Eu não consigo compreender como as pessoas podem focar o fato de serem religiosas no desejo de debater e confrontar crenças e religiões. Parece até que o fato de adotar uma religião pressupõe uma certa necessidade de combater as demais religiões.
Eu sempre digo que a religião boa é aquela que lhe satisfaz, relativamente aos seus anseios de compreender a finalidade da vida terrestre e o destino da alma após a morte física.
Religião é uma questão particular para a vida de cada um. A religião deve significar um relacionamento entre a pessoa e Deus.
Afirmo, também, que toda a religião é boa, na medida em que torna o homem melhor nos seus atos e na sua relação social, além do fato, primordial, de que coloca o homem diante da eternidade da sua vida, criada imortal.
O que estranho é que possam as pessoas se esquecerem da paz e do conforto que lhes dá a sua religião, para alimentarem o conflito religioso, os quais, temos visto, costumam gerar, inclusive, guerras e genocídos.
Também não entendo o fato de quase todos os religiosos pretenderem impor suas religiões às demais pessoas, buscando, inclusive, dominar os poderes seculares dos países em que se manifestam, tudo com o intuito de impor as suas crenças nas Leis e Ordenações dos países.
Eu nunca me propus a discutir a fé de ninguém. Falo de religião, da minha fé, baseada nos princípios da Doutrina Espírita sem, no entanto, pretender que ela seja a única verdadeira à qual todos devam se adequar.
Não discuto religião, principalmente, quando as pessoas nem conhecem o princípio que combatem. Falam por ouvir falar.
Todas as religiões são caminhos para Deus. Acho que as pessoas que quiserem comparar religiões ou combater as que não são suas, devam conhecer os princípios de fé da religião que abordam.
Geralmente, e o que mais acontece, é de uma pessoa querer combater uma religião sem haver lido nada dos princípios daquela crença. Às vezes não dominam, sequer, os fundamentos da sua própria religião, a qual defendem.
Religião é algo que deve alimentar a fé da pessoa que a professa. Por isso, é proveitosa para ele, trazendo-lhe paz para a vida presente e para a vida futura, fora da matéria.
Não é raro conhecer pessoas em que a religião para eles é um tormento, gera neles o medo de morrer e vivem repletos de culpa por não serem santos o suficiente. Amam a Deus a cuja presença gostariam de nunca comparecer.
A religião perfeita é a que lhe tira o medo de morrer e preenche a sua vida de paz e esperança.
Por isso, eu me alegro em SER ESPÍRITA!
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Para os que gostam de comparar: Comparem o Espiritismo com a igreja cristã, em igual período de existência, ou seja, nos primeiros 170 anos de suas existências... Não me parece lógico comparar menos de 200 anos com 2.000 anos e, principalmente, se os comparados se propuseram a objetivos diferentes.
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