A tristeza envolve nosso corpo mental em densas
nuvens escuras que impedem a absorção
das energias essenciais da vida. Nesse quadro ficam baixas as defesas do
organismo físico. Nessa circunstância, instalam-se as doenças ou evoluem aquelas que já se encontravam sob
tratamento.
A tristeza aceita e cultivada pelo
Espírito pode, facilmente, evoluir para o estado de depressão, doença já denominada de “mal deste século”, tal a vertiginosa ascensão de sua incidência nos dias de hoje. Alguns já admitem tratá-la como epidemia.
Entre os que restringem sua visão aos limites da vida física, o quadro
depressivo constitui perigoso atalho para o suicídio.
O suicida, segundo nos relatam espíritos que passaram por essa prova, fica preso à tristeza da qual pretendia se livrar. Permanece no mesmo lugar e com os mesmos problemas, agora na esfera mental e, ainda, responderá pelo dano causado ao corpo espiritual - o perispírito - do qual depende para formar novo corpo físico, em próxima encarnação. O novo corpo poderá plasmar-se carecendo dos órgãos ou sentidos danificados no ato de interromper a vida precedente.
Mas, voltemos à tristeza e à
depressão.
Conquanto o entrar em estado de
tristeza e depressão possa ter decorrido de circunstância alheia à vontade da pessoa, a cura, entretanto, passa exatamente pela
vontade do enfermo. Novas atitudes e novos
enfoques da vida podem reverter o estado de tristeza. Trabalho e lazer terão papéis importantes na cura. Atividades como ir à igreja, ao teatro, ao cinema, à praia, ao jogo de
futebol ajudarão no retorno da alegria de viver. Dedicar-se a uma causa social é, também, uma boa alternativa.
Um caso concreto:
Um dia, o Zé Maria, médium amigo meu, com o qual realizava culto no lar, trouxe á reunião um
senhor que pedia oração para tratar o quadro de profunda
depressão em que se encontrava. Após explicar-nos circunstâncias de sua vida, este senhor relatou que sua angústia lhe induzia idéias suicidas e que até já comprara uma arma para esse fim.
Disse-lhe que faríamos a
oração e que lhe aplicaríamos passe por uma semana, se desejasse. Falei-lhe que todos temos Guias e Protetores Espirituais e que eles estariam
ao lado dele para que superasse esse momento crucial de sua vida. Por fim, enfatizei-lhe que toda essa ajuda externa não teria o poder de influir naquela situação, posto que tudo isso estaria condicionado a uma atitude dele. Diante da sua concordância de que tudo faria para recuperar a normalidade de sua
vida, eu lhe falei:
“A depressão é como um poço profundo
em que cai o indivíduo. Desse poço a pessoa tem que sair sozinha, ninguém
poderá tira-la de lá. A ajuda de Deus – orações e passes – será como uma corda
atirada, à qual a pessoa poderá agarrar-se para sair do fosso. Aceitar a
ajuda e esforçar-se para sair é tarefa individual e intransferível de quem lá se encontra.”
Após o tratamento nunca mais
estivemos com o referido senhor. Meses depois soubemos que mudara, com a
família, para nova cidade e lá montara um negócio que já prosperava. Recuperara a normalidade
sua vida.
Momentos
de tristeza fazem parte da vida e independem de nossa vontade. No entanto, se passar por eles é uma
obrigação, permanecer neles já é uma decisão pessoal. O mesmo se pode dizer para os
momentos de raiva e ressentimentos.
Está na bíblia o sábio
conselho do Rei Salomão para que se cultive a alegria como remédio e se afaste
a tristeza que é porta da entrada das doenças:
O coração alegre é como o bom
remédio
mas o espírito abatido seca até os ossos.
(Provérbios 17:22)
Nota:
Deixo claro que não tenho formação em área de saúde e que, portanto, não está
aqui descrito nenhum roteiro para tratamento de saúde.
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