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Eusébio, Ceará, Brazil
Nasci no ano de 1940 e sou um velho espírita que vive no Brasil.

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Deus Pode Errar e se arrepender (24-01-2011)

 

24-01-2011

Deus pode Errar? Deus pode se arrepender do que fez?

 

"E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto." Gen.1:31.

"Então arrependeu-se o SENHOR de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração.

E disse o SENHOR: Destruirei o homem que criei de sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito."  Gen.6:6-7. (www.bibliaonline.com.br) 

 

 

As Leis de Deus são eternas e imutáveis. Não é possível admitir que Deus fez algo e, depois, concluiu que era bom ou ruim, ou ainda, que arrependeu-se de o haver feito. Uma tal assertiva equivaleria a dizer que Deus está sujeito a cometer erros e falhas de julgamento. Se assim fosse, poderia o Criador arrepender-se, ainda hoje, de haver criado o Universo que conhecemos ou partes dele: uma galáxia ou alguns milhares de sóis e seus planetas, sob a ótica de haver concluído, agora, que fizera algo que não é bom.

Nesse caso tudo seria incerteza, nada mais do que uma experiência que pode ser boa ou ruim em seus resultados. Todo o conhecimento e certezas passariam à condição de meras possibilidades. Não é possível associar Deus a um grande jogo de certo ou errado, pois seria colocá-lo na condição de falibilidade a que estão sujeitos os homens (espíritos em evolução).

 

Do ensino religioso que recebi, cedo concluí que somente uns poucos espíritos alcançariam a felicidade no céu... e que, quase toda a humanidade, estaria fadada ao sofrimento eterno após a morte. Mesmo criança, nunca pude admitir que Deus – o princípio de toda a sabedoria, justiça e amor – houvesse por bem criar Espíritos que já sabia estarem destinados ao sofrimento eterno. Sempre me pareceu mais lógico não criá-los.

 

 

Melhor está a fé espírita, onde a felicidade é o destino final de todas as almas, ainda que possa haver sofrimentos pelo caminho, na trilha da evolução individual de cada Espírito.

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

80 Anos de Idade... e avante...

Malgrado as tremendas restrições sociais impostas como forma de combate à pandemia do Corona Vírus "covid-19", cheguei aos oitenta anos no dia 18 de agosto de 2020. Impunha não realizar qualquer evento social para comemorar aquela data. Por meu lado, veio a calhar a restrição à aglomerações festivas, pois sempre fui avesso a me tornar o "centro de atenções" e  objeto de "paparicações".

Mesmo assim, não havia como não realizar uma pequena comemoração, em família, mantendo os cuidados de pouco contato e muita assepsia. Haja álcool 70 graus e fartura de banhos.

Do Rio de janeiro vieram para Fortaleza a minhas filhas Paula Maria e Thereza Helena, os netos Luíza Helena e Leonardo, além de uma amiga de família, a Maria Helena, que conosco convive há 20 anos. Juntando os familiares daqui chegamos a um grupo de 15 pessoas, aí contados uma bisneta de 4 anos e o neto mais novo de 2 anos, além da amiga Lorena e sua filha Júlia, ambas já consideradas como pessoas da família, tal o nível de amor que nos une.

A forma mais adequada para realizar uma pequena comemoração foi alugar uma grande casa de praia, em local adequadamente isolado, de forma a não criar maior aglomeração.  E foi assim que comemoramos os meus 80 anos de vida, com saúde,  muito bolo, doces, churrasco e feijoada., tudo no ritmo de muita alegria, brincadeiras e muito riso. Foi um reencontro familiar inesquecível. A praia e a piscina foram devidamente aproveitadas também.

Mais uma vez, pude sentir a união de nossa família, o amor, respeito e carinho que sempre nos ligaram, na base do "um por todos, todos por um".

Eu só tenho a agradecer a Deus e a todos que formam o meu grupo familiar, especialmente à minha esposa Mimi, cujo amor estruturou tudo nessa família.

Agora que o futuro se abriu para além dos oitenta anos, patenteando toda essa alegria e carinho reunidos, sinto-me renovado e parto alegre para o restante da minha vida, com gratidão, mas sem formular muitas expectativas quanto aos anos que ainda me possam ser presenteados. 

É momento de agradecer, também, aos que leram as matérias do meu Blog, nesses 8 anos de existência, totalizando 320.000 acessos, pois que estou certo de que escrever e partilhar assuntos nesse "espaço", trouxe alegria e sentimento de ocupar um lugar no mundo, mesmo quando a velhice chega já disposta a nos humilhar no hábito de cultivar o ego.

