Eu agradeço à minha professora de todo o Curso Primário, Da. Terezinha Marcos Perez, o gosto pela leitura que me infundiu desde a infância. Passados já 65 anos, ainda me lembro das aulas na biblioteca, nas tardes de sexta-feira, as melhores da semana.
Outro Professor viria, mais tarde, incutir valor ao meu gosto pela leitura, dessa vez dizendo da força da palavra escrita. Era uma aula rotineira e ele expôs um ponto discutível da matéria que ensinava, a Língua Portuguesa. O seu ensinamento divergia do que houvéramos aprendido e ele, de propósito, provocou a polêmica na classe. Ao final, ele pegou um livro e leu um trecho que confirmava o que dissera antes. A seguir perguntou se agora aceitávamos o que falara antes. Diante da concordância geral, mostrou-nos o seu nome na capa, como autor do livro, dizendo-nos: Quando afirmei vocês não aceitaram, mas quando mostrei o escrito no livro, aí aceitaram. Interessante!
Não devemos aceitar algo como verdade só porque está escrito em algum livro.
Podemos e devemos divergir, quando isso nos parecer o mais adequado. Uma convicção precipitada pode levar a erros de julgamentos e até a rejeitar, a priori, outros pontos de vista que. igualmente, contenham valor.
Gosto de ler quase tudo. Não será por contrariar minhas idéias que deixarei de ler um livro. Aprecio saber dos pontos de vista diferentes, mesmo os mais contrários da minha opinião. Saber como pensam os que de mim divergem, pode tornar mais sólida a minha forma de pensar, se este for o caso.
Aos que lerem os pequenos textos desse Blog, não pretendo levar verdades absolutas, as quais dispensem o julgamento da razão e da lógica. Espero, entretanto, que vejam sinceridade e busca da verdade em todas essas linhas. O que aqui se contém já muito significaria se chegasse a ser, pelo menos, um ponto de reflexão.
Mas, afinal, o que falou... O PASTOR?
Foi num livro que li há muito tempo. Não me lembro o nome do autor e, pela descortesia, peço desculpas. Esqueci pelo tempo decorrido e pelo fato de haver passado o livro à diante para a leitura de outros, muito mais pelo inusitado do seu conteúdo. O autor se dizia Pastor Batista de uma Igreja, na Cidade de Santos-SP e o seu livro versava sobre religião. Dizia ter encontrado a verdade religiosa na Doutrina Batista, após ter sido Padre Católico por muitos anos. Até aí nada demais.
Resumindo: O Pastor reservava a Verdade apenas para o culto Batista. Para as demais seitas evangélicas dizia que estavam no caminho certo mas adotavam princípios errados. O Pastor não aceitava admitir como evangélicos os Adventistas do Último Dia e nem os Mórmons. Sobre os Católicos, dizia serem fiéis equivocados que adoravam o Diabo, pensando que adoravam a Deus. E, finalmente, quantos aos Espíritas - onde aqui me incluo como adepto - dizia que éramos agentes do próprio satanás, em ação sobre a Terra.
Eu li e pasmei. Como pode uma pessoa escrever tantas barbaridades!
Fugindo da minha quase rotina, esse livro ainda não reli. Resultou infrutífera a busca de pistas sobre o mesmo na internet.
O certo é ler, entender e questionar. É preciso buscar a verdade que liberta.
Deus nos abençoe em nosso aprendizado das verdades eternas.
Bom fim de semana!
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