Você é feio ou bonito? Rico ou pobre? Doente ou saudável? Plenamente capaz ou limitado por deficiências físicas? Inteligente e perspicaz ou é lento de raciocínio?
São perguntas que cabem para a vida de todos nós e cujas respostas, ao mais das vezes, relegamos a uma total interferência de Deus, quando de nosso nascimento atual, fazendo com que deixemos ao nosso Criador haver escolhido, livremente, por puro capricho ou mera distribuição de benesses, os fatos e fatores da vida física que hoje enfrentamos.
Entretanto, o Espiritismo tem as respostas certas para todas essas questões. Ele nos revela que a alma precisa evoluir e adquirir virtudes para atingir a plena felicidade. Ensina-nos que estamos sempre no lugar adequado e nas situações necessárias para a obtenção daquele fim.
O Espírito, antes de nascer aqui, tem conhecimento das suas provas da próxima vida terrestre, inclusive, por haver ele mesmo escolhido e aceito aquelas condições, admitidas como as situações ideais para o respectivo progresso espiritual. Tem conhecimento prévio das fraquezas e erros passados e da necessidade de resgatá-los. Sabe se vai viver uma vida curta ou longa e a aceita, pelas razões que então conhece.
Não há injustiças de Deus nas condições e duração de nossas vidas aqui sobre o Planeta. Também não há punições, embora admitida a colheita do mal pela semeadura, em vidas anteriores, de um mesmo espírito.
O texto abaixo, de André Luiz/Chico Xavier, menciona claramente a disposição do espírito que reencarna, em face de suas necessidades de aprendizado e reparação do mal praticado:
"Antes do berço, na Espiritualidade, examinando as suas próprias necessidades de aperfeiçoamento terá você pedido:
- a deficiência corpórea que induza à elevação de sentimentos;
- a enfermidade de longa duração, capaz de educar-lhe os impulsos;
- essa ou aquela lesão física que favoreça os exercícios de disciplina;
- determinada mutilação que lhe iniba o arrastamento à agressividade exagerada;
- o complexo psicológico que lhe renove as idéias;
- o lar amargo onde possa aprender quanto vale a afeição;
- o traço de prova que lhe impõe obstáculos no grupo social, a fim de esquecer enquistações de orgulho;
- o reencontro com os adversários do passado, então na forma de parentes difíceis, atendendo a resgate de antigos débitos;
- a impossibilidade temporária para a obtenção de um título acadêmico, de modo a frenar-se contra desmandos intelectuais;
- a internação passageira em ambiente de pauperismo, de maneira a desenvolver a própria habilitação no trabalho pessoal.
Aceite as dificuldades e desafios da existência, porque, na maioria das circunstâncias, são respostas da Providência Divina aos nossos anseios de reajuste e sublimação."
André Luiz/Chico Xavier
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