEM A MORTE

"A Doutrina Espírita muda inteiramente a maneira de se encarar o futuro. A vida futura  não é mais uma hipótese, mas uma realidade; o estado das almas depois da morte não é mais um sistema, mas um resultado da observação. O véu foi levantado; o mundo espiritual nos aparece em toda a sua realidade prática; não são homens que o descobrem pelo esforço de uma concepção engenhosa, mas são os próprios habitantes desse mundo que nos vêm descrever a sua situação; nós os vemos aí em todos os degraus da escala espiritual, em todas as fase de felicidade e de infelicidade; assistimos a todas as peripécias da vida de além-túmulo. Aí está, para os espíritas, a causa da calma com a qual encaram a morte, da serenidade dos seus últimos instantes na Terra. O que os sustenta não é somente a esperança, é a certeza; sabem que a vida futura não é senão a continuação da vida presente em melhores condições, e a esperam com a mesma confiança que esperam o nascer do Sol depois de uma noite de tempestade. Os motivos diversos dessa confiança estão nos fatos dos quais são testemunhas, e ao acordo desses fatos com a lógica, a justiça e a bondade de Deus, e as aspirações íntimas do homem.

Para os Espíritas a alma não é mais uma abstração; tem um corpo etéreo que faz dela um ser definido, que o pensamento abarca e concebe; já é muito para fixar as ideias sobre a sua individualidade, suas aptidões e suas percepções. A lembrança daqueles que nos são caros repousa sobre alguma coisa de real. Não são representados mais como chamas fugidas que não lembram nada ao pensamento, mas sob uma forma concreta que no-los mostram melhores como seres vivos. Depois, em lugar de estarem perdidos nas profundezas do espaço, eles estão ao nosso redor; o mundo corporal e o mundo espiritual estão em perpétuas relações, e se assistem mutuamente. A dúvida sobre o futuro não sendo mais permitida, o temor da morte não tem mais razão de ser; encara-se a sua chegada a sangue frio, como uma libertação, como a porta da vida e não como a porta do nada."

(O Céu e o Inferno, cap. II Temor da Morte, item 10. Allan Kardec, Ide Editora)

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