Com humildade, um abraço a todos que chegarem a ler esse pequeno texto.

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terça-feira, 4 de agosto de 2020

MEDICINA E TECNOLOGIA

 Querendo ou não, todos nós somos partes na questão médica pois a nossa saúde é mesmo o bem mais desejado na vida.

Mediante um olhar leigo, parece-me que as novas tecnologias já assumiram um papel expressivo na rotina do diagnóstico e tratamento das doenças. Quase podemos dizer que o médico já é dependente da tecnologia para exercer sua atividade.  

Outro fator importante que se nota é que a medicina, aos poucos e contra a vontade arcaica, já começa a admitir a integralidade do ser humano, para incluir na existencia e sobrevivência fatores não físicos que precisam estar harmônicos. É um grande avanço porque a medicina sempre tratou apenas o corpo e os sintomas dectáveis das irregularidades na saúde do indivíduo. Com essa nova visão, cresce em importância as causas da doença e não apenas os seus sintomas.

Também, marcadores de células e fatores de luminescência já estão sendo utilizados para visualização das áreas e tecidos internos do organismo. As cirurgias já são feitas com invasão mínima e maior conforto para o paciente.

Nestes meus 80 anos de vida, pude viver um inpensável avanço da medicina, sob a ótica do usuário-paciente. Venho do tempo dos chás caseiros e primeiros xaropes formulados na própria farmácia. Posso dizer que sou  contemporâneo do surgimento dos antibióticos, da anestesia - posterior ao clorofórmio - bem anterior  às tecnologia das imagens internas do corpo.

De quando era criança, eu me lembro que todas as cirurgias representavam risco iminente para a vida. Ser operado era quase uma aposta na vida. Eu mesmo vivenciei a anestesia do clorofórmio em duas operações, ambas sem o recurso das imagens radiográficas ou exames laboratoriais, nos anos de 1950. Naquela oportunidade fiquei internado 50 dias e cheguei mesmo a receber a extrema-unção ministrada pelo padre capelão do hospital. 

Hoje, somos o futuro em relação a 1950. Já usufruímos de recursos maravilhosos sequer sonhados naquele longínquo passado. 

E agora, como pensar o futuro em mais 50 anos? Será possível erradicar a maioria das doenças? Evoluirá para proporcionar saúde plena a todos os cidadãos da Terra?

A medicina é um dos mais expressivos segmentos econômicos do planeta. Os investimentos  se contam por bilhões de dólares e os lucros, igualmente. Trilhões de dólares se movimentam e entram nesse jogo: Universidades, novas tecnologias, Laboratórios, pesquisas, vacinas e remédios "inteligentes", num carrossel de grandes interesses para os gigantescos conglomerados econômicos, que regem os destinos da saúde, na Terra. 

Entretanto, até aqui, temos visto que nem mesmo a maciça inversão de recursos e os  novos conhecimentos e tecnologias não ofereceram melhores condições de vida para todos os habitantes do planeta. Por quê?

Porque a monetização da saúde, a tornou um item econômico um novo bem só acessível, plenamente, pelas pessoas com maior poder aquisitivo. Cirurgias e tratamentos são caríssimos e não estão disponíveis para todos. A população mais pobre, escassamente, usufrui dos grandes avanços e ótimos recursos da medicina.

Os pobres só recebem atenção de qualidade quando da saúde deles depende, também, a saúde das classes mais privilegiadas. Exemplo disso está na ocorrência de endemias e/ou pandemias, com a incidência de virus desconhecido, como ocorre com o atual corona vírus-covid-19. Nesses casos, acende-se o alerta vermelho para a saúde de todos. De repente, aparecem recursos nunca antes disponíveis e, inclusive, muita pressa para curar pobres e ricos. Fora disso, sempre estão escassos os recursos para a saúde geral da população.

Mas a pergunta é: Como será a medicina do futuro? 

Não há como prever essa evolução que caminha a passos largos, sempre com a visão do grande lucro que pode oferecer aos senhores capitalistas. No entanto, a lógica nos permite especular que a tecnologia digital continuará abrindo caminho, substituindo antigas práticas por outras modernas e mais eficientes, principalmente nas modalidades de diagnósticos das enfermidades e das deficiências do corpo. Os tratamentos incluirão novos aliados: a nanotecnologia e os diagnósticos e tratamentos via campo vibracional da pessoa, seus órgãos, tecidos e organismos vivos da biodiversidade presente na biologia humana. Estes serão os novos campos ou novos recursos por onde ocorrerá o desbravamento dos mistérios do corpo humano em sua funcionalidade física e emocional do ser.

