Enganam-se os que querem passar a conta dos seus débitos para Jesus e, facilmente, encontrar a felicidade eterna nos braços do Mestre.
Se assim fosse, estaríamos diante do paradoxo de aceitar que, uma pessoa passasse da condição de grande malfeitor a condição de “santo de Deus”, sem nenhuma responsabilidade pelos atos praticados.
Suponhamos alguém responsável por grandes males para a humanidade como é o caso dos determinam a morte de milhares/milhões de pessoas, nas guerras modernas. Essa pessoa, no momento da sua morte, arrepender-se-ia do que fez e pediria o perdão dos crimes e maldades. Segundos depois de sua morte, essa pessoa adentraria no Paraíso e partilharia o mesmo lar e o mesmo ambiente onde vivem aqueles que dedicaram a sua vida ao amor, ao bem-estar e ao progresso de todas as pessoas.
Igualar-se-iam grandes malfeitores e grandes benfeitores! Juntos, no lar celeste, partilhariam as mesmas ideias e ideais.... Mas, que ideias e que ideais?
Ninguém é autoridade para dizer dos desígnios de Deus, todavia, pode-se admitir como certo que os desígnios de Deus não seriam opostos à lógica, à ética e à moral. Está correto admitir que os desígnios de Deus guardam estreita relação com a prática do bem, com os ideais e virtudes sublimes pregados por Jesus.
Admais! Como ficaria a questão do enorme sofrimento - morte, dor, miséria, usurpação, abusos - que atingiu a milhões de pessoas, inclusive, crianças inocentes, sofrimento esse decorrente daqueles atos criminosos? Teria sido apenas punição de Deus?
Tudo que aqui se fez... Aqui se paga! e precisa ser assim...
Sabemos que não há infernos com penas eternas. Sabemos que ninguém estará condenado a ser infeliz, por toda a eternidade, face aos erros cometidos em uma vida de 50 a 100 anos, apenas.
Sabemos que todas as almas alcançarão a felicidade!
E, como se dará isso? Isso se dará com: Perdão, arrependimento e Reparação!
Nada ocorrerá por milagre!
As religiões não podem pregar essa lógica tão compatível com a justiça e com a sabedoria de Deus. Não podem porque utilizam como instrumento de dominação das mentes a culpa e o medo. Ocorre, entretanto, que não aceitam o ensinamento básico de Jesus: "Necessário vos é nascer de novo".
Tão simples! E tão complicado para muitos Mestres e "doutores" que pretendem falar em nome de Jesus!
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