Imagine uma guerra ao seu redor. Agora imagine que essa guerra envolve apenas você porque os demais combatentes estão invisíveis. Pronto, você já configurou a guerra espiritual do bem contra o mal que se trava no campo subjetivo da sua mente.
Nessa guerra silenciosa em que somos o próprio campo de batalha e, também, os vencedores ou derrotados, quem decide a contenda somos nós mesmos. O livre arbítrio é o nosso grande general.
Nem nos damos conta de que os nossos atos e pensamentos são disputados por combatentes invisíveis. A cada momento, estamos ganhando ou perdendo pequenas batalhas que terão grande peso no resultado final dessa guerra.
Desse resultado dependerá nosso estado de sofrimento ou de felicidade após a "morte", enquanto aguardamos nova existência terrestre na busca da necessária evolução espiritual.
As filosofias religiosas apregoam o céu e o inferno como prêmio ou castigo para o final da existência terrena. Reduzem tudo a uma vida que pode até ser de 15-20 anos para definir a felicidade ou o sofrimento eternos.
Que contraste imaginar que a justiça dos homens costuma isentar de responsabilidades as pessoas com pouco discernimento pelo fator da idade - os "menores de idade"! Estaria a justiça humana sendo mais compassiva do que a justiça de Deus?
Como ficam os que morrem em plena menoridade? Seriam condenados por atos praticados quando nem discerniam sobre o bem e o mal ou conquistariam a felicidade eterna sem merecimento maior do que terem apenas vivido alguns anos?
Somos cerca de 6 bilhões de seres humanos em constante renovação e ampliação. Desse total, poucos reuniriam os requisitos de “santidade” para irem para o céu e, assim, bilhões iriam para o inferno, continuamente. Parece até filme de terror. Fosse isso verdade e teríamos uma verdadeira produção “em série" para abastecer o inferno.
No entanto, a realidade é bem outra. Longe do que ensinam as igrejas, nós já vivemos na eternidade. O espírito caminha em constante aprendizado e em constante evolução. Se numa vida estaciona na prática do mal, noutra, reverte o quadro e retoma a caminhada.
Essa é a revelação espírita. Essa é a realidade espiritual. A alma evolui sempre traçando o seu próprio caminho. Para todas está reservado um final feliz. Se muitas vidas forem necessárias, muitas vidas nos concederá o Criador.
Amigos espirituais nos induzem à prática do bem no roteiro que nos deixou Jesus. Outros "amigos" nos insinuam o orgulho, o egoísmo e a vaidade. Eis aí como se trava a guerra entre o bem e o mal.
Cada um é livre para decidir.
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