Independentemente da religião que professem, eu admiro muito a fé das pessoas. Admiro também a fé quando quando voltada para Deus ou o Universo, mesmo se desvinculada das religiões formais.
Eu tenho visto, ao longo dos meus 82 anos, muitas ocorrências da fé verdadeira - pura, simples e sincera - manifestada por pessoas de todos os níveis culturais. Por isso digo que a fé independe da condição social ou do nível cultural de quem a possui e isso muito acrescenta à beleza da fé.
Um exemplo da fé sincera e simples vemos quando Jesus observando os que oravam no Templo em Jerusalém, viu ali pessoas eruditas que oravam em altas vozes, com palavras eruditas e discursivas. Mas, o Mestre Jesus, ressaltou para os seus discípulos a mulher que orava em separado e apenas dizia "Senhor, tenha piedade de mim". Viu nessa prece a oração simples e fervorosa que fluia do íntimo da pessoa e chegava a Deus.
A oração deve ser uma conversa com Deus. Pode ser falada ou apenas pensada com fervor, sinceridade e fé. Pode ser praticada em qualquer lugar e não, necessáriamente em templos magnifícos. Na oração podemos louvar a Deus e agradecer pela graça da vida nossa e de todos os que estão conosco na mesma caminhada terrestre para a elevaçao espiritual.
Atendidas ou não, todas as orações são ouvidas e processadas. O atendimento da oração está condicionado a merecimento e oportunidade, diante da conveniência mais acertada para o propósito de vida da pessoa que ora. Quem passa por condições menos favoráveis, passa devido a um propósito da elevação espiritual da própria pessoa. Inverter as condições necessárias a essa finalidade resultaria, talvez, em menosprezar a meta a ser atingida, adiando o resultado pretendido para nova situação análoga, em outro momento.
Não há sofrimento sem causa determinante. Escolhas foram feitas e atos foram praticados que resultaram na necessidade de recompor o equilíbrio do espírito. É o que chamamos carma de resgate.
Compreendendo o carma e mudando atitudes pode o mesmo ser eliminado. O sofrimento resultante não é questão punitiva e nem implacável.
Mas, até quando se torna necessário o sofrer?
Quando a pessoa se livrará do sofrimento?
Só Deus e o Universo sabem com clareza essas respostas.
Um professor sabe quando um aluno já aprendeu uma matéria e, por isso, o promove de ano escolar. Também o carma incide até ao aprendizado, à aceitação e ao perdão a si mesmo e a quem mais esteja envolvido nos fatos geradores dessa condição atual.
Jesus ressaltou muito o perdão, o amor ao próximo e aos inimigos. Penso que nesses ensinamentos do Mestre está a chave para nos livrarmos de um carma de sofrimento, ou até para não criarmos a necessidade de sofrimento futuro por atos desta vida atual.
Eis aqui um bom roteiro para lidarmos com o nosso carma:
- Não carregar culpa! Perdoar todos os atos da sua vida, reconhecendo a simplicidade ou imaturidade das escolhas anteriores.
- Perdoar a todos os envolvidos em nossos atos com qualquer grau de culpa ou nenhuma culpa.
- Mandar energias espirituais para todas essas pessoas que, de qualquer forma, viveram conosco momentos da nossa vida.
- Orar pedindo clareza para o entendimento da vida em sua manifestação física e espiritual.
- As vidas físicas se sucedem e essas vidas criam as condições das novas vidas, sempre com base na necessidade da evolução espiritual do Ser.
- Mandar energias de amor, paz e perdão (dado ou solicitado) para as pessoas que já faleceram e que conosco conviveram participando, de alguma forma, dos nossos atos.
- Implorar e derramar a Paz de Jesus sobre tudo e sobre todos.
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