Há espíritos circulando livremente entre nós, tentando influenciar ou já influenciado as nossas decisões e sentimentos.
Suas razões para ficarem aqui são iguais às nossa razões para fazermos ou obtermos o que nós queremos. Diferem pelo fato de nós dispormos de um corpo físico e eles não, porque já não pertencem ao plano da matéria. Estes que vagam por aqui são chamados de fantasmas ou assombrações.
Ainda bem que eles não têm poder algum sobre nós e nem conseguem realizar qualquer proeza sem as energias cedidas ou roubadas do ser humano. Só os seres encarnados possuem a energia vital capaz de atuar sobre a matéria física.
Nenhum ser humano está à mercê de um espírito. Assim como nenhum espírito esclarecido está à mercê de um ser humano. Aproximações que hajam, são voluntárias ou permitidas de lado a lado.
Os espíritos que permanecem aqui não são, exatamente, espíritos sofredores, da forma como pensamos. Todos estariam melhor catalogados como seres desorientados quanto à vida espiritual e quanto à necessidade de purificação e evolução da alma. Ficam aqui:
- Muitos, por não aceitarem a morte física e se julgarem vivos;
- Os que buscam satisfazer vícios e dependências de que não se libertaram com a morte;
- Os obsessores presos ao desejo de vingança;
- Os desocupados espirituais insipientes quanto à necessidade de sua própria evolução.
Quase todos os que permanecem na esfera terrestre se vinculam às pessoas que os atraem por simpatia ou interesses comuns. Ladrões atraem ladrões, assassinos atraem assassinos e viciados atraem viciados.
Devido à dicotomia do pensamento religioso de céu, para os bons, e inferno, para os maus, essas pobres almas que circulam por aqui, perdidas e equivocadas, acabam rotuladas como demônios ou agentes de satanás.
Até os seres amados que partiram e que, tendo oportunidade, voltam para visitar os seus queridos, cheios de amor e saudade, são agora temidos e esconjurados como seres do mal... Que maldade! Que forma ingrata de retribuir tanto amor!
Também há perigo no pensar que alguém que morreu foi para o céu e, agora, pode vir proteger e guiar os familiares que aqui ficaram. Não é exatamente assim e invocá-lo pode resultar em abrir janelas para o astral e receber a visita de espíritos maldosos ou brincalhões.
Quem morreu não virou professor de ninguém. Dependendo de cada situação, o ser humano, encarnado, pode ter muito mais a ensinar ao espírito do que em aprender dele.
Entre os Espíritas, recomendamos muito cuidado com a brincadeira de invocar "almas do outro mundo". Espíritos esclarecidos não virão. Entretanto, em seu lugar, poderá vir um espírito sem luz que se divertirá anunciando toda sorte de mentiras, isto sem falar na hipótese de atrair espíritos para o ambiente e ter que com eles conviver até que queiram ir embora.
Defenda-se dos maus espíritos praticando o bem.
Rezas e conjuras recitadas, algumas vezes, até os divertem.
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