Nasceu o meu décimo neto. Chama-se Rafael. Alegria total no seu lar, na minha casa (avós paternos) e na casa dos avós maternos. Parabéns ao papai Alexandre, à mamãe Nathália, aos irmãos Arthur, Rafaela, Paulo Henrique e João Gabriel. Nós, avós, tios e primos manifestamos nossa alegria pela sua chegada.
Isso me levou a pensar sobre o Espírito que vem ao nosso encontro na forma dessa criança. Quem retorna à terra, sob os nossos cuidados familiares? Um familiar que já partiu para o plano espiritual e que recebe o aval da misericórdia divina para uma nova etapa de vida sobre a Terra? Um Espírito afim, membro do grande grupo espiritual que se programou para a evolução espiritual, em conjunto, auxiliando-se mutuamente?
Consoante a Doutrina Espírita e, restringindo-me à realidade mais presente da atual vida terrestre, fico na doce expectativa de que tenha retornado ao nosso convívio, um dos parentes que retornaram ao lar espiritual, deixando conosco a saudade de um convívio agradável e produtivo. Se assim fosse, estaríamos agora retribuindo, diretamente, todo o amor que ele nos tenha dedicado em época passada.
A criança que agora nasce é um Espírito que Deus nos confia para criar e cuidar, como pessoa humana, estruturando a sua nova personalidade. Ela chega à Terra como um livro em branco, cujas páginas serão escritas no dia-a-dia do seu viver. Não importa que seja um Espírito antigo, vivido e experiente, agora será apenas uma criança sujeita a todo o aprendizado e necessitando de maior evolução espiritual. Ela traz consigo potencialidades morais e espirituais, que deverão ser cuidadas e estimuladas, qualidades que resultaram de suas vidas passadas.
Poderia ser dito então: De que adianta esse adiantamento anterior se dele não há lembrança corrente ou imediato aproveitamento?
Cada vida terrestre é um novo período de estudos e de provas para o Espírito. Ele viverá as experiências necessários ao seu adiantamento espiritual. Uma nova vida terrestre não é a continuação da vida terrestre anterior.
Como exemplo meramente didático, imaginemos um ser que se encarna e que tenha sido um grande guerreiro daqueles povos quase selvagens da antiguidade. De que lhe valeria, numa vida atual, os seus conhecimentos e suas noções de conquistas territoriais através da guerra? Ele poderia ter voltado à Terra para um aprendizado totalmente diferente. Numa realidade que guarda analogia com sua vida anterior, poderia necessitar agora de aprender sobre o cultivo da paz, do amor e do perdão, qualidades que, provavelmente, teriam sido consideradas uma fraqueza em sua vida anterior.
Uma criança pode nascer com intuições de suas qualidades ou defeitos de vida anterior, entretanto, esses serão apenas tendências ou vocações que poderão ser direcionadas pela educação e pelos exemplos na sua nova realidade de vida.
Se o Espírito, em nova vida terrestre, se porta de forma não condizente com o seu adiantamento espiritual, colherá o resultado de voltar ao seu grupo espiritual levando consigo a imagem daquele momentâneo fracasso. Não se orgulhará desse resultado e aguardará nova chance de repetir as provas então programadas. Ninguém o condenará, salvo a sua própria consciência onde estará gravado esse ato falho em que incorreu.
É uma situação equivalente à de um jovem cuja família tenha se esforçado para envia-lo a outro País, em viagem de estudos, e que lá tenha se desviado para situações reprováveis, em desacordo com o objetivo da viagem. Retornando à casa paterna não sofrerá sanções mas não terá, também, do que se orgulhar, acossado ainda pela consciência de haver desperdiçado a oportunidade que lhe foi oferecida.
Seja Bem Vindo, Rafael!
Que a sua vida seja extremamente proveitosa entre nós e que você alcance o adiantamento espiritual que veio buscar!
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Parabéns meu amigo!! Uma criança é sempre uma dádiva de Deus e desejo muita saúde e paz para o seu neto!!
ResponderExcluirGrande abraço!!