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Eusébio, Ceará, Brazil
Nasci no ano de 1940 e sou um velho espírita que vive no Brasil.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

QUANDO CERTO E ERRADO ESTÃO CERTOS

O titulo é contraditório mas a afirmação está correta quando o enfoque for a evolução do ser espiritual, no sentido de ambos, o certo e o errado, são ferramentas da evolução. Somos espíritos em constante aprendizado e evolução. Exercemos o livre arbítrio e crescemos em conhecimento como resultado das nossas ações e escolhas.

Aprendemos quando fazemos o certo e aprendemos, também, quando fazemos o errado. Claro que haverá o resultado feliz e o resultado infeliz - mas ambos trazem consigo proveitosas lições. Somos fruto de uma herança espiritual de muitas vidas em que o certo e o errado formaram o "carma" atual. Também o certo e o errado de agora são as sementes para colheitas em vidas futuras.

Seria conveniente fazer sempre o certo mas o livre arbítrio nos faculta fazer o errado, mediante a condição de retificar o erro em etapas futuras de vida, retendo o aprendizado.

A Lei da Ação e Reação (carma) já é a Justiça Divina que se materializa sem julgamentos e sem condenação. Cada ser carrega consigo, na consciência, o próprio julgamento e a sentença que é a obrigação de colher os frutos semeados. Ninguém julga. Ninguém condena.

A felicidade ou a infelicidade que nos fizer companhia - pelo Universo - será o estado mental compatível com o grau de evolução alcançado, o qual definirá, por afinidade, locais e companhias para convivência adequada.

O segredo da vida está em obter a iluminação. E esse é um caminho solitário porque a Luz está dentro de cada um e não será encontrada em lugar nenhum ou com nenhuma pessoa externa. 

A Luz de Deus está dentro de cada um. 

Tomar conhecimento do "eu" como ser espiritual é imprescindível e o primeiro passo para aflorar a Luz que há em todos nós. O "eu" possui um corpo e vive a vida terrena para ascender espiritualmente e amplificar a Luz, que é o componente do seu corpo eterno.

Os que caminham conosco podem, eventualmente, nos ajudar no caminho dessa conscientização, mas há um limite que separa o externo do interno, do subjetivo. Ninguém penetrará o subjetivo de outro "Ser" para ali libertar a Luz. Nossos Mestres sempre esbarrarão no nosso livre arbítrio onde nunca poderão ultrapassar. 

Quem estiver lendo esse texto, não tome nele qualquer orientação ou ensino, estou escrevendo para mim, para identificar o meu próprio caminho e a minha própria evolução. Estou tentando refletir, olhando para dentro de mim.

Tenho que tomar consciência que o passado está feito e os seus frutos são o meu presente. Preciso pensar que o futuro não existe concretamente, ele é uma suposição e um pensamento. Quando o futuro se concretizar ele é presente e, no instante da percepção, o futuro já é passado e já estará gerando vida e condições presentes. O meu ontem foi o futuro de anteontem e é o presente de hoje, será o passado de amanhã. O tempo não existe na eternidade, como o medimos aqui. Nossas referências para contar o tempo são referências locais e não se aplicam ao todo.

Voltando ao tema do certo e do errado, temos que considerar que todos os fatos geram a experiência e o aprendizado, por isso, não está errado dizer que aprendemos mais com os nossos erros do que com os nossos acertos. Por esse ângulo, devemos considerar que os nossos erros são "mestres" geradores do conhecimento e da sabedoria, embora tragam consigo o gosto amargo da reparação.

Equivocamo-nos quando damos diversos enfoques à nossa vida, esquecendo o fator principal de que somos espíritos criados por Deus - buscando a perfeição - e voltando para Deus. 


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quarta-feira, 4 de maio de 2016

JULGAMENTO ESPIRITUAL

O mais importante na vida é a vida que você leva. Não importa uma filosofia de vida, importa o que resulta desse entendimento. Mais importante do que definir a crença religiosa é o que dela resulta de positivo no plano individual da pessoa e no plano social da coletividade.

Você é uma pessoa boa e justa no cômputo geral sua existência? Ética e moral são princípios presentes no seu dia a dia?  Qual a sua visão para o bem estar social de toda a humanidade? Essas perguntas definem melhor você do que a religiosidade que possa ostentar.

A melhor religião é a prática do bem.  A árvore será julgada pelos frutos que produzir. Quando findarmos nossa passagem pela Terra, seremos lembrados pelo que aqui construímos em prol do grupo familiar e pela utilidade que tivemos para o grupo social.

Vivemos, quase sempre, esquecidos do que somos e do que viemos fazer.  Somos almas que se dirigem para Deus, subindo degraus da espiritualidade que correspondem ao bem que praticamos e às virtudes que adquirimos, nesse simples ato de viver sobre a Terra.

Ninguém nos julgará pelo que fizemos ou pelo que deixamos de fazer - seremos julgados pela nossa própria consciência - e nenhuma condenação receberemos de terceiros, mas de nós mesmos. Teremos diante de nós o bem ou o mal praticados, os quais nos carrearão tristeza e sofrimento ou alegrias e felicidades, levando-nos ao campo mental as associações que correspondem aos nossos atos. Nossa morada espiritual será aquela que for adequada à evolução que houvermos conseguido.

Ninguém irá perguntar pela dignidade do nome que usamos na Terra e nem pelos cargos e poder exercidos ou fama e popularidade conquistadas.

A vida é eterna para todo espírito, em condições de igualdade. A diferença entre uns e outros, que será vista por todos, será a LUZ que emanará de nossos corpos espirituais.  A religião seguida aqui na Terra poderá até servir para juntar comunidades afins, mas nunca será privilégio que comportem benefícios ou preferências. Estes serão aferidos pela elevação moral e pelo bem praticado.

