Sempre culpamos alguém por nossos erros e falhas: colegas, amigos, inimigos e, principalmente, nossos pais e familiares. Tudo isso numa forma inconsequente de pensar, distanciando-nos de perceber que o erro está em nós mesmos, na forma que lidamos com os fatos.
É assim com os nossos vícios, quando sempre buscamos culpar alguém sem admitirmos que, muitas vezes, nós os cultivamos como se fossem as melhores coisas da vida. Nem mesmo o mal que possam causar á saúde constitui entrave ao deleite de satisfazer a esses nossos "prazeres ou necessidades".
Todos temos algum vício do qual seria bom nos libertarmos. Alguns vícios são mais visíveis e manifestos, outros estão menos expostos porque se situam no plano subjetivo, como o são o hábito de julgar e o hábito de culpar outros pelos nossos infortúnios ou insucessos.
Uma forma de pensar errada diante dos vícios é a de pretender que a morte fará cessar aquela dependência. De repente, estarei livre desse vício que me subjuga e que é superior à minha vontade, é o que pensamos. Essa mentira é sugerida pela mente que deseja aliviar a tensão emocional do erro ou mau procedimento.
A morte física rompe os laços que prende o Espírito ao corpo. Este, como quem apenas trocou de roupa, após o banho, segue vivo. No entanto, em sua bagagem mental, levou consigo suas virtudes, seus acertos, seus erros, seus gostos e afinidades e, também, os seus vícios.
Sem querer atribuir valor ou importância aos vícios, as dependências do fumo, do álcool e das drogas químicas que seguem com a alma, estarão muito agravadas porque ela já não terá acesso ao meio físico, por si mesma, para satisfazer aquelas necessidades.
É normal criarem-se parcerias obsessivas entre encarnados e desencarnados que cultivam os mesmos vícios, onde uma parte induz a outra e ambas se satisfazem. Além do vício em si, esse relacionamento pode ser uma porta aberta para o plano astral que possibilitará a entrada de outras energias menos desejáveis. Muita infelicidade pode entrar por aí.
O corpo não tem desejos, sentimentos ou emoções, quem os tem é o Espírito que o habita. O corpo é a ferramenta de que se vale o Espírito para se expressar no meio físico e, através da qual, percebe as sensações e os prazeres aqui disponíveis. Portanto, é o Espírito que cultiva essas sensações e que comanda o corpo para a necessidade de satisfaze-las.
Quem tem vícios precisa ter clara a sua mente sobre:
Quem é o viciado?
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