Diante dos ensinamentos de Jesus sobre amar aos inimigos e perdoar àqueles que nos fazem mal, a primeira ideia que temos sobre sentir raiva é a de que a raiva é um sentimento incompatível coms os ensinamentos do Mestre Jesus. Principalmente, quando Ele mesmo enfatizou que DEUS É AMOR.
Mas quem nunca sentiu raiva?
Acho que todos nós e, muitas vezes, já sentimos raiva de alguém ou de algo que nos aconteceu. Quando morre alguém muito querido, por exemplo, às vezes até em tenra idade, é quase normal um sentimento de raiva do destino ou da providência divina.
Mas, o bom da história de hoje, é dizer que sentir raiva não é pecado e até pode ser considerado uma coisa normal.
Quem poderá dizer que Jesus não sentiu raiva dos mercadores do templo quando os expulsou a poder de chicote?
Claro que não podemos tomar o episódio do Jesus no templo como comparável à raiva que, às vezes, nos acomete diante de injustiças e tantos outros fatos similares. Jesus expressou o seu "zelo pelas coisas sagradas".
Como assim ter raiva não ofende a Deus?
Ter raiva é um sentimento dos mais comuns e nunca será ofensa aos ensinamentos do Mestre ou à Deus, desde que esse sentimento não fique guardado nos nossos corações.
São claros os ensimentos deixados na Bíblia:
- "Irai-vos e não pequeis, não se ponha o sol sobre a vossa ira" (Efésios 4:26...) e
- "irai-vos e não pequeis, consultai no travesseiro o coração e sossegai" (Salmos 4:4).
É preciso não alimentar a raiva com atos que a provoquem ou a ampliem e, sobretudo, que a raiva não dure mais que os momentos da sua ocorrência. Que ela não dure mais do que o dia da sua ocorrência.
A sabedoria popular já estabeleceu que a raiva é uma má conselheira e que nenhuma decisão deve ser tomada nos momentos de raiva.
Também se diz que a raiva é um veneno que só é consumido por quem o produziu. Já pensou você produzir um veneno e guardá-lo para você mesmo ir sorvendo aos poucos, todos os dias da sua vida?
Não à toa Jesus enfatizou: "Fazei as pazes com o vosso inimigo enquanto estais no caminho". A vida terrestre é o caminho aonde encontramos, necessariamente, aqueles com quem temos pendências a resolver, seja no campo familiar, seja no convívio social.
Claro que é difícil ter a capacidade de perdoar nos momentos de raiva. Mas o importante é que quem precise perdoar tome a decisão de perdoar e o faça pouco a pouco, pelo menos.
A eternidade é nossa aliada no progresso do nosso espírito. Muitas vidas (na vida única do espírito) nos aguardam para os ajustes necessários à evolução espiritual.
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