O Espiritismo trata de divulgar as verdades espirituais que, a seu tempo, decidiu a providência que homens delas tomassem conhecimento, posto que a humanidade não estava preparada para receber esses ensinamentos, ao tempo do Mestre entre nós.
Nesse contexto, o Espiritismo elucida muitos assuntos e, entre eles, destaca-se a vida dos espíritos após a morte do corpo físico.
Ficou revelado que a vida do espírito abrange os períodos das vidas físicas e os períodos das vidas não físicas, ou seja, a vida do espírito não sofre solução de continuidade.
Sempre se fala sobre o mal que espíritos podem fazer aos homens, sugerindo os vícios, os prazeres reprováveis e, mesmo, o cometimento de atos ruins ou criminosos. Isso ocorre realmente, mas tem suas limitações.
O assunto da nossa conversa de hoje se fixa nesse momento em que o espírito não tem o corpo físico, mas vivendo no que chamamos espiritualidade, tem a possibilidade real de interagir com os seres humanos, na Terra.
Essa interação dos espíritos com os homens sempre foi admitida, desde os primórdios da história humana e, inclusive, está consagrada no texto bíblico, quando Moisés proíbe a invocação dos mortos; quando a pitonisa mantém um diálogo com o espírito do Profeta Samuel e, também, quando Jesus conversa com Moisés e o Profeta Elias, no episódio da Transfiguração.
Também as "possessões" por espíritos e as muitas expulsões dos espíritos malignos, feitas por Jesus e seus apóstolos, são provas irrefutáveis desse relacionamento humano/espiritual.
Quando o Apóstolo Pedro foca os seus ensinos nesse assunto da comunicação com espíritos, ele diz aos primeiros cristãos que não se deve dar ouvidos a qualquer espírito mas, apenas, "aos que forem espíritos de Deus". Nesse texto, o Apóstolo Pedro reconhece o relacionamento com os espíritos e, enfatiza, com quais espíritos deve ocorrer essa interação.
Todos os espíritos têm a faculdade de interagir com os homens.
"Orai e vigiai, para que não entreis em tentação" foi o ensino de Jesus para que os cristãos se coloquem a salvo das insinuações dos espíritos maldosos e menos elevados espiritualmente, que se acercam ao plano mental das pessoas.
Quase podemos dizer que, a todo momento, espíritos - bons ou maus - estão a postos, desejosos de influir na vida dos homens.
Como identificar o tipo de espírito para aceitar ou rejeitar esse relacionamento conosco?
Homens são espíritos encarnados. Espíritos são os homens desencarnados. Logo, somos todos espíritos, os mesmos filhos de Deus, em momentos diferentes da vida única e imortal que nos deu o Criador.
É aqui que convém ressaltar o famoso Livre Arbítrio de que gozam todos os espíritos - encarnados ou não.
Apesar dessa independência e igualdade de direitos, homens e espíritos influenciam uns aos outros, atuando através do campo mental.
Nesse campo mental devenvolve-se a batalha entre o Bem e o Mal. Então somos nós encarnados o próprio campo de batalha.
O lado do bem que atuam para ajudar a elevação de todos os espíritos e o lado do mal, onde militam os espíritos menos evoluídos, quase sempre dedicados a disseminar a maldade, os vícios e atuações vingativas. Ambos os lados buscam influenciar as decisões e atos dos homens.
Se o mal nos ataca, o Bem nos protege mas, tudo isso, está sujeito ao nosso livre arbítrio.
Quem vai ganhar essa batalha?
Nossos pensamentos e nossas ações serão o fator decisivo para a vitória de um dos lados. O nosso livre arbítrio decidirá sempre quem vai influir, ou até mesmo, dominar as nossas vidas.
Os espíritos podem influenciar a vida dos homens, mas só se para isso tiverem permissão.
O homem é mais forte porque ele tem o poder de decidir se vence o mal ou se vence o bem, na sua caminhada de aprendizado e evolução espiritual sobre a Terra.
A isso se referem o texto: "Livrai-nos do mal, Amém!"Bem,
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