Quando olhamos para o momento da humanidade, vemos um triste quadro de guerras, revoluções sociais, fome, miséria e exploração do mais fraco pelo mais forte, um verdadeiro caos. Parece não haver saída para a injustiça social implantada e consolidada que a uns condena ao sofrimento e à miséria e, a outros, parece conceder o beneplácito do poder e de todas as regalias terrenas.
É de tal sorte a desigualdade social que vislumbramos dois mundos distintos: Um de ricos e privilegiados e outro de pobres e miseráveis - os inválidos de poder e direitos, deserdados de tudo e condenados ao desvalimento.
Detidos na visão curta de uma só vida terrena, nem de longe imaginamos que essas duas realidades interagem e se alternam nessa dinâmica do existir, fato que propicia que os mesmos espíritos, alternadamente, figurem nesses mesmos grupos que parecem assimétricos ou antagônicos.
O que parece não ter solução é a própria solução.
Deus está no Comando! Nada é injusto, inadequado ou exagerado. Vivemos em um laboratório de almas em evolução onde, ao mesmo tempo, o experimentador é o próprio "meio" e experiência. É a experiência de viver que a todos nos agrupa no conjunto dos seres humanos, Espíritos em constante aprendizado.
Estamos todos desempenhando um papel e uma função, tudo contido e limitado na existência humana, como uma colmeia ou um formigueiro. A diferença é que não ficaremos presos a essa condição. Estamos efetuando um aprendizado sobre o amor e o perdão. A finalidade é evoluirmos como seres espirituais, enquanto nos manifestamos, materializados em um corpo que nos retém, como um escafandro que é utilizado durante um mergulho ao fundo do oceano.
Os mesmos homens que espalham a morte e promovem desordens sociais através das guerras e dominações econômicas, tiveram igual chance e poder para promover o bem. Se não o fazem, renascem no outro lado de face da moeda social. Alternarão situações felizes e infelizes até que flua o entendimento na direção da evolução espiritual.
Não há problema que não tenha solução!
Não há descaso de Deus para com o destino do Homem, o Espírito encarnado sobre a Terra. Tudo está sob o controle da Lei da Ação e Reação que vige com plena justiça e a todos impõe a colheita dos frutos que semeou. Onde nos parece haver um grande mal, ali está a Justiça Divina.
O sofrimento não é punição mas sim a reposição do ensino já ministrado com amor e, dessa forma, rejeitado.
Se Deus confiou ao homem um planeta com ambiente similar ao da Amazônia - pleno de abundante vida - e o homem nele produziu um deserto com as suas próprias mãos, quem deverá sobreviver e se nutrir nesse deserto? Ora, certamente, o homem que o criou. Onde está a injustiça? Que renasça no deserto o homem que o deserto criou! Será a sua chance de aprender a cultivar a vida ao invés de destruí-la.
Se o homem poluir a água límpida do seu consumo... Quem deverá se defrontar com o consumo de uma água de pior qualidade?
Reis, rainhas, imperadores, generais, presidentes e altos comissários de ontem são os que hoje se arrastam na lama e imploram por um pedaço de pão. Da mesma forma, desvalidos de ontem ocupam hoje os palácios e cargos de altos dignatários. Amanhã, será o reverso de hoje, desde que assim o imponha a pungente necessidade de aprendizado ou de reparação de cada Espírito, na sua individualidade e no desejo ou necessidade do crescimento espiritual.
A colheita é obrigatória e intransferível. Quem plantou renasce para a devida colheita, semeou o mal e retorna para colher toda a maldade que semeou.
Quem semeou flores, voltará para colher os seus maços e se inebriar no perfume do jardim. Numa vida mais agradável, completará o seu aprendizado.
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