Quase a maioria das pessoas vive bastante afastada do conceito de pessoas religiosas. Quer por descrer das religiões, quer por não se sentir bem com os rigores dos dogmas e orientações. Os rigores religiosos mais fastam do que incentivam os fiéis para o cultivo da própria religião.
Se uma pessoa está num meio religioso mas se sente incapaz de arcar com todas as responsabilidades atribuídas aos fiéis, muitas vezes, ela acaba se afastando daquele convívio, mesmo levando alguma culpa psicológica por essa decisão.
Eu, sendo espírita, afirmo que todas as religiões são boas pelo fato de que incentivam a prática do bem e, ainda, despertam a religiosidade que cada ser traz, inata, no seu íntimo. Olhando pela generalidade, todas as religiões foram criadas (estão sendo criadas) pelos homens, sob a ótica de "religar" o homem com a sua espiritualidade e torná-lo alguém melhor para a sociedade.
Abstraída a questão de escolher uma religião, quero escrever hoje sobre uma religião mínima. Suponhamos que alguém não se sinta bem em nenhuma das religiões existentes. Ao lado do item de não praticar nenhuma religião, o que seria adequado para esse alguém proceder, de forma que obtenha uma boa forma de viver e alcance quase os mesmos resultados de viver sob uma religião?
Vou expor a seguir uma opinião pessoal que está longe de ser uma orientação para a vida de quem quer que seja. Acima de tudo está o livre arbítrio de cada um.
Penso que uma religião mínima, afastada dos parâmetros das religiões existentes, no que respeita a templos e cultos, poderia conter os seguintes propósitos pessoais:
- Tomada de consciência de que cada ser é um espírito espírito dotado de vida eterna e que vem ao plano físico para evoluir;
- Conscientizar-se de que a vida não é uma sucessão de acasos;
- Satisfazer a sua mente com o fato de que a melhor religião é a prática do bem e do amor, aí incluídos o perdão e a solidariedade humana;
- Saber que vivemos num Universo inteligente onde todas as coisas e vidas estão em constante evolução;
- Admitir que há um princípio inteligente que rege o Universo;
- Saber que o nosso pensamento conversa com esse universo em que estamos imersos e cria realidades;
- Saber que nascer, viver e morrer são partes de um mesmo conjunto e não muito diferentes entre si. Quem nasce aqui, morreu em outro lugar e, igualmente, quem morre aqui estará renascendo no mesmo lugar de onde veio;
- Saber que temos a eternidade para nela realizarmos todos os nossos propósitos.
Pronto! Sem gurus, padres, pastores ou líderes e, principalmente, sem pagar valores materiais, os princípios acima já serão uma religião mínima para promover a evolução pessoal e para uma vida sem culpa.
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