Hoje é um dia de muita alegria para mim e para a minha família.
Estão retornando à casa paterna os meus netos Rafinha e Pikito.
Foram sete anos de uma brusca e sofrida separação, que finda agora. Essa traumática separação foi, à época, agravada por mentiras e alegadas irregularidades no convívio anterior, acrescidas, então, de um pretenso aconselhamento profissional de que as crianças deveriam interromper, totalmente, o relacionamento conosco - pai e avós paternos.
Nesse longo período, muita água rolou debaixo da ponte. Muita tristeza e muitas lágrimas vertidas, tanto da nossa parte, como da parte das crianças que agora retornam.
Eu agradeço a Deus a força e a esperança que cultivamos e que, hoje, culminam com o retorno da paz e da alegria de nossa convivência com estes dois seres que tanto amamos.
Lembrei-me, inclusive, do pensamento expresso no Livro de Salmos, cap. 30 verso 5:
"O choro pode durar uma noite, mas a alegria virá pela manhã".
Essa situação lembrou-me a minha própria infância quando, por contingências da vida, eu e minhas duas irmãs estivemos separados dos nossos pais, inclusive, com impedimento total de os ver. Foi uma situação idêntica à de agora e durou por cinco anos.
Fico pensando, dentro da minha compreensão espírita, que em algum momento do passado, teremos causado a dor da separação a outras pessoas e, agora, retornamos ao mesmo ponto, para o resgate cármico dos nossos erros. Refiro-me a todos os envolvidos, as crianças de antigamente e as crianças de hoje, num grupo que a Providência reuniu para provas idênticas e necessárias.
É certo que toda dor que causamos será, também, a dor que sofreremos. Não há castigo de Deus, mas há Justiça Divina, da qual ninguém pode se esconder ou ignorar.
Pagaremos, até ao último "ceitil", todo o mal que causarmos. Não há esperteza que possa iludir a efetividade da Lei de Ação e Reação, a qual, também chamamos de CARMA.
Deus sabe a melhor maneira de resgatarmos nossas dívidas. Nem tudo se resume a sofrimento e dor. O carma pode ser pago pelas ações do bem que realizarmos por puro amor e fraternidade. Já ficou dito que a caridade apagará uma multidão de pecados.
Também é certo de que ninguém ficará preso ao seu carma. A vida apresentará as condições de resgate e, se a lição for aproveitada, com a aceitação das circunstâncias e todos os atos de boa vontade que nelas couberem, o carma estará cumprido e a vida retornará a um caminho mais suave de alegria e até de felicidade.
Entretanto, reclamar e blasfemar, fará do carma verdadeira prisão para uma vida ou para várias vidas, sempre repetindo as circunstâncias infelizes que precisam ser resgatadas, com amor e resignação.
Obrigado, Senhor Deus, pela nova etapa das nossas vidas, que esperamos nos acrescente amor e felicidade.
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