Temos ouvido que "quem com ferro fere com ferro será ferido" e, também, que Moisés adotou para o povo Judeu lei do "olho por Olho, dente por Dente".
O Espiritismo nos apresenta a LEI DA AÇÃO E DA REAÇÃO, tema que as religiões orientais já enfocavam e denominavam karma ou carma: Receberemos de volta, como reação, as energias das ações que desencadearmos. Ou seja, o mal que causarmos nos acompanhará até que saldemos aquele débito, assim como o bem que praticarmos será nosso escudo pela eternidade. Resulta em que teremos de pagar todo o débito que contrairmos.
Numa forma simplificada de pensar, logo voltaríamos à questão do "olho por olho", mediante a qual quem tirou uma vida teria que ser morto da mesma forma, no que seria um sistema de retaliação sem fim, presumindo-se que sempre haveria outra morte, num círculo vicioso que imporia um destino macabro e implacável para alguém.
Não é assim que nos ensina o Espiritismo, mesmo considerando que a reparação do mal é necessária e imprescindível.
A Providência Divina aplica a justiça e, ao mesmo tempo, interrompe a cadeia do mal, admitindo a prática do bem como meio compensatório para o mal já causado. Uma vida ceifada poderá ser devolvida àquele credor, direta ou indiretamente, em outras condições. O devedor daquela vida poderá receber o seu credor como filho natural ou adotivo ou, ainda, manter ou auxiliar na manutenção, de outros meios que viabilizam vidas, como são as creches e orfanatos. Seria assim como uma "rede do bem" onde ações boas e espontâneas compensariam más ações anteriores.
A Providência Divina aplica a justiça e, ao mesmo tempo, interrompe a cadeia do mal, admitindo a prática do bem como meio compensatório para o mal já causado. Uma vida ceifada poderá ser devolvida àquele credor, direta ou indiretamente, em outras condições. O devedor daquela vida poderá receber o seu credor como filho natural ou adotivo ou, ainda, manter ou auxiliar na manutenção, de outros meios que viabilizam vidas, como são as creches e orfanatos. Seria assim como uma "rede do bem" onde ações boas e espontâneas compensariam más ações anteriores.
Deus não condena ninguém pelo mal praticado mas, também, não isenta a ninguém de pagar pelos seus erros e faltas. Quem muito tiver para pagar receberá, também, muitas oportunidades para reparar os danos causados. Também não é condicionante o fato de um Espírito habitar regiões mais felizes ou menos felizes, no plano espiritual, no intervalo das vidas terrestres. Todos receberão as novas oportunidades de repararem o mal e de se estruturarem na prática do bem.
Isso nos permite deduzir que alguém muito religioso, que vemos como verdadeiro expoente de bondade, possa ser, também, o que mais tem débitos por reparar e que, todavia, já o faz, através da bondade atual que pratica, da qual somos testemunhas. Só Deus sabe o estágio em que nos encontramos, no quesito do crescimento espiritual.
Ser religioso ou não, não faz diferença, em face da conquista do saber e da virtude e nem quanto às responsabilidades do Espírito perante à Lei da Ação e Reação. Não existe esse negócio de que acreditando em Deus alguém vá para o "céu" e, não acreditando, vá para o "inferno". Seremos julgados pela nossa própria consciência e seremos atraídos para a região espiritual com a qual mais tivermos afinidade, resultado de nossas ações, mediante o uso do nosso livre arbítrio.
Quem com ferro fere terá que reparar essas feridas para que, com o ferro, não venha a ser ferido! Essa é a Lei do Amor que repara o mal através da prática do bem.
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