"E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto." Gen.1:31.
"Então arrependeu-se o SENHOR de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração.
E disse o SENHOR: Destruirei o homem que criei de sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito." Gen.6:6-7. (www.bibliaonline.com.br)
As Leis de Deus são eternas e imutáveis. Não é possível admitir que Deus fez algo e, depois, concluiu que era bom ou ruim, ou ainda, que arrependeu-se de o haver feito. Uma tal assertiva equivaleria a dizer que Deus está sujeito a cometer erros e falhas de julgamento. Se assim fosse, poderia o Criador arrepender-se, ainda hoje, de haver criado o Universo que conhecemos ou partes dele: uma galáxia ou alguns milhares de sóis e seus planetas, sob a ótica de haver concluído, agora, que fizera algo que não é bom.
Nesse caso tudo seria incerteza, nada mais do que uma experiência que pode ser boa ou ruim em seus resultados. Todo o conhecimento e certezas passariam à condição de meras possibilidades. Não é possível associar Deus a um grande jogo de certo ou errado, pois seria colocá-lo na condição de falibilidade a que estão sujeitos os homens (espíritos em evolução).
Melhor está a fé espírita, onde a felicidade é o destino final de todas as almas, ainda que possa haver sofrimentos pelo caminho, na trilha da evolução individual de cada Espírito.
.-.-.-.-.-.-.-.
Excelente observação! E digo mais, o ser humano tem uma necessidade instintiva de aproximar Deus da atitude humana, da condição do erro.
ResponderExcluirMuitas vezes o que mais vemos é a apropriação da concepção do Ser Supremo para justificar preceitos, conceitos e preconceitos puramente humanos.
Fé racional e indagadora não é fé subversiva.
Deus não criaria no propósito de "descriar", gerar sofrimento ou dor puramente para experimentar sua criação ou criatura.
Acredito que cada revelação divina foi ao longo de muitos anos sendo reinterpretada e reescrita com a conveniência característica de cada classe dominante através da história.
Talvez essa seja a grande beleza do espiritismo, possuir a curiosidade infantil e pura de uma criança que busca por seu pai em um imenso campo de experiências vitais.