A REALIDADE DA FÉ E O FANATISMO
RELIGIOSO
A fé é um sentimento, uma certeza que
só existe no plano subjetivo de cada um. É, portanto, abstrata. Não tem
materialidade. Não se expressa concretamente como algo físico e palpável.
No entanto, quando a fé preenche o
nosso coração e se irradia como uma forte luz que ilumina tudo à nossa volta,
ela se torna uma presença tão forte que quase podemos tocá-la como se concreta
fosse. É dessa "fé-realidade" que quero falar hoje. A fé que preenche
a nossa vida e transborda para a realidade da vida.
Todos apreciam uma pessoa de fé e a ela
recorrem sempre que precisam de oração. Seja na pessoa de um padre, um pastor,
um espírita, um benzedor ou um curandeiro.
É comum que as pessoas que têm fé
queiram atrair outras pessoas para participarem do mesmo entendimento religioso.
Entretanto, o que nasce como um fato aceitável pode, lamentavelmente, degenerar
para o fanatismo e até provocar mortes e genocídios, como temos visto,
inclusive, na nossa atualidade histórica.
O zelo religioso, sendo condição individual,
deve conter-se no íntimo de quem o abriga. Nem Deus interfere na liberdade que
Ele mesmo concedeu.
Se alguém decidir assumir um risco além
do razoável Deus não a impedirá, mesmo que a morte seja a hipótese mais provável.
Ora, se Deus permite a cada um agir como quiser, por que um fanático religioso
poderia atribuir-se um direito maior que o de Deus?
Responderemos pelos nossos atos
colhendo os bons ou os maus proveitos que deles resultarem.
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