A pedra que rola,
Atrita e se esfola. Apenas sofre? Não!
Em vida adormecida, se esmera:
A beleza a espera.
Será notada, sentida,
Formatada, polida, desejada, querida.
Quase nem percebeu
Quando, do leito, se desprendeu.
Sem ciência ou consciência,
Na nova realidade, verdade.
Sentiu-se viva.
Viveu.
A individualidade,
Na natureza acolhida,
Impôs lenta caminhada
No viver da própria vida.
Muitos pontos de parada,
Chuva, vento, enxurrada.
Viu o sol e as estrelas.
Sentiu calor e frio.
Em viver, um desafio.
Entre sonhos felizes, risonhos,
Viu a esperança despedaçada.
Pisada, à beira da estrada.
A tempestade:
Tormento, dores, atritos.
Temores aflitos.
Na correnteza levada, lavada.
Flores, nas margens, campina ondulada.
Doce paisagens.
No sol que dá vida
Brilha a pedra, pelo tempo polida.
Do cascalho rejeitado e bruto
O fruto, a joia mais querida.
O sofrer, na natureza,
Só produziu encanto e beleza.
Criada inculta, a alma, uma centelha,
Recorda o caminho
E contempla as estrelas.
Agradece às feridas,
As arestas polidas.
Patrimônio precioso...
Para novas vidas.
Euleir Eller
Fortaleza, Ago/2012
Atrita e se esfola. Apenas sofre? Não!
Em vida adormecida, se esmera:
A beleza a espera.
Será notada, sentida,
Formatada, polida, desejada, querida.
Quase nem percebeu
Quando, do leito, se desprendeu.
Sem ciência ou consciência,
Na nova realidade, verdade.
Sentiu-se viva.
Viveu.
A individualidade,
Na natureza acolhida,
Impôs lenta caminhada
No viver da própria vida.
Muitos pontos de parada,
Chuva, vento, enxurrada.
Viu o sol e as estrelas.
Sentiu calor e frio.
Em viver, um desafio.
Entre sonhos felizes, risonhos,
Viu a esperança despedaçada.
Pisada, à beira da estrada.
A tempestade:
Tormento, dores, atritos.
Temores aflitos.
Na correnteza levada, lavada.
Flores, nas margens, campina ondulada.
Doce paisagens.
No sol que dá vida
Brilha a pedra, pelo tempo polida.
Do cascalho rejeitado e bruto
O fruto, a joia mais querida.
O sofrer, na natureza,
Só produziu encanto e beleza.
Criada inculta, a alma, uma centelha,
Recorda o caminho
E contempla as estrelas.
Agradece às feridas,
As arestas polidas.
Patrimônio precioso...
Para novas vidas.
Euleir Eller
Fortaleza, Ago/2012
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