Também as vacinas com componentes para insersão no DNA logo estarão em uso e evidência. O debate será que, se por um lado buscarão oferecer sua eficária para toda a vida da pessoa, por outro lado, representarão uma interferência desconhecida no DNA, podendo, também, em tese, modificar o próprio ser humano... o que se assemelha a um tiro no escuro. Além do mais, tal intervenção no DNA humano poderá abrir caminho para outras intervenções que possam ter finalidades de moldar o comportamento da pessoa e restringir o seu livre arbítrio. 

O futuro bate às portas do presente e pede passagem para incluir as novas ferramentas e tratamentos. Já começamos a mudar o vocabulário da saúde humana. Cada vez mais ouvimos palavras como: Medicina Integral ou Integrativa, Medicina Vibracional e Medicina Quântica.

Tudo indica que a vida será mais confortável para quem puder pagar...

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segunda-feira, 1 de junho de 2020

POR QUE O HOMEM TEM MEDO DE DEUS?

Aprendemos que a morte é o único caminho para uma pestemsoa chegar à presença de Deus. Se todas as pessoas gostariam de evitar a morte, todos querem evitar ir à presença de Deus. Resta claro que o homem não quer ir à presença de Deus. Todos têm medo de Deus. 

E, por quê ocorre essa fobia de encontrar Deus?

Eu acho que as religiões carregam maior parte desse fardo pois inculcaram na mente humana - ocidental - realidade totalmente contrária à existência de um Deus que ama, perdoa, e que dá a todos o tempo necessário de compreenderem sua dupla realidade humana e espiritual.

Principiaram por carecterizar o ser humano como culpado desde o nascimento e essencialmente voltado para o mau.

Criaram para nós um Deus cruel, ciumento e vingativo, ou seja, um Deus eivado de todos os defeitos do ser humano.

Impuseram uma só vida humana, pequeníssima em sua duração de 80 a 120 anos, depois da qual viria um Juízo que definiria condições espirituais eternas, pelos trilhões de anos da eternidade, sem atenuantes de alguém ter vivido apenas algumas dezenas de anos terrestres ou nem sequer, talvez, ter compreendido a própria vida.

Praticamente, transformou a morte em condenação, dado à falibilidade do ser humano.

Nesse quadro, o temor a Deus que deveria significar amor e respeito ao ser supremo, foi transformano em pavor de encontrar o Criador. Se fosse perguntado aos homens: Quem gostaria de morrer hoje para estar com Deus, no céu? Nem precisamos cogitar de outras respostas. NINGUÉM! 

Claro que ninguém deve desejar a morte, principalmente, porque está aqui, justamente, com a missão de viver. Desejar a morte, seria renunciar aos planos divinos para a vida no planeta sendo esta a grande oportunidade para a evolução do Ser.  

No entanto, admitir e aceitar, com normalidade, o cessamento da vida terrestre, já seria um grande avanço pois o fato em si é, apenas, mais um ato inerente à vida, como o é o próprio nascimento.

A morte não é punição ou desgraça que deva ser evitada a todo custo. Nascer e morrer são atos idênticos, em sentido opostos, quando se considera o período de existência do ser físico, ou seja, a realidade humana. A morte daqui é um renascimento no plano espiritual e vice-versa.

Claro que me refiro às muitas vidas físicas, inerentes à vida do próprio espírito, criado eterno,  no entanto, sem ciência do bem e do mal, assim, carente da própria evolução espiritual.

Este "ser" que está, agora, imantado a um corpo físico, NÃO MORRE NUNCA e, ao contrário, Deus lhe concede a oportunidades na multiplicidade de vidas humanas, exatamente para que atinja o ideal da elevação espiritual.

Somos filhos de Deus!  Somos uma centelha da energia emanada de Deus! Somos parte de Deus! Somos Espíritos que evoluem para a realidade divina, mediante muitas vidas físicas, para adquirir ciência e virtudes.

Ora nos corpos físicos, ora no mundo astral, sempre portamos um corpo de energia que nos dá a identidade espiritual individualizada.

