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Eusébio, Ceará, Brazil
Nasci no ano de 1940 e sou um velho espírita que vive no Brasil.

quinta-feira, 18 de abril de 2019

A Boa Religião

Os fiéis de cada igreja ou crença têm por objetivo primordial trazer outras pessoas para o convívio da sua crença ou religião.  Todas as religiões empregam o máximo esforço de convencimento (subjetivo) para ampliar sua rede de fiéis.

Qual seria então a melhor religião?

Um grupo mais afoito diria que a melhor religião é a que foi deixada por Jesus, quando esteve encarnado entre nós.  Esta seria uma boa resposta, não fosse o fato de que Jesus não deixou nenhuma religião, posto que teve por missão mostrar um caminho de conhecimento dos princípios essenciais para a evolução humana. Também, há que se dizer que se pensarmos que a religião que pudesse estar erguida sob os fundamentos deixados por Jesus, seria a sequência da vida do Mestre, no primeiro século da nossa Era Cristã. 
Entretanto, no primeiro século, a religiosidade cristã se expressava sob os fundamentos dos ensinos de Jesus e não havia, ainda, uma igreja à feição de instituição terrena,  como veio a se tornar a igreja católica quando a ela aderiram os imperadores romanos.

Desse acréscimo derivou a igreja se organizar como um império, já que os imperadores não poderiam estar sujeito a comando que não emanasse de um ser equivalente a um imperador.  Criou-se a estrutura imperial da igreja e esta, como um império passar a atuar entre os reis e imperadores, por vezes sobrepondo-se a estes, impondo aprovação papal à nomeação desses governantes.

Voltando-nos à igreja primeira, ainda sob a inspiração divina de Jesus, vemos que a religião derivada daquele período - a católica - está hoje esfacelada em centenas ou milhares de ramificcações, cada qual pretendendo ter o monopólio do cristianismo verdadeiro.

Ainda, sob esse tópico, sabemos que 99% das facções cristãs estão hoje muito mais preocupadas em arrecadar recursos para os seus líderes ou para a igreja, numa expansão frenética de recursos financeiros e poder material.  Podemos dizer que seguem ideais completamente opostos dos ensamentos de Cristo.

A resposta mais simples, clara e verdadeira, para mim, sobre qual é a melhor religião me parece a resposta dada pelo Dalai Lama quando indagado por um líder católico:  "A melhor religião é a torna melhores os homens".

Nessa resposta do Dalai Lama podemos vislumbrar que homens melhores seriam aqueles que superassem todas as qualidades solapadoras da bondade humana, ou seja, o ódio, o orgulho, a cobiça, a vaidade, a riqueza, os prazeres efêmeros da vida terrena.

Não se deve pensar que o homem não tenha direito aos prazeres que se pode obter nas etapas de vidas terrestres. O essencial é que o homem não esteja preso à esfera dos prazeres, ao ponto em que estes impeçam que o espírito busque e encontre  o que lhe deve ser prioritário, que é a evolução espiritual. É para isso que ele veio à Terra para, convivendo com todas as possibilidades, eleja de tudo usufruir, com parcimônia, mantendo o foco principal citado.

Ser melhor a cada dia é um foco muito importante. Não estamos aqui para sermos perfeitos mas para nos tornarmos melhores do que já somos.  Não viemos à terra para sermos "adoradores" - joelhos dobrados diante da vertente religiosa - viemos para expor nosso livre arbítrio a todas as situações e tomarmos as melhores decisões para o progresso do espírito que somos.

Ninguém pode ou deve estar movido pela culpa ou pelo medo, mas sim movido pelos bons propósitos da melhora individual e da melhora de toda a humanidade. Para isso é essencial pensarmos como estando num período escolar, cada um aprendendo segundo o grau que já conseguiu alcançar, mas todos aprendendo.

Um aluno que pouco aproveitou do seu ano escolar não será morto ou severamente punido ou excluído da escola, antes se lhe oferecerá a oportunidade de repetir os mesmos ensinamentos não assimilados.

Ninguém será condenado. O julgamento será o da própria consciência, do qual resultará reprogramar um novo período de vida encarnada com a intenção de obter os melhores acertos e, na medida do possível, evoluir para a felicidade e a liberdade.

O baixo nível de evolução é o único fator limitante da liberdade do espírito.


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