Em princípio, todo ser vivente tem medo da morte, compreendida esta como a cessação da vida, para a qual o organismo está programado para evitar. Todo ser vivo já traz em si o instinto da auto
preservação e da multiplicação da sua espécie.
Tememos a morte, também, pelo instinto de preservação quanto ao desconforto diante da e dor e do sofrimento. Sob esse aspecto, mais que lógico é teme-la, posto que. além de ser ela a própria negação
da vida física, está, quase sempre, associada às doenças, à degenerescência
dos órgãos do corpo humano ou ao traumatismo de acidentes vários, fatos que se associam à dor e ao desconforto
físico.
À parte as considerações expostas, as quais dizem
respeito ao corpo físico e às sensações do sofrimento que o mesmo transmite ao espírito, resta-nos considerar o aspecto subjetivo da morte, no concernente ao próprio
Espírito que habita o corpo físico, considerando-se ela como mera passagem das muitas
vidas físicas para o estado da vida comum e natural do espírito, que é a vida
espiritual, única, eterna e indivisível, de cada espírito
Sob esse aspecto, do ponto de vista do espírito que se
liberta do corpo físico que o vincula, fisicamente, ao Planeta Terra, eu posso dizer que não temo a
morte. Vejo-a como verdadeiramente ela é: uma libertação das contingências da vida física - suas dores,
sofrimentos, traumas e todo tipo de angústia ou tensão do dia a dia do viver
aqui.
Acho que todos que acreditam na sobrevivência da alma e no fato de que
esta volta para o Criador ou, pelo
menos, caminha para Ele, não deviam temer a morte do corpo. Refiro-me ao medo do espírito.
Algumas religiões admitem que a alma possa passar por
um período de sofrimento para a purificação e posterior ascensão ao Céu,
outras, entretanto, acreditam, piamente, que a alma irá diretamente para os
braços de Jesus, desde que haja crido sinceramente nisso e que haja vivido
dignamente e, sempre, rogado pelo perdão dos seus pecados.
É verdade que os que temem o período de sofrimento no “purgatório”,
previamente ao ingresso no Céu, podem até recear a morte, diante dessa
circunstância possível de sofrimento.
Já não penso da mesma forma para os que admitem ir diretamente para o céu, para o convívio de Jesus e dos Seus Anos.
Que motivo teriam para temer a morte? Não seria até desejável encerrar aqui uma vida de sofrimento para ingressar, imediatamente, no gozo da plena felicidade?
Já não penso da mesma forma para os que admitem ir diretamente para o céu, para o convívio de Jesus e dos Seus Anos.
Que motivo teriam para temer a morte? Não seria até desejável encerrar aqui uma vida de sofrimento para ingressar, imediatamente, no gozo da plena felicidade?
Eu conheço e creio que todos conhecem pessoas que manifestam
uma fé sincera e uma certeza total de que vão para o céu, no próprio ato do
desencarne, e que, de forma incompreensível, temem a morte como uma coisa
pavorosa e totalmente indesejável. Então, ainda que mal comparando, seria, então, como afirmarem que preferem viver eternamente aqui do que irem para o céu. Ou, ainda, como afirmar: "Eu amo a Jesus com todo o ardor e sei que irei para o céu mas, enquanto
puder, prefiro que Ele fique lá, bem longe, e me deixe aqui com a minha vidinha
mais ou menos". Não quero julgar ninguém mas, dessa forma, emitem um julgamento contrário à salvação que tanto alardeiam.
Também, não abrange esta afirmando à generalidade das pessoas que
têm fé, senão a uma boa porção dos que lotam os tempos e cantam glórias a
Deus pela salvação já alcançada mas que, se dependesse delas, ficariam
eternamente por aqui mesmo.
A nossa fé deve nos dar conforto e esperança e não nos
preencher de medo do porvir, um medo de viver a vida eterna de que somos todos dotados.
Eu estou muito feliz com a Fé Espírita que, mesmo não nos dando a certeza de
ir para céu, a qualquer momento que morramos, ela nós dá a certeza de que todos lá chegaremos, após vivenciarmos as muitas vidas físicas que
nos permitirão adquirir o conhecimento, a virtude e a pureza, circunstâncias
necessárias para galgar o céu e a felicidade.
O caminho é Jesus!
Vamos com fé, seguindo os passos do Mestre Amado!
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