Preliminarmente à reencarnação, o Espírito elabora um roteiro ideal para a vida Alma nesse novo período de aprendizado aqui na Terra. Atento à sua necessidade de evolução espiritual, ele prioriza o resgate dos seus débitos cármicos e, para esse fim, aceita vivenciar períodos de sofrimento que julga adequados para aquela finalidade.
Depois de encarnado, no entanto, já em pleno esquecimento consciente daquela programação, o Espírito passa a se guiar, apenas, pelo seu livre arbítrio. Toda a ação que praticar terá sido produto do seu querer e da sua decisão pessoal.
Surge, então, um aparente conflito: A pessoa deseja o bem estar e a satisfação dos seus desejos, enquanto a Alma necessita do aprendizado que veio obter, o qual, muitas vezes, está mesclado ao sofrimento ou impõe a fuga dos prazeres imediatos. Enquanto a alma entende a utilidade do sofrimento como reparação, a personalidade humana já prefere que qualquer sofrimento seja evitado, ou mesmo, sequer cogitado.
Livrai-nos do mal!
Pronunciamos essa essa frase final da oração do "Pai Nosso" com a intenção de que fiquemos livre, também, do sofrimento. A frase, em si, significa o livramento do mal referente à malícia e deve ser entendida como:
Livrai-nos da prática do mal. Ou:
Livrai-nos de ser envolvidos pelo mal e por aqueles praticam o mal.
O mal que afeta o bem estar do corpo - a doença, a dor, o sofrimento moral e a limitação física - não pode ser considerado um "mal", até porque pode até representar um bem para o Espírito. O sofrimento físico, embora nunca desejado, deve ser aceito e interpretado como o fez Jesus em sua oração no Jardim de Getsemani:
"Pai, se for possível, passa de mim este cálice, mas que não se faça a minha vontade, mas a Tua"
Deus não impõe a ninguém o sofrimento, apenas o permite, como aprendizado, para a reparação do mal praticado, sabendo-se que tal sofrimento foi atraído para a esfera de aura espiritual daquele que o sofre. É o que sempre se diz sobre a colheita obrigatória ou a necessidade de pagar até o último ceitil.
Ressalve-se que Jesus encarnou na Terra para uma missão e não para resgate ou como item necessário para sua evolução.
Sabemos que o mal praticado pode ser revertido pela prática do bem, em benefício de terceiros. A Divina Providência não impõe ao Espírito a reparação mediante a lei do "olho por olho, dente por dente", por isso que se diz que a
A CARIDADE COBRE UMA MULTIDÃO DE PECADOS !
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