Não há religião melhor nem pior entre as que se dedicam ao ensinamento espiritual e à elevação moral dos homens. A religiosidade será aferida pelo teor prático na prática do bem. Dessa forma, podemos concluir que a a melhor religião é a sua, desde que atenda aos requisitos mencionados e que lhe ofereça as condições de evoluir espiritualmente. 

Nesse raciocínio, também podemos afirmar que não importa se alguém não segue religião alguma, desde que sua filosofia de vida lhe permite obter os mesmos resultados que outra pessoa religiosa, ou seja, os frutos da boa árvore. Quem é ateu não praticou nenhum mal por essa sua decisão pessoal. Dela não resultou nenhum mal para a humanidade.

O resto ficará por conta da Lei da Ação e Reação a que todos estamos sujeitos. Cada um recebendo de volta o bem que praticou ou o mal que causou.

A árvore será julgada pelos frutos que produzir.


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terça-feira, 15 de março de 2016

O ESPÍRITA E A PARTICIPAÇÃO POLÍTICA


POR QUE ME CHAMAS BOM? BOM É SOMENTE DEUS! (Jesus)

Na ânsia de nos considerarmos bons, quase sempre, esquecemos que Jesus reservou o qualificativo de BOM apenas para Deus, nosso Pai, descartando até mesmo a Ele, Jesus, de merecedor desse título e honraria.

As religiões cristãs quase evitam o tema, talvez porque os seus fiéis queiram ou devam ser considerados “bons ou santos” ou talvez para não confrontarem a afirmação do próprio mestre Jesus de que ele não era Deus, já que afirmou, claramente, que Ele não era bom mas que Deus o era.

Os espíritas se reconhecem “maus” e, por isso, adotam, como linha de conduta, o “ser melhor” a cada dia. Ser hoje melhor do que foi ontem é uma faceta-realidade da reforma íntima do homem, que é núcleo básico da Doutrina Espírita.

Passado o período primário da civilização onde predominou o instinto da sobrevivência e com ele a satisfação egoísta dos instintos básicos, a humanidade passou a se preocupar com o grupo - o interesse social. 

No bojo da organização social, impôs-se a questão necessária da liderança dentro do grupo para obter e manter a unidade grupal. Organizou-se o Estado para definir fins e abrangência do grupo social, mediante o Ordenamento Legal capaz de sujeitar o interesse individual ao interesse coletivo.

Daí, o evoluir para o domínio dos interesses de alguns sobre os demais, através do exercício do poder, foi coisa rápida. Surgiram as correntes políticas antagônicas, desejosas de definir o que seriam interesses coletivos. 

O exercício do poder passou a representar, também, distinção, popularidade e aceitação, dessa forma promovendo o orgulho e a vaidade pessoal, além de possíveis vantagens econômicas. A disputa pelo poder acabou por distinguir classes sociais, raças e minorias dentro da comunidade e disso resultou diferenciação na distribuição dos direitos e benefícios, decorrendo o agravamento das desigualdades sociais.

A evolução econômica criou riquezas mas, quase nunca, se fez acompanhar do desenvolvimento social e, quase sempre, desprezou o cultivo dos valores éticos e morais, imprescindíveis ao melhoramento individual do ser humano. Nesse ponto, a atuação religiosa foi importante mas não foi eficiente o bastante para impor um caminho diferente. A própria religião se transformou em uma força paralela, igualmente sedenta de poder temporal.

O avanço tecnológico, por seu turno, ofereceu melhores condições de vida, mas não ofereceu paz e nem igualdade social, atrelado que sempre esteve aos detentores do capital. A tecnologia fortaleceu o poder econômico que hoje é verdadeira fonte de conflitos – revoluções e guerras – com o objetivo não declarado de dominar as fontes da riqueza que podem geram mais poder. Para muito longe foram arrastados os ideais de igualdade social e fraternidade universal.

Os meios de comunicação se efetivaram como eficientes ferramentas para a manipulação coletiva, a serviço do poder econômico. Dedicaram-se à difundir propaganda ideológica, em tempo integral, transferindo para a mente do povo a vontade de alguns, como se fossem interesses sociais. As próprias religiões, sob o apanágio das virtudes e dos valores divinos, tornaram-se grupamentos políticos que também buscam o poder temporal e atuam em sintonia com os meios de comunicação.

O capitalismo impôs ao indivíduo a obtenção de riqueza como sendo a verdadeira finalidade da vida. Vencedores e perdedores foi a dicotomia adotada para significar evolução individual, aferida pelo acúmulo de bens.

Nesse ponto, destoa a Doutrina Espírita, eis que ressalta os valores éticos e morais como virtudes a serem buscadas para a evolução individual e como única finalidade da vida humana. Perante o espiritismo vencedores são os que praticam as virtudes e os que compreendem a unidade do homem como ser espiritual que vem â Terra para aprender e evoluir.

O exercício do poder, mesmo diante das correntes políticas que o desejam, não está vedado aos que professam o conhecimento espírita, antes se coloca como oportunidade desejável, diante do objetivo maior de transformação da sociedade pelo bem estar social, nele incluídos o cultivo da ética, da moral e a renovação de ideais políticos egoístas e ultrapassados.

Um espírita pode e até deveria ter participação política, eis que já adotou a reforma íntima como parâmetro de crescimento individual e, assim, impregnado está do desejo de promover o bem estar social, sem distinção de raça, classes sociais ou condição minoritária no grupo.

Nós espíritas, se não “somos bons”, tornamo-nos melhores a cada dia e estamos focados nos ensinamentos éticos e morais de nosso mestre Jesus.


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