Que é o homem mortal para que dele Te lembres?
No entanto, um pouco menor que os Anjos o fizestes.
(Salmos 8:4-5.)
Há um filme que cada um assistirá sozinho. Será um filme alegre ou triste, segundo a própria percepção de quem o assiste.
Trata-se do filme da nossa vida atual. Fatos importantes e situações aparentemente banais desfilarão ante os nossos olhos como fatos reais sobre os quais não poderemos mais interferir. Não é um julgamento. Não haverá juízes ou tribunais e nem uma sentença de condenação ou absolvição. O julgamento será o da própria consciência e dele decorrerá o estado mental de felicidade ou infelicidade que se seguirá.
São infinitos os recurso de que dispomos para produzir esse filme das nossas vidas. Cada escolha que fazemos gera nova sequência desse filme.
Suponhamos dois jovens que decidem se casar e morar no interior para criarem os filhos em maior contato com a natureza. São o mesmo par de pessoas que pode resolver viajar para o exterior para cursar faculdades, mestrados, doutorados ou para desenvolver um projeto científico. Esses jovens estariam diante de roteiros alternativos para o filme das suas vidas. Estariam criando as suas realidades.
Cada decisão é uma opção diante de uma encruzilhada. Estamos sempre criando a realidade atual e futura das nossas vidas.
Somos viajantes no tempo das nossas consciências. A única bagagem que carregamos é a bagagem mental resultante das nossas escolhas e decisões.
Ninguém está posto diante de um destino que outros traçaram.
E não cabe falar em heranças, nem mesmo nas heranças genéticas. Estas se restringem ao corpo físico e são resultantes das necessidades de conformação ao aprendizado necessário do Espírito. O que percebemos como qualidades ou defeitos, sinais marcantes em determinadas famílias, são resultantes das afinidades pessoais, que agruparam Espíritos de características similares.
É como seres espirituais que vivemos a experiência de cada vida - encarnação ou reencarnação - na Terra. E é como Espíritos que deixamos a vida "rolar" ou tomamos consciência dessa tremenda viagem e da sua finalidade.
As pessoas que nos cercam formam o grupo de alunos de uma mesma classe escolar, onde professores e discípulos se misturam e nem sempre se distinguem nessa arte de ensinar ou aprender, que é a realidade do viver. Todos aprendem e quase todos ensinam.
Ninguém é maior ou melhor que ninguém. Somos todos viajantes de um mesmo trem. Uns viajam de primeira classe agora, mas viajarão, também, ou até já viajaram, nos vagões menos espaçosos dessa mesma composição.
Em tudo há aprendizado e igual oportunidade de crescer espiritualmente.
Eu me preocupo com o filme que estou produzindo.
O resto é vaidade, como o disse O Rei Sábio ao iniciar o seu livro:
VAIDADE DAS VAIDADES! VAIDADE DAS VAIDADES!
TUDO É VAIDADE!
(Eclesiastes 1:2.)