O homem não deve temer - ter medo - do seu criador, esse Deus de amor que a tudo preside e que, do homem, não exige mais do que sua própria evolução como ser espiritual que é, sem lhe imputar culpas e condenações pelas suas falhas e fraquezas. O aluno que não aprendeu, apenas repete as mesmas lições. 

Deus não impõe ao homem esforços supremos, além da sua capacidade, mas, ao contrário, exige que ele viva e adquira experiências e sabedoria, através das escolhas certas, no uso do seu livre arbítrio.

O PAI não exige que o homem vença inimigos mais poderosos do que ele, na presente realidade física, quando o espírito ainda não tem sequer consciência do seu poder e da sua luz.

O homem só vai encontrar Deus quando estiver em condições espirituais compatíveis com a Divindade. Até lá, evolução.

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segunda-feira, 25 de maio de 2020

Como é fazer 80 anos.

Em plena vigência de isolamento social "quarentena", decretada em face da Pandemia do Coronavírus COVID-19, arrumo tempo para pensar no que seria completar 80 anos de idade, que poderá ocorrer em 18 de agosto de 2020. Esse fato será marcante porque não são todas as pessoas que conseguem chegar a essa marca de longevidade. Fico pensando que, talvez, nem dez por cento dos seres humanos, conseguem atingir e ultrapassar esse marco de vida.

Quando a gente é jovem, é comum fixarmos um período de tempo, como conjectura de quanto possa durar a nossa vida. Claro que quando a idade chega, nova marca se torna possível, bem mais distante. Não se trata de ideia fixa, mas de uma medição mínima do que seria uma expectativa mínima de vida.

Eu que, como criança, cheguei a receber uma "extrema unção" devido à gravidade do meu quadro de saúde, coloquei minha primeira marcação para 18 anos e, depois, 25 anos.  Nessa época mais infantil, eu considerava que vivendo esse tempo teria tido uma vida completa. Eu nasci em 1940, época da segunda guerra mundial. Estamos falando dos anos 50 e um pós-guerra, época difícil com relação a alimentos, tratamentos e remédios, o que permitia ocorrer muitas mortes prematuras ou de idades de até 40 anos.

Superado os dois primeiros marcos e após haver constituído família, ousei alongar um pouco mais o meu provável período de vida, mesmo porque a pressão de criar os filhos assim o exigia. Então elevei o marco de minha vida para 60 anos, o que era realmente uma medida bem próxima da realidade daquele tempo pela expectativa da média de vida da população brasileira.

Vieram os 60 anos, aposentadoria, quatro filhos já adultos e os primeiros cinco netos de uma penca que hoje tenho. Ficou mais difícil fixar uma nova meta provável de vida pois, a partir daí, eu já me considerava vivendo um período de bonificação em anos vividos. Assim, 70 anos já me figuravam como um tempo bastante acertado nessa minha matemática de viver.

Os netos chegaram a 9 e a vida transcorria suave e estabilizada. Fixar metas agora estava mais difícil, já que a vida vivida de 70 anos já era em si uma conquista e a morte ficando cada vez mais visível em face de amigos e parentes que se iam extinguindo entre os setenta e oitenta anos.  

Impunha-se muita gratidão a Deus pela minha vida e pela vida da minha esposa, principalmente pelo premio de criar uma família linda e haver conquistado a estabilidade econômica normal e possível.  Muitas conquistas, alguns períodos de "vacas magras" e muitos de bonança.

Passei a considerar uma meta espetacular que seria chegar aos 80 anos de idade, igualando a vida dos meus pais. E assim será que, neste ano de 2020, em agosto, estarei completando essa nova marca, agora com 11 netos e uma bisneta, de 4 anos. Caso complete os 80, vai ficar mais complicado presumir uma nova marca de tempo de vida porque, agora, soaria como limite final mesmo. 

Faltou falar de um pormenor que considero muito importante nessa minha conquista de tempo de vida, Foi muito importante o cultivo da SAÚDE pela adoção de hábitos salutares e a ausência vícios arraigados e danosos à constituição física. Nem sempre conta tanta regularidade, posso afirmar que mantive um ritmo de vida bastante adequado à normalidade  da vida, com alimentação saudável e noites bem dormidas.

Dessa forma, prefiro deixar em aberto um novo tempo-expectativa de estar vivo. Como normal, está nas mãos de Deus essa exatidão da vida.  

Muita gratidão por todas as conquistas: vida, saúde, família, amigos, boas condições econômicas e tanta alegria de viver.

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