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Eusébio, Ceará, Brazil
Nasci no ano de 1940 e sou um velho espírita que vive no Brasil.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

JESUS E O ESPIRITISMO

DEUS É ESPÍRITO. JESUS É ESPÍRITO. NÓS SOMOS ESPÍRITOS.

O título acima pode chocar algumas pessoas, principalmente, aos religiosos mais radicais que consideram o Espiritismo como uma crença não cristã. No entanto, esse recurso de chamar a atenção para o tema espírita, tem o objetivo de demonstrar que o Espiritismo não era estranho para Jesus e que a Doutrina Espírita está toda fundamentada nos ensinamentos éticos e morais que nos deixou o Mestre.

Os que conhecem o Espiritismo, sabem que essa Doutrina tem em Deus a sua fonte única de fé e que adota o amor ao próximo, o perdão e a caridade como as suas vertentes máximas, no mesmo conjunto de virtudes que são base dos ensinamentos Cristãos.

Ao dizer que Jesus praticou o Espiritismo, não se pretende atribuir rótulo religioso ao Mestre, até porque Jesus nasceu no seio da religião Judaíca e a qual praticou durante toda a sua vida, seguindo os ensinamentos de Moisés e dos antigos Profetas Judeus. Quando o Mestre criticou algo da religião, Ele o fez referindo-se aos religiosos, daquele tempo, a quem chamou de "raça de víboras, sepúlcros caiados", etc.etc.

O foco, neste texto, é colocar em evidência as ocorrências em que Jesus teve relacionamento com os Espíritos, como o faz, modernamente, o Espiritismo.

Para maior clareza é preciso dizer que as formas de relação entre os Espíritos -´encarnados e desencarnados - como ocorre em nossos dias, tornaram-se claras a partir da metade do Século XIX, quando a humanidade recebeu as Revelações Espirituais que foram coletadas e sistematizadas por Allan Kardec, vindo a constituir o conteúdo da Doutrina Espírita. É claro que esse conhecimento não estava disseminado nos tempos em que Jesus habitou entre nós. Era um conhecimento restrito a alguns iniciados nos mistérios, mantido em segredo.

Jesus praticou o Espiritismo - como hoje o conhecemos - nas seguintes situações:

- Quando trouxe à Terra os Espíritos de Elias e Moisés e com eles conversou, no Monte Tabor;

- Quando manteve o diálogo com uma entidade do mal no episódio da "A tentação no Deserto";

- Quando repreendeu e exortou "espiritos impuros" causadores de doenças e distúrbios mentais;

- Quando afirmou claramente a Reencarnação: "Necessário vos é nascer de novo";

- Quando demonstrou, categoricamente, a efetividade da Reencarnação, afirmando que o Profeta Elias reencarnou como o Profeta João Batista, contemporâneo do Mestre Jesus e seu primo;

- Quando ensinou aos seus discípulos que aqueles espíritos que não conseguiam expulsar era, uma casta de espíritos mais resistentes no mal: "Essa espécie de Espíritos depende de muita oração e jejum". 

O Espiritismo adota esses mesmos procedimentos praticados pelo Mestre Jesus e procura doutrinar os seres que aqui estão perdidos e causando o mal, com o fim de afastá-los de suas vítimas.

Os Apóstolos, no início do Cristianismo, mantiveram o "relacionamento espírita" que aprenderam com Jesus, fatos que ficam evidentes nos episódios de Pentecostes e nas atuações do Apóstolo Paulo expulsando espíritos e curando enfermidades. Também fica claro no ensinamento de Paulo aos novos cristãos, quando discorre sobre os diversos "dons dos Espíritos". Essa realidade mais pontifica na claríssima exposição do Apóstolo Tiago que relatou que não se deve crer em qualquer espírito, mas antes verificar se eles vêem de Deus, classificando-os em sinceros e não sinceros: "Nem todo espírito vem de Deus".

O Espíritismo não aceita nenhum fundamento que não se encaixe nos ensinamentos de Jesus, no que concerne à ética e á moral. O compromisso espírita é com a lógica e a moral, por isso que não se afasta dos conhecimentos científicos. 

Resta afirmar que o Espiritismo nunca se apresentou ao mundo como uma nova religião ou como uma nova verdade. Ele é, apenas, o conjunto dos "novos ensinamentos" postergados pelo Mestre, para entrega em momento futuro, fato que afirmou, há dois mil anos, quando o Mestre esteve entre nós.

O objetivo do Espiritismo não é fazer adeptos e sim enfatizar a cada espírito, encarnado(homem) ou desencarnado (espírito no espaço etéreo), a necessidade da reforma íntima e a aquisição das virtudes do bem, como forma de obter a elevação espiritual e a felicidade.


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sexta-feira, 9 de outubro de 2015

SEM LEMBRANÇAS E SEM CONDICIONANTES

Temos aceitado o que nos ensina a Doutrina Espírita de que a vida física é uma etapa da vida eterna do Espírito, uma das muitas etapas vividas entre o plano etéreo (espiritual) e os mundos da matéria.

O Homem - espírito encarnado - não tem memória de suas vidas passadas. Tal esquecimento é necessário para que tenha total liberdade de ação. Não se lembrando das vidas anteriores, o homem considera o presente  como sendo sua única vida. É útil que pense assim para que exerça, com plena liberdade, o seu livre arbítrio.

A condições da vida atual resultaram das nossas ações das vidas passadas. Nela foram computados os créditos pelo bem praticado e o mal decorrente de ações equivocadas, do que resultaram as condições materiais e morais do ambiente em que ocorreu a nova encarnação.

Por isso aceitamos que estamos aqui em uma missão de resgate de débitos passados e, ao mesmo tempo, construindo as condições das nossas vidas futuras, as quais resultarão das nossas ações, intenções e pensamentos, na vida atual.

Então, a vida física tem uma origem, uma finalidade e chegou ao momento presente condicionada por fatores que resultaram do nosso próprio livre arbítrio. 

Entretanto, todas essas condicionantes da vida presente não condicionam as nossas decisões perante o presente ou perante o futuro, já que estão temporariamente esquecidas as memórias dos fatos passados.  

Cumprir ou não a missão da vida presente fica à mercê do nosso livre arbítrio.

No entanto, renegar o propósito inicial que ensejou esta encarnação resulta, também, em renunciar a todas as melhorias possíveis que adviriam para o Espírito, na presente ou nas futuras vidas físicas.

Para cumprir a missão da presente vida, precisamos, apenas, viver com plena aceitação das condições recebidas e praticar todo o bem possível.

Nenhuma vida é desperdiçada. Cumprindo ou não a missão preestabelecida, sempre resultará para o Espírito o aprendizado dela resultante.


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