Fui criado numa época de igrejas cheias. Ir à missa ou ao culto evangélico era parte essencial da própria vida. Nessa época, o simples pronunciar do nome de Deus envolvia muita reverência. O nome de Deus devia ser sempre pronunciado com com fé e respeito.
Hoje se pronuncia o nome de Deus sem nenhuma solenidade. Já estão incorporados no uso popular expressões, como as abaixo, as quais até estariam corretas, se pronunciadas com o respeito de uma prece:
“Ai, meu Deus!
Deus me Livre!
Nem Deus dá jeito!
Isso é lá com Deus!
É Deus no céu e fulano na Terra!
Abaixo de Deus foi sicrano ou beltrano que me valeu!
Queira Deus!
Fé em Deus e pé na tábua!
E seja o que Deus quiser!
E foi um Deus nos acuda!
Só Jesus!
Só Jesus na causa.
Só Jesus na causa.
Meus Jesus Cristinho!”.
Esse pronunciar do nome de Deus a todo momento, de forma desnecessária, polui o canal espiritual e desqualifica a invocação e a oração que vierem a ser feitas por quem assim procede.
Não se deve tocar em assuntos sagrados sobre Deus ou religião, sem o devido respeito e solenidade. É tão séria essa recomendação que ela constitui um dos dez mandamentos recebidos por Moisés:
“Não tomarás o nome do Senhor Teu Deus em vão: O Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.”
(Êxodo 20:7)
Já é habitual encontrarmos na internet correntes e piadas usando o nome de Deus de forma inadequada. A estes posts não curto e não dou seguimento. Aprecio, apenas, quando recebo algo com teor religioso enviado de forma séria sem amesquinhar o nome de Deus, os objetos sagrados ou a própria fé de alguém.
Também, não se brinca com espiritismo sem colher sérias consequências. Há espíritos de todo jaez: Bons e sérios, assim como os há maus, brincalhões e sem compromisso com a verdade. Os que brincam com espiritismo podem sofrer assédio de um espírito mau. É por isso que todo trabalho espírita é conduzido e vigiado por um Mentor Espiritual.
Quem se aventura a brincar com os espíritos de certo não terá a necessária proteção contra os espíritos maus e brincalhões. Poderá, facilmente, se tornar joguete de malfeitores espirituais ou atrair para si pesadas obsessões.
Quando vejo expulsadores de "demônios" espalhados por aí, fico com pena dos espíritos que deveriam estar recebendo amor e orientação por parte dessas pessoas que os expulsam. Preocupo-me, também, com os "expulsadores" por receio de que venham a se tornar vítimas desses espíritos que pretendem expulsar.
É de se lembrar que os discípulos enviados por Jesus lhe relataram que encontraram espíritos que não puderam "expulsar" e que não lhes obedeciam. E o Mestre lhes respondeu que "Essa casta de espíritos (maus) só pode sair com oração e jejum" (Marcos 9:29).
Toda relação com os espíritos deve ser precedida da prece a Deus, a Jesus e aos Guias Espirituais para que se obtenha os bons resultados que se espera. O que mais se faz no Centro Espírita é ajudar aos espíritos em sofrimento e aos que se encontram presos à pratica do mal, por ignorância ou por prazer. Trabalho que é feito em nome de Jesus.
As religiões lidam com coisas sérias e com forças muito poderosas. Como se diz popularmente: "Todo cuidado é pouco".
Simplicidade, fé e temor a Deus são os ingredientes necessários para uma religiosidade eficaz.
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