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Eusébio, Ceará, Brazil
Nasci no ano de 1940 e sou um velho espírita que vive no Brasil.

terça-feira, 18 de junho de 2013

A CRIAÇÃO (Obras Póstumas de Allan Kardec)

"14. Criando os mundos materiais, também criou Deus seres inteligentes a que damos o nome de Espíritos.

15.  Desconhecemos a origem e o modo de criação dos Espíritos; apenas sabemos que eles são criados simples e ignorantes, isto é, sem ciência e sem conhecimento do bem e do mal, porém perfectíveis e com aptidão para tudo adquirirem e tudo conhecerem, com o tempo. A princípio, eles se encontram numa espécie de infância, carentes de vontade própria e sem consciência perfeita de sua existência.

16.  À medida que o Espírito se distancia do ponto de partida, desenvolvem-se-lhe as ideias, como na criança, e, com as ideias, o livre-arbítrio, isto é, a liberdade de fazer ou não fazer, de seguir este ou aquele caminho para seu adiantamento, o que é um dos atributos essenciais do Espírito.

17.  O objetivo final de todos os Espíritos consiste em alcançar a perfeição de que é suscetível a criatura. O resultado dessa perfeição está no gozo da suprema felicidade que lhe é consequente e a que chegam mais ou menos rapidamente, conforme o uso que fazem do livre-arbítrio.

18.  Os Espíritos são os agentes da potência divina; constituem a força inteligente da Natureza e concorrem para a execução dos desígnios do Criador, tendo em vista a manutenção da harmonia geral do Universo e das leis imutáveis que regem a criação.

19.  Os Espíritos encarnados constituem a Humanidade. A alma do homem é o Espírito encarnado.

20.  A vida espiritual é a vida normal do Espírito; é eterna. A vida corporal é transitória e passageira: não é mais do que um instante na eternidade.

21.  A encarnação dos Espíritos está nas leis da Natureza; é necessária ao adiantamento deles e à execução das obras de Deus. Pelo trabalho, que a existência corpórea nos impõe, eles aperfeiçoam a inteligência e adquirem, cumprindo a lei de Deus, os méritos que os conduzirão à felicidade eterna. Daí resulta que, concorrendo para a obra geral da criação, os Espíritos trabalham pelo seu próprio progresso.

22.  O aperfeiçoamento do Espírito é fruto do seu próprio labor; ele avança na razão da sua maior ou menor atividade ou da sua boa vontade em adquirir as qualidades que falecem.

23. Não podendo o Espírito, numa só existência, adquirir todas as qualidades morais e intelectuais que hão de conduzi-lo à meta, ele chega a essa aquisição por meio de uma série de existências, em cada uma das quais dá alguns passos para o frente na senda do progresso e se escoima de algumas imperfeições.

24.  Para cada nova existência, o Espírito traz o que ganhou em inteligência e em moralidade nas existências pretéritas, assim como os germens das imperfeições de que ainda se não expungiu.

25.  Quando o Espírito empregou mal uma existência, isto é, quando nenhum progresso realizou na senda do bem, essa existência lhe resulta sem proveito, ele tem que a recomeçar em condições mais ou menos penosas, por efeito da sua negligência ou má vontade."

Do livro: Obras Póstumas - Allan Kardec - Ed. Virtude Livros


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