RELACIONAMENTOS DIFÍCEIS – ORAÇÃO DO
DIVÓRCIO
Quando a
gente se envolve com uma pessoa e lhe causa mal, ou dela recebe o mal, cria-se
uma relação com desequilíbrio de energias a qual necessitará, em algum momento,
ser retomada para restaurar aquele equilíbrio. Nenhum débito ficará esquecido.
Enquanto isso, ficamos presos àquele relacionamento pendente de
harmonização.
Recentemente,
recebi em minha casa um amigo que me relatou seu mau relacionamento com a sogra
dele. O papo foi o de sempre: Amo minha esposa e a minha família mas não
suporto mais a intervenção da velha em nossa vida. Já estamos cogitando
da dissolução do casamento. Justificou-se, afirmando, que nem o marido e os
filhos dela, seus cunhados, a aguentam mais e evitam conversar com ela.
Mesmo
tendo ouvido só a parte dele da história, eu arrisquei um conselho e disse-lhe
que nada acontece por acaso. Os que se encontram ao nosso lado são,
provavelmente, velhos conhecidos de outras caminhadas, de outras vidas.
Frequentemente, seguimos juntos com algumas pessoas para podermos acertar
as falhas nos relacionamentos anteriores.
Foi fácil
para o meu amigo concordar com essa possibilidade e, inclusive, acrescentou: Só
pode ser isso! Somos inimigos de outras eras! Eu a trato bem e ela me agride,
sempre procurando desestabilizar o meu casamento com a filha dela!
Já não
lhe pareceu tão fácil quando eu acrescentei: Não se preocupe de não conseguir
viver em paz com a sua sogra, nesta vida atual, Deus sempre dará uma outra
chance para que isso aconteça, inclusive, com a possibilidade de ela vir a ser
a sua esposa numa próxima vida. Assim, conhecendo-se melhor e mais intimamente
talvez venham até a se amar... Foi
aí que o meu amigo fez aquela cara de incredulidade: Não é possível que Deus
faça isso comigo!
Eu estava
falando sério e nem cogitei de sorrir, embora fosse meio engraçado o desespero
dele. Depois de um pouco, ele concluiu: Se é assim, acho melhor fazer as pazes
com ela... Vou procurar um jeito de dobrar a fera...
Ninguém
recebe o mal sem merece-lo e nem pratica o mal sem ter que repara-lo.
Nessa relação de agressor e vítima, perante o plano espiritual, não há
inocentes... todos os que participaram do ação devem participar da reparação.
A cadeia do mal só estará reparada quando houver o perdão de ambas as
partes, inclusive a si próprios, para que não reste culpa de qualquer natureza.
Claro que
um possa perdoar - arrepender-se - e liberar-se daquele compromisso, enquanto o
outro ainda possa ficar preso no seu débito mas, neste caso, já não vinculará o
que já se libertou e, por vontade própria, praticou os atos reparadores.
Para
descontrair, relato a história real, muito engraçada, ocorrida entre dois
pastores evangélicos. Deixo de mencionar os nomes das pessoas envolvidas por
não estar autorizado para isso:
O Pastor foi
procurado por um colega junto com a esposa, este para pedir um aconselhamento
sobre o fato de que haviam decidido
dissolver a relação conjugal virtude de não mais se sentirem bem no
casamento. O Pastor consultado pediu ao colega que se ajoelhasse para ele fazer
a oração do divórcio. Com o amigo ajoelhado o Pastor apoiou bem firme as mão
sobre os ombros do colega e começou a orar assim:
"Senhor!
o Teu filho, aqui ajoelhado, compareceu diante do altar e prometeu amar e
cuidar dessa mulher até que a morte os separem. No entanto, Senhor! Ele quer,
agora, liberar-se daquele compromisso. Por isso, eu te peço Senhor: MATE-O! Mate-o,
senhor, agora! E ele terá cumprido o solene compromisso que assumiu!"
E o
Pastor ajoelhado, ouvindo tal oração tentava, desesperadamente, levantar-se e não
conseguia, retido pelas mãos do pastor que orava, firmemente apoiada nos seus
ombros. E a oração continuava: "LIBERTE-O, Senhor! Pode ser morte
por AVC, ataque cardíaco ou outra forma rápida e definitiva...."
Na
tentativa de encerrar aquela inusitada oração, o pastor ajoelhado sinalizou
para a esposa que continuariam o casamento. A oração foi encerrada com o
agradecimento pela graça alcançada: "OBRIGADO, SENHOR! ALELUIA!".
Convém
levar aceitar os compromissos que a vida nos impõe. Pode estar em jogo cumprirmos o carma ou posterga-lo para nova vida, no futuro. Há alguma sabedoria no ditado popular:
Nada é tão ruim que não possa piorar.
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