Nosso bate papo de hoje são comentários sobre Doutrina Espírita. Os interessados em aprofundar esse conhecimento devem consultar os muitos livros da Doutrina transmitida pelos Espíritos.
Quando se inicia uma gestação na Terra, inicia-se a formação de um corpo fisico que vai abrigar um espírito por determinado tempo terrestre.
Ao final da gestação, o corpo nascerá já ligado ao espírito que o habitará. Dessa parceria corpo-espírito resultamos todos nós.
O espírito não foi criado nessa gestação. O espírito é um princípio inteligente que já existia e que foi condicionado a juntar-se ao corpo do bebê que nasceu.
O corpo é o veículo pelo qual o espírito se manifestará na Terra para realizar suas vontades, interesses e para realizar todo o aprendizado que veio buscar para a sua evolução espiritual.
Durante a vida útil daquele corpo que recebeu por empréstimo, o espírito pensa, age e recebe do corpo as sensações de suas ações, ou seja, o espírito percebe as sensações através do corpo.
Não é o corpo que tem vontades, é o espírito.
Mas, começamos o texto falando da gestação do corpo físico e é nessa linha que gostaria de continuar, desta vez, pensando como se houvesse um período gestativo no lado espiritual.
Pense em você, vivendo a experiência de vir encarnar num corpo minúsculo, cuja formação se inicia num ponto quase invisível a olho nu. Como se transcorre essa situação?
Você é um espírito. Tem um corpo espiritual. Tem uma vibração adequada à esfera espiritual que habita. Tem a sua própria Luz e suas atividades. Tem a memória de todas as suas vidas (memórias boas ou memórias ruins). Enfim, você tem um contexto de vida permanente. Quais transformações precisam ocorrer para sair de uma situação plena de vida para outra situação infinitamente menor, sem trazer consigo suas condições prévias.
Pense em você nascendo numa maternidade, em casa ou em outro local, de repente você respira e está vivo sem fazer nenhuma ideia de onde, como, por que e para que, está nesse lugar. Claro que o bebê não indaga nada, apenas vive. Mas o espírito que habita o corpinho era um espírito pleno, livre e habitava regiões bem diferentes. Não é interessante pensar nessa transição?
Reencarnar, até certo ponto, é uma opção do espírito, para crescer espiritualmente. Mas também é condição obrigatória para aqueles que ainda não alcançaram clareza para as suas decisões. Também, é um remédio para aliviar sofrimento, dores e angústias, sempre com foco na melhora das condições espirituais.
Poderiamos dizer que enquanto o corpo gera dentro da mãe, o espírito também vai se transformando de espírito pleno em uma redução de si mesmo para o início da experiência terrestre, no que encerra "esquecer" tudo de sua existência e nascer completamente desembaraçado dos fatos e memórias que carregava.
Esse esquecimento é provisório até que cesse a necessidade de habitar o corpo terrestre. Após a experiência terrestre, em momento oportuno, o espírito retoma todas as condições anteriores, incorporando, então, o progresso obtido na etapa terrestre.
São referidas câmeras especiais para renascimento e pessoal espiritual especializado para conduzir o processo pelo qual o espírito renasce no meio físico, na condição de não portar nenhum conhecimento ou experiência.
Muitas vezes, o espírito/bebê que nasce já mostra na infância desse corpo, dons, tendências ou gostos especiais. Acho que isso esteja vinculado a merecimento próprio ou à própria missão de vida que veio realizar.
Para que todo o esquecimento?
Para que o espírito não esteja condicionado a nada nas decisões que vá tomar na vida e possa, assim, ser o único responsável dos seus atos.
Considerando que a morte aqui é a porta para o renascimento no lar espiritual, de onde viemos, podemos considerar que o nascimento daqui é como uma morte "provisória" do espírito do lado de lá. Digo isso apenas para efeito de compreensão.
A missão de todos na Terra é viver, simples assim.
Claro que, de preferência, colhendo bons frutos para a sua evolução espiritual, objetivo das vidas terrestres.
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