Ao que te bater numa face, oferece-lhe a outra face...
Se o ladrão lhe roubar a túnica, entrega-lhe também a capa...
Se o inimigo te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas milhas...
Sábios ensinamentos de Jesus, os quais, todavia, são muito difíceis para serem colocados em prática em nossas vidas.
Quando sofremos qualquer agravo, a nossa natureza nos inflama para a necessidade de uma imediata retaliação, inclusive, sem guardar proporção com o dano recebido. É aí que um esbarrão ou uma pisada no pé nosso já toma ares de uma guerra... E o ladrão que nos assalta, de arma em punho? Esse até nos deixa deprimidos, após o fato. Estamos muito de longe de pensar em dar-lhe algo mais que tenha se esquecido de nos tomar... Andar uma milha a mais já seria até mais possível, dependendo das circunstâncias...
Então como ficamos nós, cumprimos ou não os ensinamentos do Mestre?
Melhor deixar pra lá e ver como é que fica no final?
É claro que esses ensinamentos não podem ser tomados, apenas, ao pé-da-letra e sim pelo ensinamento que encerram no seu todo.
- Em tudo ressalta o PERDÃO, verdadeiro pressuposto para a prática dos ensinamentos cogitados;
- A COMPREENSÃO do estado evolutivo diverso e inerente a cada alma que por aqui transita;
- A CARIDADE para com aquele ser que ainda julga válido prejudicar o seu próximo, em benefício próprio.
Ainda que melhor compreendamos o ensinamento de Jesus e o estendamos para os danos de injúrias morais ou apropriações indiretas e indevidas ao nosso patrimônio, equivalentes aos fatos mencionados... Cumprimos ou não cumprimos os ensinamentos do Mestre?
É essencial, para o Espírito, que o aprendizado seja constante e resulte que ele se torne melhor a cada dia. Não lhe será útil estar preocupado em se tornar um santo, a ponto de nunca revidar o mal que receber. Uma proposta subjetiva de pretender ser melhor, na relação com o semelhante, já é um passo dado na direção de compreender e praticar aqueles ensinamentos de Jesus.
Que reação esperar se déssemos um tapa na cara do bispo, do padre, do pastor ou de um religioso qualquer que encontrássemos pela rua? Eu só penso em que haveria uma reação bem adversa. No entanto, se o mesmo tapa fosse dado em Mahatma Gandi, Madre Teresa, São Francisco de Assis, Chico Xavier ou Irmã Dulce, aí já poderíamos pensar em uma reação bem diferente, compatível com o perdão e a compreensão...
É difícil, mas não é impossível. Se podemos ter raiva também podemos amar...
Gosto muito do texto bíblico que diz:
"Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor... Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira. Efésios 4:2 e 26."
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